SINTRAHG consegue melhorias no acordo com os patrões para proteção dos empregos devido à calamidade no RS

Após quase uma semana de intensas negociações diárias e muita insistência do SINTRAHG para proteger os direitos e os empregos da categoria nesse momento de dificuldades em virtude da enchente que assola o Rio Grande do Sul, finalmente chegou-se em um acordo, que é um Termo Aditivo devido à Situação de Calamidade com os patrões na manhã desta terça-feira, 14. O SINTRAHG conseguiu melhorar vários itens que estavam sendo colocados inicialmente pelo segmento patronal. O acordo coletivo seguiu as orientações do Ministério Público do Trabalho, MPT, e tem validade por 90 dias.

Veja como ficou:

1 – Previsão do empregado, diretamente atingido pela calamidade, solicitar suas férias antecipadas, mesmo que ainda não tenha direito a férias, recebendo conforme previsto neste acordo.

NÃO HAVIA ESSA PREVISÃO NA PROPOSTA PATRONAL

2 – Pagamento de 25 % como adiantamento de férias (deve ser pago no início do gozo das férias). O restante será pago no retorno.

NAO HAVIA ESSA PREVISÃO NA PROPOSTA PATRONAL. O QUE HAVIA SERIA CONCEDER FÉRIAS SEM NENHUM PAGAMENTO ANTECIPADO

3 – 1/3 de férias pago em parcela única (até 60 dias após o retorno das férias)

PROPOSTA PATRONAL ERA DE PARCELAMENTO EM 4 VEZES APÓS O RETORNO DAS FÉRIAS

4 – Antecipação de feriados ( prática mais benéfica para o empregado do que antecipação de férias ou suspensão de contrato)

NÃO HAVIA ESSA PREVISÃO NA PROPOSTA PATRONAL

5 – Máximo de 60 dias para suspensão do contrato para qualificação profissional, mediante concordância formal do empregado.

PROPOSTA PATRONAL ERA DE SUSPENSÃO DE ATÉ 90 DIAS

6 – Não existe previsão de mutirão de limpeza para os empregados

ESSA EXIGÊNCIA CONSTAVA NA PROPOSTA ORIGINAL DO SETOR PATRONAL

Para o presidente do SINTRAHG, Rodrigo Callais, foi fundamental a persistência do sindicato ao buscar melhorar os ítens do acordo, sempre primando pelo diálogo e a negociação junto aos patrões. “Foi uma vitória ter melhorado os principais ítens do acordo; agora vamos fiscalizar para evitar que existam demissões indevidas no nosso segmento. Não podemos aceitar que tenham como razão a situação da calamidade. Se há calamidade, mais se justifica manter as pessoas nos seus empregos, porque isso vai passar e a economia precisa voltar ao normal o mais rápido possível”, disse.

ASSESSORIA

Caixa libera Fundo de Garantia a afetados por enchentes no RS

Os afetados pela enchente no Rio Grande do Sul poderão sacar o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), anunciou a Caixa Econômica Federal no dia 3. O dinheiro poderá ser retirado por meio do aplicativo FGTS.

O Saque Calamidade está disponível aos moradores de municípios que tiverem decretado estado de calamidade pública ou situação de emergência, devidamente reconhecidos por portaria do governo federal. Cada prefeitura passará à Caixa a declaração das áreas afetadas pelo evento climático extremo.

O dinheiro será liberado a quem mora nos endereços afetados. Em nota, a Caixa informou que enviará técnicos às regiões atingidas para ajudar as prefeituras a tomar as providências para ajudar a população. Assim que o dinheiro for liberado, o trabalhador poderá fazer o saque por meio do aplicativo FGTS.

O Saque Calamidade é uma das possibilidades de retirada de recursos do FGTS. Regulamentada pelo Decreto 5.113/2004, a modalidade só pode ser acionada em casos excepcionais. Normalmente, o FGTS pode ser sacado em demissões sem justa causa, quando o trabalhador completa 70 anos ou no saque-aniversário, que oferece a retirada de parte do saldo no mês de aniversário do trabalhador.

A Caixa também anunciou que o pagamento de contratos de financiamento habitacional nas regiões atingidas podem ser suspensos por três meses. O cliente precisa fazer a solicitação junto ao banco para ter direito. Também é possível incorporar prestações no saldo devedor dos clientes inadimplentes.

As chuvas provocaram estragos em cerca de um a cada três municípios gaúchos, deixando centenas de ilhados e milhares de desabrigados e desalojados.

FONTE: AGÊNCIA BRASIL

SINTRAHG: 35 anos de lutas que nos fazem acreditar no futuro – Por Rodrigo Callais

Os 35 anos do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Hotelaria e Gastronomia de Gramado/RS, SINTRAHG, que completamos nesse dia 20 de março, são motivo de muito orgulho para todos nós porque o sindicato é fruto da nossa união e de uma necessidade: a luta coletiva pelos direitos e pela valorização da categoria. Imagine se não houvesse o sindicato? Você ficaria só para negociar seus direitos com o patrão.

Ao longo dessas três décadas e meia, além dos reajustes salariais e no piso, obtivemos muitas conquistas fundamentais, como auxílio-creche, auxílio-material escolar, adicional por tempo de serviço, adicional de horas extras, entre outras. Esses direitos não caíram do céu, nem fazem parte das leis trabalhistas da CLT, eles só existem graças a nossa Convenção Coletiva de Trabalho, a CCT. Outra conquista importante tem sido a regulamentação da Taxa de Serviço em Acordo Coletivo de Trabalho, ACT, de forma democrática em cada empresa.

Chegamos a esses 35 anos com um SINTRAHG muito ativo e presente. Com um sindicato moderno, que oferece diversos serviços e benefícios para as famílias de nossos associados e associadas.

E chegamos neste aniversário marcante com um presente para a nossa categoria: a nova sede do SINTRAHG, que vamos inaugurar até a metade do ano. O que mais queremos da nossa nova casa é que ela seja a casa dos trabalhadores e trabalhadoras de Gramado. Uma referência de união, luta e serviços para a nossa categoria.

Também chegamos nesses 35 anos com muita disposição de luta. Nosso foco é pela valorização de quem trabalha na hotelaria e gastronomia em Gramado; junto disso, lutamos pelo “Trabalho Decente” em todas as suas dimensões e estamos nos vinculando ao movimento Vida Além do Trabalho, VAT, que faz um alerta à sociedade para a necessidade de se conjugar melhor o trabalho com os direitos, uma renda mais justa e o tempo livre para que tenhamos de fato qualidade de vida.

Nesses 35 anos acreditamos no futuro. Acreditamos que o Brasil pode ser mais justo e desenvolvido, com mais igualdade, direitos, empregos, renda e perspectivas de uma vida melhor para todos e todas. Por isso reafirmamos nossa disposição, e não paramos nunca de lutar.

Viva os 35 anos do SINTRAHG! Viva a categoria da gastronomia e hotelaria, que faz com que Gramado seja referência turística no Brasil e no mundo.

  • Rodrigo Callais é presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Hotelaria e Gastronomia de Gramado/RS, SINTRAHG; Vice-presidente da Federação dos Empregados no Comércio Hoteleiro, Restaurantes, Bares e Similares do Estado do Rio Grande do Sul, FECHRS/RS; é dirigente da CTB RS e Secretário Nacional de Juventude da CTB nacional.

Pesquisa mostra que diferença salarial entre homens e mulheres caiu em 10 anos

Nos últimos 10 anos, houve uma redução na diferença entre salários pagos às mulheres e aos homens. O índice que mede a paridade salarial passou de 72 em 2013 para 78,7, em 2023. A paridade de gênero é medida em uma escala de 0 a 100, sendo que quanto mais próximo de 100, maior a equidade entre mulheres e homens.

Os dados estão no levantamento Mulheres no Mercado de Trabalho, realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) a partir de microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADc) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As informações serão apresentadas nesta terça-feira (5), durante a primeira reunião de 2024 do Fórum Nacional da Mulher Empresária da CNI.

O estudo também revelou que a participação feminina em cargos de liderança passou de 35,7% em 2013 para 39,1% em 2023. O índice de empregabilidade das mulheres apresentou evolução entre 2013 e 2023, passando de 62,6 para 66,6, respectivamente, crescimento de 6,4%.

Os resultados do levantamento indicaram que as mulheres têm mais escolaridade que os homens: enquanto elas têm, em média, 12 anos de estudo; os homens têm 10,7 anos.

O tempo dedicado à chamada jornada de trabalho reprodutiva, ou seja, aquela que envolve as atividades domésticas e de cuidados com familiares, também é maior entre as mulheres. No caso das pessoas empregadas, esse tempo foi de 17,8 horas semanais para mulheres e de 11 horas para homens em 2022. Entre os desocupados – desempregados e pessoas em busca de emprego –, a diferença é ainda maior: as mulheres exercem 24,5 horas semanais de trabalho e os homens, 13,4 horas.

Para o presidente da CNI, Ricardo Alban, apesar da redução das diferenças entre gêneros da última década, é preciso continuar avançando e rápido. “É urgente ampliar o debate e implementar medidas concretas para chegarmos a um cenário de equidade plena no mercado de trabalho brasileiro”, avalia.

Legislação

Em julho do ano passado, o governo federal sancionou uma lei que garante igualdade salarial entre homens e mulheres e estabelece medidas para tornar os salários mais justos, aumentando a fiscalização contra a discriminação e facilitando os processos legais para garantir igualdade salarial.

Com a nova lei, empresas com 100 ou mais funcionários devem fornecer relatórios semestrais transparentes sobre salários e critérios de remuneração. Esses relatórios devem conter informações que permitam comparar salários e remunerações entre homens e mulheres de forma objetiva.

Também foram instituídos canais para denunciar o descumprimento da igualdade salarial por parte de empresas e entidades em geral. As pessoas podem encaminhar os casos por meio de um portal do Ministério do Trabalho ou pelo telefone: Disque 100, Disque 180 ou Disque 158.

FONTE: AGÊNCIA BRASIL

Governo aumenta limite de isenção do IR em 2 salários mínimos

O governo federal anunciou, na noite desta terça-feira (6), o aumento na faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) para dois salários mínimos. É o segundo aumento na isenção desde o início deste governo.

O teto de isenção, que estava congelado em R$ 1.903,98 desde 2015, subiu em maio de 2023 para R$ 2.640,00 e agora vai para R$ 2.824,00. “A falta de atualização da tabela, ao longo de tantos anos, fez com que os brasileiros pagassem cada vez mais Imposto de Renda, retirando dinheiro das famílias”, afirmou o Ministério da Fazenda.

Conforme explicou a pasta, o contribuinte com rendimentos de até R$ 2.824,00 mensais será beneficiado com a isenção porque, dessa renda, subtrai-se o desconto simplificado, de R$ 564,80, resultando em uma base cálculo mensal de R$ 2.259,20, ou seja, exatamente o limite máximo da faixa de alíquota zero da nova tabela.

A Medida Provisória nº 1.206/24, com a alteração, foi encaminhada ao Congresso Nacional nesta terça-feira. A MP, no entanto, já está publicada no Diário Oficial e, portanto, já está valendo. No entanto, precisa ser ratificada pelo Congresso Nacional em até 120 dias.

FONTE: AGÊNCIA BRASIL

Consulta ao valor do PIS/Pasep de 2024 é liberada

Cerca de 24 milhões de pessoas que trabalharam com carteira assinada em 2022 podem consultar, a partir desta segunda-feira (5), o valor do abono salarial do Programa de Integração Social (PIS) e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) em 2024. A quantia está disponível no aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (disponível na Google Play e na App Store) e no Portal Gov.br.

Quem quiser obter informações adicionais, como o calendário de pagamentos, a liberação da parcela e o esclarecimento de dúvidas, deve consultar o aplicativo Caixa Trabalhador.

O pagamento do abono salarial de 2022 será feito de 15 de fevereiro a 15 de agosto, conforme o mês de nascimento do trabalhador, para quem recebe o PIS, ou o número final de inscrição, para quem recebe o Pasep.

Neste ano, R$ 22,6 bilhões podem ser sacados. Segundo o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), o abono salarial será pago a 24,67 milhões de trabalhadores em todo o país. Desse total, 21,95 milhões que trabalham na iniciativa privada receberão R$ 19,8 bilhões do PIS e 2,72 milhões de servidores públicos, empregados de estatais e militares têm direito a R$ 2,7 bilhões do Pasep.

O PIS é pago pela Caixa Econômica Federal e o Pasep, pelo Banco do Brasil. Como ocorre tradicionalmente, os pagamentos serão divididos em seis lotes, baseados no mês de nascimento, no caso do PIS, e no número final de inscrição, no caso do Pasep. O saque iniciará nas datas de liberação dos lotes e acabarão em 27 de dezembro de 2024. Após esse prazo, será necessário aguardar a convocação especial do Ministério do Trabalho e Previdência.

Quem tem direito
Tem direito ao benefício o trabalhador inscrito no PIS/Pasep há, pelo menos, 5 anos, e que tenha trabalhado formalmente por, no mínimo, 30 dias no ano-base considerado para a apuração, com remuneração mensal média de até dois salários mínimos. Também é necessário que os dados tenham sido informados corretamente pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

O valor do abono é proporcional ao período em que o empregado trabalhou com carteira assinada em 2022. Cada mês trabalhado equivale a um benefício de R$ 117,67, com períodos iguais ou superiores a 15 dias contados como mês cheio. Quem trabalhou 12 meses com carteira assinada receberá o salário mínimo cheio, de R$ 1.412.

Veja o calendário aprovado:

Pagamento
Trabalhadores da iniciativa privada com conta corrente ou poupança na Caixa receberão o crédito automaticamente no banco, de acordo com o mês de seu nascimento.

Os demais beneficiários receberão os valores por meio da poupança social digital, que pode ser movimentada pelo aplicativo Caixa Tem. Caso não seja possível a abertura da conta digital, o saque poderá ser realizado com o Cartão do Cidadão e senha nos terminais de autoatendimento, unidades lotéricas, Caixa Aqui ou agências, também de acordo com o calendário de pagamento escalonado por mês de nascimento.

O pagamento do abono do Pasep ocorre via crédito em conta para quem é correntista ou tem poupança no Banco do Brasil. O trabalhador que não é correntista do BB pode efetuar a transferência via TED para conta de sua titularidade via terminais de autoatendimento e portal www.bb.com.br/pasep ou no guichê de caixa das agências, mediante apresentação de documento oficial de identidade.

Até 2020, o abono salarial do ano anterior era pago de julho do ano corrente a junho do ano seguinte. No início de 2021, o Codefat atendeu a recomendação da Controladoria-Geral da União (CGU) e passou a depositar o dinheiro somente 2 anos após o trabalho com carteira assinada.

FONTE: Agência Brasil

Inflação de 2023 é a menor em três anos. Preços de alimentos despencam em relação a 2022

Com 0,56% em dezembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou 2023 com alta de 4,62%, a menor dos três últimos anos. Apenas o grupo dos alimentos variou 1,03%, ante 11,64% em 2022 – foi a menor taxa desde 2017. O IPCA mensal de 2023 foi menor do que o de 2022 durante todo o ano.

O resultado de 2023 também fica dentro do intervalo da meta da inflação fixada periodicamente pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Essa meta era de 3,25%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo – ou seja, entre 1,75% e 4,75%.

Alimentos e combustíveis

Entre os produtos alimentícios com queda no ano passado, o IBGE – que divulgou os resultados nesta quinta-feira (11) – destaca cebola (-25,32%), óleo de soja (-28%), feijão carioca (-13,77%), limão (-15,99%) e leite longa vida (-7,83%). Dos não alimentícios, etanol (-8,26%), óleo diesel (-7,84%) plano de telefonia fixa (-4,48%) e automóvel usado (-4,80%).

A gasolina subiu 12,09% e as passagens aéreas, 47,24%, enquanto a energia elétrica residencial teve alta de 9,52%. Entre os alimentos, os principais aumentos foram do arroz (24,54%), da tangerina (43,06%), da laranja pera (25,45%) e do lanche (7,24%).

Entre as regiões pesquisadas, o IPCA variou, em 2023, de 1,7% (São Luís) a 5,5% (Brasília). Em São Paulo, o índice foi de 4,97%.

INPC também cai

Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve alta de 0,55% no último mês anos, com impactos dos produtos alimentícios (1,20%). Com esse resultado, o indicador que é usado como referência em negociações salariais somou 3,71%, bem abaixo do ano anterior (5,93%). Os itens alimentícios variaram 0,33% (11,91% em 2022) e os não alimentícios, 4,83% (4,08%).

Apenas no mês de dezembro (0,56%), todos os grupos tiveram alta. A maior foi de Alimentação e Bebidas: 1,11%, com impacto de 0,23 ponto no resultado geral. “O aumento da temperatura e o maior volume de chuvas em diversas regiões do país influenciaram a produção dos alimentos, principalmente dos in natura, como os tubérculos, hortaliças e frutas, que são mais sensíveis a essas variações climáticas”, observa o gerente do IPCA, André Almeida.

Principais quedas em 2023 (IPCA)

Leite longa vida -7,83%
Frango em pedaços -10,12%
Feijão carioca -13,77%
Limão -15,99%
Cebola -25,32%
Óleo de soja -28%
Plano de telefonia fixa -4,48%
Óleo diesel -7,84%
Etanol -8,26%

Principais altas

Tangerina -43,06%
Laranja pera -25,45%
Arroz -24,54%
Lanche -7,24%
Batata inglesa -4,18%
Banana prata -4,08%
Passagem aérea -47,24%
Ar-condicionado -23,72%
Emplacamento e licença (veículos) -21,22%
Plano de saúde -11,52%
Taxa de água e esgoto -10,08%
Energia elétrica residencial -9,52%

FONTE: RBA

Direção da CTB RS faz balanço do ano e projeta lutas de 2024

Em reunião ocorrida na manhã desta terça-feira, 5, na sede da FECOSUL a direção plena da CTB RS fez um balanço e debateu sobre as ações realizadas em 2023, além disso apontou rumos e propostas para fortalecer a organização sindical e a luta das trabalhadoras e dos trabalhadores em 2024.

Na abertura, o economista David Fialkow apresentou análise conjuntural com foco na centralidade do trabalho como fator primordial para o desenvolvimento econômico e social no mundo contemporâneo. Na sequência dos trabalhos, o dirigente Sérgio de Miranda apresentou um relato detalhado sobre a situação financeira das entidades e uma atualização sobre o andamento do debate realizado pela comissão tripartite que trata da contribuição sindical no Ministério do Trabalho.

2023, ano de lutas

No balanço de 2023, o presidente da CTB RS, Guiomar Vidor, apresentou um resumo das lutas da central, com destaque para a longa batalha travada pelo reajuste do salário mínimo regional. “Acredito que, de certa maneira, saímos vitoriosos nesta luta que perdurou por dez meses. Em que pese o índice de 9% encaminhado pelo Governo do Estado tenha sido inferior ao pleiteado pela CTB e as demais centrais sindicais, considerando também que as entidades empresariais trabalharam pela extinção do piso e que os deputados protelaram ao máximo a tramitação pregando, inclusive, um índice menor, conseguimos chamar a atenção da imprensa que, tornando público esse embate, passando a questionar os parlamentares demora injustificada na aprovação da matéria.”

Guiomar também citou diversas lutas, como a realização do 1º de maio unificado em Caxias, as campanhas salariais vitoriosas, pela redução dos juros do banco central, pela igualdade salarial entre homens e mulheres, entre outras.

Desafios de 2024

A secretaria geral, Eremi Melo, tratou da regularização das entidades filiadas. Em sua exposição, destacou que a CTB está à disposição para auxiliar no processo.

Ela também apresentou o calendário de mobilizações e lutas da CTB RS para o próximo período, em sintonia com as resoluções do 4° Conselho Nacional da CTB, este que definiu como prioridade a realização de atividades próprias e em conjunto com o Fórum das Centrais, como o 8 de Março, Dia da Mulher, e o 1º de maio, Dia do Trabalhador e da Trabalhadora.
Eremi também informou sobre o plano de realizar mais cursos de formação e gestão para os dirigentes e as dirigentes sindicais no ano que vem.

No final, com o grito de mobilização “CTB! A luta é pra valer!”, os presentes aprovaram o plano de lutas de 2024 e também comemoraram o fato de a CTB ter atingido o posto de segunda maior central sindical do Brasil.

Com informações de Haroldo Brito “Kiko” e Alex Sarat

SINTRAHG conquista reajuste acima da inflação: 5,14% nos salários e 5,21% no piso

Após algumas semanas de mobilização da diretoria e três reuniões de negociação, o SINTRAHG conquistou um reajuste com aumento real, acima da inflação, para a categoria da hotelaria e gastronomia de Gramado. O reajuste nos salários será de 5,14% (ante uma inflação de 4,14% medida pelo INPC dos últimos 12 meses, ou seja, 1% de aumento real); o reajuste no piso da categoria será um pouco maior, de 5,21% (1,07% de aumento real acima da inflação), cujo valor passará para R$ 1.715. Outra vitória foi que todos os direitos sociais existentes na Convenção Coletiva de Trabalho foram mantidos.

Também foram reajustados com base no índice de 5,14% o auxilio-creche, que passou para R$ 122,19 e o auxílio material escolar, que foi para R$ 135,76.

Para o presidente do SINTRAHG, Rodrigo Callais, o resultado foi positivo já que se configura como o melhor reajuste da região e um dos melhores do RS. “Nossa prioridade nesse ano sempre foi um reajuste com aumento real nos salários, acima da inflação. Este objetivo atingimos. É claro que nossa expectativa sempre é maior, mas ficou dentro da realidade da maioria dos acordos salariais que estão sendo feitos no Brasil nesse momento; na verdade ficou até acima da média geral, o que nos deixa felizes com esse resultado. Mas nossa luta pela valorização salarial e dos direitos da categoria não para, ela segue todos os dias”, disse.

Outra questão destacada pelo presidente é que a negociação se deu ainda dentro do mês de novembro, que é a data-base da categoria. Isto significa que o reajuste já será creditado na próxima folha de pagamento.

VEJA COMO FICOU:

5,14% de reajuste nos salários
e 5,21% no salário-base

R$ 1.715,00 novo valor salário-base
R$ 122,19 auxílio creche
R$ 135,76 auxílio material escolar
R$ 1.456,71 salário de ingresso

Campanha salarial: SINTRAHG entrega pauta de reivindicações aos empresários

Após a assembleia geral da categoria que ocorreu nesta segunda-feira, 16, que aprovou a pauta de reivindicações dos trabalhadores e trabalhadoras da hotelaria e gastronomia de Gramado, na manhã desta terça-feira, 17, foi a vez de entregar o documento aos empresários do setor e abrir, oficialmente, o processo de mobilização e negociações. O SINTRAHG reivindica reajuste geral nos salários com aumento real, acima da inflação e aumento no valor do piso da categoria para R$ 1.800, além da manutenção e valorização dos direitos da Convenção Coletiva de Trabalho, incluindo alguns novos direitos (Veja abaixo).

Como a data-base da categoria é em 1º de novembro, ainda é preciso aguardar a divulgação do índice de inflação do período dos 12 meses anteriores, que é medido pelo INPC, Índice Nacional de Preços ao Consumidor, para saber o índice que será solicitado na campanha. A ideia, segundo o presidente do SINTRAHG, Rodrigo Callais, é lutar pelo INPC acrescido de 3%, ou seja, ganhar 3% acima da inflação.

A marca da campanha neste ano tem como slogan “Valorizar o trabalho da hotelaria e gastronomia faz bem pra Gramado”. Callais justifica o mote dizendo que “se Gramado é reconhecida como um dos principais polos turísticos do Brasil, isso também se deve a dois segmentos profissionais muito importantes que, com sua dedicação e a qualidade do seu trabalho, fazem a cidade funcionar e receber bem os visitantes: são os trabalhadores e as trabalhadoras da hotelaria e da gastronomia. Ou seja, sem o nosso trabalho, Gramado não seria o que é.”

Chegou a hora de valorizar

Para o SINTRAHG, o momento é oportuno para um bom resultado na campanha salarial deste ano. Um os aspectos que reforça isso é que, em maio, o governo federal aprovou uma política permanente de valorização do salário mínimo e foi dado aumento real para o salário nacional.

“Essa mesma lógica tem de valer para a valorização salarial de todos os trabalhadores e trabalhadoras. Com mais renda para o trabalhador, há mais poder de consumo e bem-estar para as nossas famílias. Isto faz a roda da economia girar e faz bem à toda a sociedade. Eu não tenho dúvidas: ao valorizar o nosso trabalho, da hotelaria e gastronomia, toda a cidade ganha. Faz bem pra Gramado!”, completou Callais.

A pauta de reivindicações da categoria foi entregue pelo presidente Callais à secretária executiva do SINDTUR, Lisa Vitória Gottschalk. Ainda não foi marcada nenhuma reunião para o início efetivo do processo de negociação.

VEJA AS PRINCIPAIS REIVINDICAÇÕES:

CLÁUSULAS ECONÔMICAS

  • Reajuste nos salários com aumento real, acima da inflação (INPC + 3%);
  • Valorização do piso salarial da categoria com aumento para R$ 1.800.

PARA DIREITOS QUE JÁ EXISTEM

  • Reajuste no auxílio-creche;
  • Reajuste no auxílio material escolar;
  • Reajuste no abono qualificação profissional;
  • Taxa de serviço: obrigatoriedade da realização de Acordo Coletivo, ACT, com o Sindicato, com a possibilidade da cobrança de 12% ou 13% de taxa;
  • Homologação das rescisões de contrato de trabalho no Sindicato.

PARA NOVOS DIREITOS

  • Pagamento de grau máximo de insalubridade (40%) para as camareiras;
  • Auxilio combustível no valor de R$ 150 e redução no desconto do vale-transporte para 3%;
  • Aumento no adicional noturno para 40%, das 22h até o termino da jornada de trabalho;
  • Auxílio-estudante no valor de R$ 500 a ser pago no final do primeiro semestre;
  • Ampliação para 5 dias por ano o acompanhamento de filho em consulta médica ou internação hospitalar;
  • Folga quinzenal em domingo para mulheres, conforme decisão do STF.