Alta nos preços dos alimentos pressiona inflação de janeiro que é a maior em 6 anos

Pressionada pela alta nos preços dos alimentos – só o café moído acumula alta de 56,87% nos últimos 12 meses -, a inflação oficial do Brasil, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), registrou alta de 0,54% em janeiro deste ano, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (9).

Foi o maior índice para o mês desde 2016 (1,27%). Com o resultado, a alta acumulada até janeiro foi de 10,38%, a maior taxa desde novembro de 2021 (10,74%).

Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE registraram alta em janeiro. A maior variação foi encontrada no grupo Artigos de residência (1,82%), que acelerou em relação a dezembro (1,37%). Na sequência, vieram Alimentação e bebidas (1,11%), maior impacto no índice do mês (0,23 p.p.), Vestuário (1,07%) e Comunicação (1,05%).

Já a variação de Habitação (0,16%) foi inferior à do mês anterior (0,74%). O único grupo em queda foi o de Transportes (-0,11%), que havia subido 0,58% em dezembro. Os demais grupos ficaram entre o 0,25% de Educação e o 0,78% de Despesas pessoais.

No grupo Alimentação, os principais destaques foram as carnes (1,32%) e as frutas (3,40%); e os preços do café moído (4,75%), que subiram pelo 11º mês consecutivo, acumulando alta de 56,87% nos últimos 12 meses. Além da cenoura (27,64%), cebola (12,43%), batata-inglesa (9,65%) e tomate (6,21%).

Segundo o IBGE a disparada no preço do café é explicada por geadas que prejudicaram a última safra e por expectativas de menores estoques globais em 2022.

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

INPC foi de 0,67% em janeiro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que calcula a inflação para famílias de menor renda, registrou alta de 0,67% em janeiro, abaixo do resultado do mês anterior (0,73%). Mesmo assim é a maior variação para o mês desde 2016 (1,51%).

O INPC acumula alta de 10,60% nos últimos 12 meses, acima dos 10,16% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2021, a taxa foi de 0,27%.

O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

FONTE: COM AGÊNCIAS

SINTRAHG
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