Brasil não aguenta mais 15 meses de insanidade e incompetência, afirmam centrais

“O Brasil não aguenta mais 15 meses de incompetência, negacionismo e insanidade”, afirmam, em nota, as centrais sindicais, pedindo ampliação do leque político para aprovar o impedimento do presidente da República. “Não podemos esperar até o próximo ataque à nossa democracia, que pode ser fatal.”

No próximo sábado (2), haverá novas manifestações de protesto, no Brasil e no exterior pelo Fora Bolsonaro.Segundo os dirigentes, é uma questão de “matemática” e não de ideologia. “Para derrubar Bolsonaro, é preciso ir além do nosso campo, pois precisamos de 342 votos na Câmara dos Deputados para aprovar o impeachment“, lembram. “Neste momento, um dos mais graves da nossa história, é necessário focar no que nos une, e não no que nos separa. Para podermos continuar a ter o direito de discordar, de disputar eleições livres e de manter a nossa democracia, Bolsonaro tem que sair já.”

Mais de 20 partidos
Representantes de pelo menos 21 partidos políticos estarão na Avenida Paulista, em São Paulo, segundo a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo. De todos os espectros políticos. Também participam as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, além das centrais e outros movimentos sociais. Até o fechamento deste texto, havia confirmação de 260 atos em 251 cidades e 16 países – #2OutForaBolsonaro.

Os sindicalistas querem insistir na pressão sobre o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para que inclua na pauta “um dos mais de 130 pedidos de impeachment que se acumulam vergonhosamente em suas gavetas”. Caso contrário, acrescentam, será cúmplice nos crimes de responsabilidade.

Íntegra da nota das centrais sobre o Fora Bolsonaro

Centrais apoiam ampliação dos atos para outros campos do espectro político
Para aprovar o impeachment de Bolsonaro, é preciso unidade entre diferentes neste momento grave.

As Centrais Sindicais têm participado de todas as manifestações contra Bolsonaro neste ano, a maioria de forma unitária. Neste 2 de outubro, mais uma vez CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST, CSB, CSP-Conlutas, Intersindical Central da Classe Trabalhadora, Intersindical Instrumento de Luta e Pública estarão juntas na luta pelo impeachment do pior presidente do Brasil de todos os tempos.

Além de milhares de trabalhadores, estudantes e ativistas de movimentos sociais, desta vez também estarão lado a lado nas ruas lideranças e militantes de partidos de todos os campos do espectro político – todos unidos pelo Fora Bolsonaro.

As Centrais Sindicais apoiam a ampliação da diversidade de atores nas ruas pois entendem que nada é mais urgente do que impedir que Bolsonaro continue o seu desgoverno criminoso. Um governo responsável por grande parte das quase 600 mil mortes por Covid, pelo desemprego recorde, pela devastação ambiental, pela volta da inflação e da carestia.

E que ameaça diariamente a nossa democracia e as nossas instituições, apesar de falsos recuos momentâneos e estratégicos que não enganam mais ninguém.

Para derrubar Bolsonaro, é preciso ir além do nosso campo, pois precisamos de 342 votos na Câmara dos Deputados para aprovar o impeachment. Não é questão de ideologia, mas sim de matemática. Neste momento, um dos mais graves da nossa história, é necessário focar no que nos une, e não no que nos separa.

Para podermos continuar a ter o direito de discordar, de disputar eleições livres e de manter a nossa democracia, Bolsonaro tem que sair já.

O Brasil não aguenta mais 15 meses de incompetência, negacionismo e insanidade
Não podemos esperar até o próximo ataque à nossa democracia, que pode ser fatal. Por isso, neste sábado estaremos todos juntos, exigindo que o presidente da Câmara, Arthur Lira, paute um dos mais de 130 pedidos de impeachment que se acumulam vergonhosamente em suas gavetas. Se não ouvir a voz das ruas, Lira estará sendo cúmplice dos inúmeros crimes de responsabilidade de Bolsonaro contra o povo brasileiro.

Brasil, 30 de setembro de 2021

Sérgio Nobre
Presidente da CUT – Central Única dos Trabalhadores

Miguel Torres
Presidente da Força Sindical

Ricardo Patah
Presidente da UGT – União Geral dos Trabalhadores

Adilson Araújo
Presidente da CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil

José Reginaldo Inácio
Presidente da NCST – Nova Central Sindical de Trabalhadores

Antonio Neto
Presidente da CSB – Central dos Sindicatos Brasileiros

Atenágoras Lopes
Secretaria Executiva Nacional – CSP-Conlutas

Edson Carneiro Índio
Secretário-geral – Intersindical Central da Classe Trabalhadora

Emanuel Melato
Coordenação da Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora

José Gozze
Presidente – Pública Central do Servidor

SINTRAHG engajado no Outubro Rosa: a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama

O SINTRAHG está presente nesse esforço de conscientização do Outubro Rosa. É um movimento já conhecido mundialmente como o mês marcado por ações afirmativas relacionadas à prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama, e celebrado anualmente desde os anos 90. O objetivo da campanha é compartilhar informações sobre o câncer de mama e, mais recentemente, câncer do colo do útero, promovendo a conscientização sobre as doenças, proporcionando maior acesso aos serviços de diagnóstico e contribuindo para a redução da mortalidade.

O que é?
É o tipo de câncer mais freqüente na mulher brasileira. Nesta doença, ocorre um desenvolvimento anormal das células da mama, que multiplicam-se repetidamente até formarem um tumor maligno.

Como a mulher pode perceber a doença?
O sintoma do câncer de mama mais fácil de ser percebido pela mulher é um caroço no seio, acompanhado ou não de dor. A pele da mama pode ficar parecida com uma casca de laranja; também podem aparecer pequenos caroços embaixo do braço. Deve-se lembrar que nem todo caroço é um câncer de mama, por isso é importante consultar um profissional de saúde.

Como descobrir a doença mais cedo?
Toda mulher com 40 anos ou mais de idade deve procurar um ambulatório, centro ou posto de saúde para realizar o exame clínico das mamas anualmente, além disso, toda mulher, entre 50 e 69 anos deve fazer pelo menos uma mamografia a cada dois anos. O serviço de saúde deve ser procurado mesmo que não tenha sintomas!

O que é o exame clínico das mamas?
É o exame das mamas realizado por médico ou enfermeiro treinado para essa atividade. Neste exame poderão ser identificadas alterações nas mesmas. Se for necessário, será indicado um exame mais específico, como a mamografia.

O que é mamografia?
È um exame muito simples que consiste em um raio-X da mama e permite descobrir o câncer quando o tumor ainda é bem pequeno.

O que pode aumentar o risco de ter câncer de mama?
Se uma pessoa da família – principalmente a mãe, irmã ou filha – teve essa doença antes dos 50 anos de idade, a mulher tem mais chances de ter um câncer de mama. Quem já teve câncer em uma das mamas ou câncer de ovário, em qualquer idade, também deve ficar atenta. As mulheres com maior risco de ter o câncer de mama devem tomar cuidados especiais, fazendo, a partir dos 35 anos de idade, o exame clínico das mamas e a mamografia, uma vez por ano.

O auto-exame previne a doença?
O exame das mamas realizado pela própria mulher, apalpando os seios, ajuda no conhecimento do próprio corpo, entretanto, esse exame não substitui o exame clínico das mamas realizado por um profissional de saúde treinado. Caso a mulher observe alguma alteração deve procurar imediatamente o serviço de saúde mais próximo de sua residência. Mesmo que não encontre nenhuma alteração no auto-exame, as mamas devem ser examinadas uma vez por ano por um profissional de saúde!

O que mais a mulher pode fazer para se cuidar?
Ter uma alimentação saudável e equilibrada (com frutas, legumes e verduras), praticar atividades físicas (qualquer atividade que movimente seu corpo) e não fumar. Essas são algumas dicas que podem ajudar na prevenção de várias doenças, inclusive do câncer.

Direção Nacional da CTB convoca militância para manifestação do próximo sábado contra Bolsonaro

Leia a resolução política aprovada na reunião realizada nesta terça-feira (28) pela Direção Nacional Plena da CTB:

1- A cada novo dia do governo comandado por Jair Bolsonaro, presenciamos o crescimento do número de vítimas da tragédia sanitária e o aprofundamento da crise econômica, política e institucional que perturba o país;

  1. Após o fracasso da empreitada golpista no 7 de setembro ele recuou das ameaças contra o STF. Mas não demorou muito para voltar a exibir seu DNA fascista;

3- Durante a semana passada, nos EUA, patrocinou espetáculos grotescos, submetendo o Brasil a dias de doloroso vexame internacional. Seu discurso na abertura da Assembleia Geral da ONU, em 21 de setembro, foi recheado de mentiras. Afirmou que seu governo patrocina um auxílio emergencial de US$ 800,00, valor equivalente a R$ 4,5 mil; que protege o meio ambiente e é amigo dos indígenas; que o Brasil estava às portas do socialismo antes de sua posse. Disse que a economia brasileira vai de vento em popa e atribuiu a governadores e prefeitos a culpa pela carestia, não só no Brasil, como “em todo o mundo”. Fez questão de exibir seu negacionismo e prescrever remédios ineficazes para o tratamento da Covid-19;

4- As fantasias reacionárias do chefe da extrema direita traduzem uma completa inversão da realidade. No Brasil real, a fome já castiga cerca de 20 milhões e ronda os lares de 117 milhões de brasileiros e brasileiras. A renda média do trabalho é a mais baixa desde 2017 e cerca de 33 milhões de pessoas estão desempregadas, desalentadas ou subempregadas. Nada menos que 2 milhões de famílias (41 milhões de pessoas) foram lançadas à condição de extrema pobreza entre janeiro de 2019 e junho deste ano;

5- Aos dramas do mercado de trabalho, marcado também pela crescente precarização, aliam-se a carestia, a estagflação, a crise hídrica, a fuga de capitais, a alta do dólar e a tragédia sanitária, com o Brasil hoje se aproximando de 600 mil mortes pela Covid-19 e uma média ainda superior a 500 mortes por dia. Tudo isto é coroado por um assombroso esquema de corrupção descoberto pela CPI da Covid, envolvendo negociações para aquisição das vacinas indianas covaxin e astrazeneca com a intermediação de empresas comandadas por empresários picaretas como a Prevent Senior, a Precisa e o FIB Bank;

6- Os fatos mostram que a permanência de Bolsonaro na Presidência da República cobra ao povo um preço muito alto e deve ser interrompida para o bem da nação;

7- Por esta razão, a Direção Nacional da CTB reitera a centralidade da campanha Fora Bolsonaro. Afastar Bolsonaro é, neste momento, o principal objetivo do sindicalismo classista e do povo brasileiro;

8- A orientação à militância e às direções estaduais é de redobrar os esforços de conscientização e mobilização das trabalhadoras e trabalhadores para a participação nos atos convocados para os dias 2 de outubro e 15 de novembro da campanha Fora Bolsonaro, que ganhou as ruas após as manifestações nacionais realizadas em todo o país desde maio;

9- Para alcançar esses objetivos, é imperioso ampliar o movimento, incorporando novas forças políticas e concretizando a formação de uma frente ampla na campanha Fora Bolsonaro, à margem e acima das diferenças partidárias e ideológicas;

10- A Direção Nacional da CTB reitera a proposta de realizar, no curso do próximo ano, uma nova Conclat com o objetivo de fortalecer e ampliar a unidade do movimento sindical, atualizar a agenda da classe trabalhadora aprovada no 2º CONCLAT, realizado em junho de 2010, e elaborar uma plataforma unificada para as eleições de 2022;

11- Na agenda legislativa são prioridades as lutas contra a PEC 32 (a Reforma Administrativa de Bolsonaro) e os projetos entreguistas de privatização dos Correios e da Eletrobras;

12- A reunião também foi marcada pela posse da nova direção nacional da CTB, eleita no 5º Congresso, que tem pela frente o desafio de intensificar a luta em defesa da classe trabalhadora e da democracia, barrar o retrocesso e o perigo fascista e criar condições para a retomada de um novo projeto nacional de desenvolvimento, com democracia, soberania e valorização do trabalho.

A PEC 32 PODE ACABAR COM O SERVIÇO PUBLICO, DIGA NÃO!

O serviço público é essencial na vida de todos nós e sabemos que sua qualidade depende de funcionários qualificados e experientes. Mas a chamada reforma administrativa do governo Bolsonaro pode liquidar com o serviço público em nome dos interesses de políticos corruptos, prejudicando a população e a própria carreira dos servidores.

Quem cuida da sua saúde, da sua segurança e da educação dos seus filhos é um funcionário público. Não podemos permitir que esses serviços tão essenciais à população sejam prejudicados pela reforma administrativa.Ajude a defender o serviço público do Brasil, diga não à PEC 32!

Entenda:

• A reforma facilita a corrupção, com as rachadinhas, por exemplo, e as indicações políticas sem critérios técnicos, causando a perda da qualidade dos serviços e a eficiência no atendimento;

• A falta de continuidade com a substituição dos servidores sem estabilidade irá prejudicar a evolução dos serviços e o atendimento à população;

• O serviço público será transformado numa ferramenta de governo com interesses políticos e privados.

Trabalhador do Hotel Siena ganha o SAMSUNG A10 na promoção da pesquisa

SORTEADO! Nesta ano, o SINTRAHG trouxe uma importante inovação: a pesquisa virtual sobre a campanha salarial. Cerca de 250 trabalhadores e trabalhadoras da base participaram. No geral, deram apoio ao conjunto de reivindicações, com destaque para o reajuste de piso e dos salários. Ou seja, a grande preocupação da categoria neste ano está na perda da renda em virtude da inflação.

Para o presidente do Sintrahg, Rodrigo Callais, a pesquisa proporcionou criar um processo participativo e inovador para estimular a democracia e a transparência na gestão sindical. “Ficamos muito satisfeitos com a participação da categoria, por isso vamos seguir experimentando essas novas formas de interação para aproximar cada vez mais o sindicato da nossa base”.

Ganhador

Foi sorteado um Smartphone Samsung A10 entre os participantes da pesquisa, e o ganhador foi um trabalhador da hotelaria (Hotel Siena), Flávio Michel Fontes Júnior Junior, que recebeu o seu prêmio das mãos do presidente do SINTRAHG, Rodrigo Callais.

Campanha salarial 2021: assembleia aprova pauta de reivindicações 

Assembleia geral dos trabalhadores e trabalhadoras em hotelaria e gastronomia de Gramado, ocorrida nesta quinta-feira, 23, aprovou a pauta da categoria para este ano, com destaque para a consulta virtual realizada pelo Sintrahg que ajudou a subsidiar a lista de prioridades a serem reivindicadas.

Índice

Para o reajuste dos salários, ficou definido que a reivindicação será pela reposição integral da inflação (INPC) com base no mês de novembro, que deverá ficar acima dos 10%, mais 3% de aumento real.

Outra prioridade, e que foi o item mais votado da pesquisa virtual, será a valorização do piso de categoria, que hoje está em R$ 1.355. O valor pedido será de R$ 1.600.

Direitos da Convenção Coletiva Trabalho – CCT

Além do reajuste, o Sintrahg vai defender a manutenção e ampliação dos direitos da CCT da categoria, veja as principais reivindicações:

– Reajuste no auxílio-creche de 100%: nosso auxílio-creche ainda possui um valor baixo, por isso vamos reivindicar que ele dobre tendo em vista ser muito importante para as mães e crianças

– Reajuste no adicional por tempo de serviço: anuênio e quinquênios

– Reajuste no auxílio-educação

– Reajuste no abono qualificação profissional

– Pagamento de grau máximo de insalubridade (40%) para as camareiras

– Auxilio combustível no valor de R$ 150 e redução no desconto do vale-transporte para 3%

– Pagamento do salário no máximo até o 5º dia do mês, independente se cai no sábado, domingo ou feriado

– Aumento no adicional noturno para 40%, das 22h até o termino da jornada de trabalho

– Ampliação da estabilidade para 90 dias após o período da Licença Maternidade

Pesquisa

Nesta ano, o Sintrahg trouxe uma importante inovação: a pesquisa virtual sobre a campanha salarial. Cerca de 250 trabalhadores e trabalhadoras da base participaram. No geral, deram apoio ao conjunto de reivindicações, com destaque para o reajuste de piso e dos salários. Ou seja, a grande preocupação da categoria neste ano está na perda da renda em virtude da inflação.

Para o presidente do Sintrahg, Rodrigo Callais, a pesquisa proporcionou criar um processo participativo e inovador para estimular a democracia e a transparência na gestão sindical. “Ficamos muito satisfeitos com a participação da categoria, por isso vamos seguir experimentando essas novas formas de interação para aproximar cada vez mais o sindicato da nossa base”.

Ganhador

Foi sorteado um Smartphone Samsung A10 entre os participantes da pesquisa, e o ganhador foi um trabalhador da hotelaria (Hotel Siena), Flavio Michel Junior.

Valorização padrão Gramado

As negociações da campanha, que neste ano tem como slogan queremos Valorização Padrão Gramado, terá um primeiro encontro com a patronal na próxima segunda-feira, 27, para entrega da pauta de reivindicações.

“Se Gramado é reconhecida como um polo turístico no Brasil e na América Latina, isso também se deve a dois segmentos profissionais muito importantes que, com sua dedicação e a qualidade do seu trabalho, fazem a cidade funcionar e receber bem os visitantes: são os trabalhadores e as trabalhadoras da hotelaria e da gastronomia”, disse o presidente do Sintrahg, Rodrigo Callais.

Callais acrescenta que espera uma negociação de alto nível com a patronal, tendo em vista que é um momento de sensibilidade porque a inflação esperada para novembro pode ser a maior desde 1997 e a categoria sempre esteve na linha de frente, e foi das que mais sofreu com a pandemia. “Agora é preciso valorizar essa dedicação. Nossos salários vêm sendo corroídos pela inflação e perdendo poder de compra. Só em 2021, a cesta básica no RS teve aumento de mais de 25%. Além disso, é preciso manter e valorizar nossos direitos sociais da Convenção Coletiva – são os direitos que o Sindicato conquistou e que a nova Lei trabalhista não garante mais”, completou.

MTST ocupa Bolsa de Valores em protesto contra a fome, a inflação e o desemprego

Ativistas do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) ocuparam no início da tarde desta quinta-feira a B3, sede da Bolsa de Valores brasileira, no centro São Paulo, em protesto contra a fome, a inflação e o desemprego.

O local foi escolhido por simbolizar a “especulação” e a “desigualdade social”, segundo líderes do movimento. “Ocupamos a Bolsa de Valores de São Paulo, maior símbolo da especulação e da desigualdade social. Enquanto as empresas lucram, o povo passa fome e o trabalho é cada vez mais precário. Quem segura o Bolsonaro lá são os donos do mercado!”, publicou o perfil da organização no Twitter.

“Os lucros recordes dos bancos, o aumento de grandes fortunas e o surgimento de 42 novos bilionários no mesmo país onde a insegurança alimentar atinge mais de 116 milhões de pessoas e a fome já é uma realidade para mais de 19 milhões precisa acabar”, continuaram.

Em nota, o movimento disse que essa manifestação dá início a uma campanha que irá realizar ações nos próximos meses em todo o país.

FONTE: CTB

SINTRAHG recebe troféu Seleção Jornal Integração

O Sintrahg recebeu o troféu Seleção Jornal Integração como destaque no segmento sindicatos de trabalhadores em Gramado. A entrega do prêmio ocorreu no dia 15 de setembro, em jantar realizado na Sociedade Recreio Gramadense.

O Sindicato dos Trabalhadores em Hotelaria e Gastronomia de Gramado, Sintrahg, foi escolhido a partir de uma pesquisa realizada pelo Jornal Integração na qual perguntara à comunidade quais as marcas mais lembradas no segmento: o SINTRAHG foi o mais votado.

Estiveram representando o SINTRAHG na premiação o presidente da entidade, Rodrigo Callais, o Diretor de Mobilização e Propaganda, Silvano “Narizinho”, e o Tesoureiro, Moacir Wasem.

Para Callais, o reconhecimento da comunidade representa o trabalho sério que o sindicato vem realizando ao longo da sua trajetória como entidade classista comprometida com a luta em defesa dos direitos dos trabalhadores e com o desenvolvimento da região.

Sintrahg regulariza Taxa de Serviço em duas empresas de Gramado

O Sintrahg realizou duas assembleias importantes nesta semana: na Porto do Cara de Mau Pizzeria e no Monte Felice Hotelaria. Em ambos foi regularizado o funcionamento da Taxa de Serviço, com aprovação do Acordo Coletivo de Trabalho e a incorporação dos valores na folha de pagamento dos trabalhadores e das trabalhadoras das respectivas empresas.

Sindicato presente: trabalhadores definem democraticamente funcionamento da Taxa

Além disso, o presidente do Sindicato, Rodrigo Callais, e o Diretor de Mobilização e Propaganda, Silvano “Narizinho”, falaram sobre a campanha salarial deste ano “Queremos Valorização Padrão Gramado”, e mostraram os serviços e atendimentos que o Sintrahg oferece aos associados.

Sobre a Taxa de Serviço, Callais destacou que “é importante que as empresas entendam que estes valores não podem ser pagos ‘por fora’, sendo essa pratica proibida por Lei. O Sindicato tem feito um trabalho forte nesse sentido, inclusive buscando a justiça, quando necessário, para que estes valores sejam repassados corretamente para os trabalhadores.”

O que explica a disparada no preço dos alimentos e até quando vão subir?

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na quinta-feira (9) que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o indicador oficial de inflação, fechou o mês de agosto em 0,87%, a maior taxa para um mês de agosto desde 2000. No acumulado dos 12 meses, chegou a 9,68%, o maior percentual desde fevereiro de 2016, quando o acumulado de 12 meses estava em 10,3%.

Segundo o IBGE, a alta nos preços foi generalizada, com 8 dos 9 grupos de produtos registrando alta, com exceção de saúde e cuidados pessoais. Os maiores vilões foram os grupos dos transportes (alta de 1,46% apenas no mês de agosto), puxada pelo aumento da gasolina, e de alimentação e bebidas (1,39%).

A subida no preço dos alimentos não é novidade para o brasileiro, que tem sido obrigado nos últimos meses a procurar substitutos para diversos produtos que apresentaram forte alta nos preços.

Segundo a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) em 17 capitais, a cesta básica subiu em 13 destas cidades no mês de agosto. Em agosto, o valor médio da cesta básica em Porto Alegre foi de R$ 664,67, o maior do país.

Contudo, o Brasil se encaminha para fechar o ano com recordes de produção. O mesmo IBGE estimou, em agosto, que a safra brasileira de grãos, cereais e leguminosas deverá fechar o ano em 256,1 milhões de toneladas, o que seria a maior da história. O que explica então a alta no preço dos alimentos?

Pandemia e preço internacional

O professor Alessandro Donadio Miebach, do Departamento de Economia e Relações Institucionais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), afirma que o primeiro elemento que precisa ser levado em conta para explicar a inflação brasileira é o impacto da pandemia no preço internacional dos alimentos.

De acordo com o Indicador de Preços de Alimentos da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO, na sigla em inglês), a média dos preços iniciou 2020 em um patamar acima, mas ainda próximo, do que fora registrado em 2018 e 2019. Após uma leve queda nos primeiros meses do ano, começou a subir a partir de maio e manteve uma trajetória de alta que perdurou até maio de 2020, atingindo patamares mais de 30% superiores aos do início da pandemia.

Índice de preços dos alimentos medido pela FAO | Foto: Reprodução
A trajetória apontou para queda em junho e julho, mas já voltou a subir globalmente em agosto. Na avaliação de Miebach, em razão das incertezas geradas pelo variante Delta do coronavírus. Mas por que a pandemia influenciou o preço dos alimentos? “Ninguém sabia o que era a pandemia de março de 2020, o que os países foram fazer? Compor estoques e garantir a segurança alimentar. Isso explica para nós o pico nos preços. Tu não tem outro motivo para a subida de preços nessa magnitude que a gente viu”, diz.

Se o preço dos alimentos sobe no mercado internacional, sobe no Brasil também. Contudo, há um agravante para o cenário brasileiro: a disparada no dólar verificada nos últimos anos tornou mais atrativo para o produtor nacional vender para o exterior. “A nossa agricultura é mercantil, visa lucro, então ‘eu vou vender onde eu tenho um preço mais alto’. Se o preço internacional subiu, eu vou subir aqui também, não vou vender mais barato para o mercado doméstico. Se o mercado doméstico quiser comprar o meu cereal, vai ter que pagar o mesmo preço”, diz o professor.

Patrícia Costa, economista e Supervisora de Pesquisa de Preços do Dieese, explica que essa priorização das exportações gera um segundo elemento inflacionário, que é a falta de oferta de produtos para o mercado interno. “A gente começou a exportar muito feijão, muito arroz, carne bovina, soja, óleo de soja, açúcar, e tudo isso vem elevando o preço dos alimentos, porque grande parte da nossa produção é para fora e aqui dentro não tem oferta suficiente para cumprir a demanda, então você tem aumento de preço”, explica.

Um terceiro elemento, também relacionado à variação de preços no mercado internacional e ao dólar, é a alta de combustíveis e derivados do petróleo, como gasolina, diesel e gás de cozinha, que são insumos essenciais tanto para o produção de alimentos como para o transporte. “A política da Petrobras mudou para priorizar o lucro dos acionistas e quem paga esse lucro é a população brasileira, porque vai comprar o gás e a gasolina na bomba”, diz a economista.

Soma-se a isso a alta em mais um insumo essencial, a energia elétrica, que está relacionada à crise hídrica e à falta de planejamento do governo federal para enfrentá-la.

“A gente precisa lembrar que luz, combustível e gás também são custos de produção. Milho e soja, que a gente também está mandando para a fora, são insumos para a produção de gado, que produz carne e leite. Então, os problemas da economia brasileira neste momento estão do lado da oferta dos produtos. Porque, do outro lado você tem uma demanda extremamente reprimida, as pessoas não têm renda, tem muita gente pulando refeições porque não tem dinheiro para comprar as três refeições para a família, tem muita gente que está cozinhando com lenha porque não tem dinheiro para o botijão de gás. O produtor olha para o Brasil e vê um país empobrecido e olha para o mercado internacional, vê a demanda da China e ainda recebe o dólar, então é extremamente vantajoso para ele exportar esses alimentos”, diz Patrícia Costa.

Por outro lado, Costa e Miebach apontam que o Brasil deixou de usar instrumentos que tinha à disposição para controlar a variação dos preços internacionais, como os estoques reguladores da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Uma reportagem do publicada pelo portal UOL em setembro de 2020 apontou que o Brasil registrava uma redução de 96% na média anual dos estoques públicos de alimentos em uma década. A soja, por exemplo, não era armazenada desde 2013.

“Flutuações nos mercados de preços de alimentos são comuns. O que os países como China, EUA e outros fazem? Tu faz estoques de alimentos para preservar o preço e também para proteger os agricultores, porque tu pode ter o contrário, uma queda pronunciada do preço, aí o estoque regulador entra comprando e sustenta o preço. Quando o preço sobe, ele entra vendendo e joga para baixo”, diz Alessandro Miebach.

Segundo o professor, a redução de estoques passar por uma decisão política dos últimos governos federais, que, nutridos pela lógica liberal, passaram a defender que o mercado seria mais eficiente para reger a economia sem a participação do governo. “É uma concepção muita ingênua. O que acontece? Todo o choque de preço é transmitido direto, sem mediação. Mais ou menos o que acontece com a gasolina, toda a variação e volatilidade é transmitida para o consumidor”, afirma.

Soma-se a isso também a decisão de priorizar os grandes produtores em detrimento de realizar políticas voltadas para a agricultura familiar, que tem por característica uma produção mais voltada para abastecer o mercado interno.

Patrícia Costa diz que já é possível perceber a queda em alguns preços de alimentos, como arroz e feijão. Para a economista, contudo, isso é um reflexo do fato de que eles subiram a patamares tão altos que as pessoas deixaram de comprar, o que força uma redução nos preços.

“Você começa a ter uma guerra em que a oferta pressiona para cima e a demanda pressiona os preços para baixo, porque as pessoas não conseguem absorver os impactos do preço mais. O patamar de preço da carne bovina hoje é em torno de R$ 40 o quilo, se a gente pegar uma média de preços entre patinho, acém, coxão duro e coxão mole. Era R$ 20 em 2015. É um aumento muito grande, então o consumo diminuiu”, diz.

Alessandro Miebach diz que a avaliação de órgãos internacionais é que o preço dos alimentos começaria a cair com a retomada econômica pós-pandemia. No entanto, ele destaca que o aparecimento e os surtos da variante Delta trouxeram mais incertezas sobre os prognósticos. No caso do Brasil, a crise política perpetuada pelo presidente Bolsonaro influi para acentuar ainda mais o ambiente econômico, segundo o professor.

“Eu esperava que os preços cairiam, mas talvez não caiam, continuem num patamar alto. A taxa de inflação tende a estabilizar, é a impressão que dá. Provavelmente terá uma subida nos juros, que deve levar a uma apreciação do real. Ao apreciar o real, tu vai ter uma menor variação de preços desses bens exportáveis do Brasil. Agora, tem um problema, o problema é o governo, que cria instabilidade e insegurança”, diz.

Já a economista do Dieese avalia que a tendência ainda é de aumento no preço dos alimentos. “O café, por exemplo, a produção e o preço têm muito a ver com a expectativa dos agentes, que vende com base na produção futura. A expectativa é que a geada [ondas de frio e geada atingiram o sudeste no final de julho, provocando perdas nas safras de café, cana e laranja] já comprometeu a safra de 2022, então, com isso, a tendência é que os preços agora sejam maiores e, com isso, continua subindo”, diz.

Ela também pondera que a contínua alta nos preços de combustíveis e de energia, esta última anunciada recentemente e ainda podendo ser majorada pela continuidade da crise hídrica, seguirá pressionando para cima os preços dos alimentos. “Se você pensar que precisa levar um alimento de uma cidade para outro canto do País, o que vai incluir nesses custos? Gasolina, diesel. Se você precisar processar minimamente, vai entrar a energia elétrica. Então, a gente entra numa espiral de aumento de preços que vai se espraiando por tudo”, afirma.

FONTE: SUL 21