A luta por igualdade, pelo fim da violência e pelos direitos da mulher deve ser todos os dias

Março é o mês da mulher e, apesar dos avanços conquistados, ainda há muito o que vencer: é preciso vencer os casos de violência de gênero que são alarmantes; é preciso vencer as diversas desigualdades, como aquelas do mundo do trabalho, no qual as diferenças salariais e de direitos ainda predominam.

Brasília – Marcha das Mulheres Negras Contra o Racismo, a Violência e pelo Bem Viver em Brasília, reúne mulheres de todos os estados e regiões do Brasil (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Conforme dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, apenas no primeiro semestre de 2022, 699 mulheres foram mortas. Ou seja, aproximadamente quatro mulheres foram mortas todos os dias no Brasil.

Segundo dados do Dieese, o salário das mulheres é 22% menor que o dos homens no Brasil. No Rio Grande do Sul, essa diferença de rendimento aumenta para 28%, segundo números de 2020.

Outra pesquisa divulgada pelo IBGE mostra que, embora haja a tendência de maior participação dos homens em funções domésticas, o trabalho mais pesado, como cozinhar ou limpar a casa, permanece na conta das mulheres. Elas também estão à frente na hora de auxiliar nos cuidados pessoais, como alimentar, vestir e dar banho, e nas atividades educacionais dos filhos.

As mulheres ainda enfrentam muitos outros problemas, como a violência doméstica, o assédio moral e sexual, o não reconhecimento da função social da maternidade, entre outros.

Esses dados revelam que temos de enfrentar o machismo estrutural que é um dos geradores da desigualdade e da violência contra a mulher. As mulheres lutam por uma vida digna, por direitos iguais e pelo fim da violência, o que só será possível com um país democrático e com menos desigualdades sociais. Uma luta que não pode acontecer só em março, mês da mulher, mas todos os dias do ano.

SAIBA COMO DENUNCIAR A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER:

Brigada Militar – Disque 190
Se a violência estiver acontecendo, a vítima ou qualquer outra pessoa deverá telefonar imediatamente para o 190 a fim de que a Brigada Militar se desloque até o local do fato para prestar socorro.

Polícia Civil
Se a violência já aconteceu, a vítima deverá ir, preferencialmente à Delegacia da Mulher, DEAM, onde houver, ou a qualquer Delegacia de Polícia para fazer o Boletim de Ocorrência e solicitar as medidas protetivas.

Central de Atendimento à Mulher 24 Horas – Disque 180
A Central funciona diariamente, 24h por dia, e pode ser acionada de qualquer lugar do Brasil e de mais 16 países.