Campanha Salarial 2022: Sintrahg insiste na necessidade de aumento real nos salários

A campanha salarial dos trabalhadores e trabalhadoras em hotelaria e gastronomia de Gramado está em processo de negociação. O recente encontro entre o Sintrahg e o setor patronal, ocorrido na última sexta-feira, 11 de novembro, teve alguns avanços, porém ainda não corresponde às expectativas da categoria: inicialmente, os patrões acenaram com apenas 5% de reajuste a ser pago em duas vezes. 2,5% agora, em novembro e os 2,5% restantes apenas em junho de 2023.

A primeira proposta patronal foi considerada inaceitável pela comissão de negociação do Sintrahg. Diante disso, na sequência os patrões chegaram ao INPC integral da data-base, que é 1º de novembro, que corresponde a 6,46%. Foi um avanço, segundo o presidente do Sintrahg, Rodrigo Callais. Porém, segundo ele, o setor patronal não se mostrou aberto à concessão de um reajuste com aumento real nos salários e nem nos pisos da categoria, o que é considerado negativo.

A IMPORTÂNCIA DO AUMENTO REAL

Quando iniciara o processo de planejamento estratégico da campanha salarial, ainda no mês de julho, o Sintrahg chegou a propor 13% de reajuste – tendo em vista que a média da inflação naquele momento estava acima dos 10%. Porém, como todos acompanharam, houve medidas do governo – em razão da eleição para forçar a queda da inflação – que tiveram impacto justamente nos meses de agosto, setembro e outubro, com uma queda acentuada do INPC.

“O índice do INPC para a nossa data-base (1º de novembro) realmente ficou em 6,46%, mas isso é resultado direto das ações momentâneas do governo federal que queria vencer a eleição. Agora, já em novembro, e após a eleição, vemos que voltou um indicativo de alta na inflação. É o que sentimos no bolso, no mercado, no dia a dia. Por isso é importante que haja sensibilidade e responsabilidade social por parte dos empresários do setor. Eles precisam reconhecer que é necessário o aumento real”, afirmou Callais.

Nos próximos dias deve haver uma nova reunião de negociação.

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INIMIGOS DAS MULHERES: Federação empresarial entrega carta a candidato contra o auxílio-maternidade e propõe nova reforma trabalhista

Aos gritos de “mito”, a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) entregou a Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, uma proposta com 90 pontos que inclui uma nova reforma trabalhista a ser implementada no Brasil. Fazem parte da proposta alterações legislativas como a facilitação do trabalho aos domingos e feriados e novas regras – piores para as trabalhadoras – para o auxílio maternidade.

O documento, que não foi disponibilizado publicamente, foi entregue a Bolsonaro durante um encontro com empresários em Belo Horizonte. O jornal Diário do Comércio informa que teve acesso ao documento e que “o tema trabalhista abre o arcabouço e elenca 17 propostas, entre as quais a flexibilidade produtiva, considerando a indústria atividade essencial; modernização da Classificação Brasileira De Ocupações (CBO); definição objetiva da responsabilidade do empregador para pagamento do salário; simplificação do cálculo da hora noturna; aperfeiçoamento da legislação trabalhista com a regulamentação do regime híbrido e definição de novas regras para o teletrabalho; modernização do trabalho em minas de subsolo em face do uso da tecnologia”.

Conforme o site Hoje em Dia, as propostas tratam ainda de temas como “a ampliação e flexibilização do trabalho aos domingos e feriados e a redução das obrigações empresariais no pagamento de auxílios maternidade e previdenciários”. Há, ainda, ataques à fiscalização do cumprimento dos direitos legais dos trabalhadores e trabalhadoras: “a Fiemg propôs diminuir o poder dos auditores fiscais, concentrando nas mãos dos Delegados do Trabalho a aplicação de algumas punições às empresas”, diz a matéria do Hoje em Dia.

No início deste ano, Bolsonaro já encomendara um estudo para embasar uma nova redução dos direitos dos trabalhadores brasileiros. A partir de seu pedido, o Grupo de Altos Estudos do Trabalho (Gaet) elaborou um documento de 262 páginas com sugestões que podem alterar até 330 pontos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), com 110 regras novas, 180 alterações e 40 revogações. Entre as sugestões mais prejudiciais do Gaet estão a liberação de trabalho aos domingos, a proibição do acesso de motoristas de aplicativo aos direitos previstos na CLT (como 13º, férias e FGTS), a legalização do locaute e o teletrabalho por demanda sem limite de horas e sem direito a hora extra.

FONTE: SINTRAJUFE

Câmara de Vereadores de Gramado aprova moção de apoio à luta salarial da categoria

A Câmara de Vereadores de Gramado aprovou nesta semana uma moção de apoio à luta pelo reajuste salarial da nossa categoria neste ano com o título: “Moção de Apoio aos setores de Gastronomia, Hotelaria e Turismo e seus Trabalhadores, para o reajuste do salário das categorias profissionais, na cidade de Gramado.”

“Importante referir que a presente Moção visa reconhecer a luta dos representantes dos setores citados, por se tratar de uma reivindicação salarial justa, tendo em vista a situação econômica que vem atravessando o País e o Setor do Ramo Hoteleiro, Gastronômico e turismo em geral, ocasionado pelas Crises da Pandemia e Guerra. Os aumentos gerais do custo de vida, castigam as famílias trabalhadoras e os menos favorecidos financeiramente”, registra o documento.

E segue: “Em um ano, o arroz ficou 70% mais caro; o feijão, 50%; a cebola, 69%; o leite, 27%; as frutas, 25,40%; a carne, 20%; o tomate, 53%. Ou seja, tudo aumentou: a energia elétrica, a água, os combustíveis, os transportes. O botijão de gás chegou ao absurdo de R$ 120. O custo de vida assombra as famílias brasileiras; as contas não estão fechando. As famílias de baixa renda são as mais atingidas, justamente aquelas que recebem até meio salário mínimo de renda mensal por pessoa ou até três salários mínimos por família.”

O documento está totalmente afinado com a luta que o Sintrahg realiza neste ano. Devido à crise e ao descontrole da economia, os trabalhadores e as trabalhadores têm perdido muito no poder de compra dos seus salários, o que não é diferente em Gramado. “Aliás, aqui trata-se de uma situação agravada pelo sabico alto custo de vida na cidade e região”, complementa o presidente do Sintrahg, Rodrigo Callais.

A moção ainda registra que: “Segundo dados divulgados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o custo de vida do cidadão brasileiro subiu 72% desde o janeiro de 2019 até abril de 2022. A inflação volta a ser a maior inimiga do povo no cotidiano.”

O documento aprovado no parlamento do município foi proposto pelos vereadores Joel da Silva Reis, Cícero Altreiter, Marcos Rodrigues da Silva, Neri da farmácia, Professor Daniel e Rosi Schmitt.

Assembleia Geral do Sintrahg define índice a ser reivindicado para o aumento: 13%

Em assembleia geral realizada nesta quarta-feira, 21 de setembro, os trabalhadores e as trabalhadoras da hotelaria e gastronomia de Gramado aprovaram a reivindicação de 13% de reajuste nos salários, solicitação que será apresentada ao setor patronal nos próximos dias.

Segundo o presidente do Sintrahg, Rodrigo Callais, é uma reivindicação justa tendo em vista a situação do país e do setor. “A economia brasileira está descontrolada e ninguém aguenta mais a inflação. Os aumentos dos preços dos alimentos têm castigado as famílias de trabalhadores e os mais pobres. A cesta básica no Rio Grande do Sul já subiu mais de 30% nos últimos 12 meses, segundo o DIEESE; e aqui, em Gramado, como sabemos, o custo de vida é um dos mais altos do estado e do país”, afirmou.

Para Callais a situação é grave e está comprometendo o poder de compra e a renda das famílias dos trabalhadores e das trabalhadoras em hotelaria e gastronomia da região serrana. “São estes mesmos trabalhadores que, com sua dedicação e com a qualidade do seu trabalho mantém a alto nível do atendimento daquele que é considerado um dos mais importantes destinos turísticos do Brasil”, completou.

REAJUSTE JÁ

Para o sindicato, os 13% de reajuste nos salários são perfeitamente compatíveis com a realidade do setor que vem lucrando muito com o forte movimento registrado nos últimos meses. “Reajustar os salários agora é uma forma de recuperar parte das perdas com a inflação real, que é maior que os índices oficiais, como todos nós sabemos e constatamos ao ir às compras nos supermercados”, esclareceu Callais.

PAUTA ECONÔMICA É EXCLUSIVA NESTE ANO

Neste ano, o foco da campanha é somente o reajuste salarial, porque os demais direitos da Convenção Coletiva da categoria tem validade por dois anos, ou seja, serão negociados novamente somente em 2023.

O slogan da campanha neste ano é NOSSA UNIÃO PRA VENCER A INFLAÇÃO, 13% JÁ.

Campanha salarial 2022: SINTRAHG reivindica reajuste de 13%

A economia brasileira está descontrolada e ninguém aguenta mais a INFLAÇÃO. Os aumentos dos preços dos alimentos, combustíveis e energia têm castigado as famílias de trabalhadores e os mais pobres. A cesta básica no Rio Grande do Sul já subiu mais de 30% nos últimos 12 meses, segundo o DIEESE; e aqui, em Gramado, como sabemos, o custo de vida é um dos mais altos do estado e do país.

A situação é grave e está comprometendo o poder de compra e a renda das famílias dos trabalhadores e das trabalhadoras em hotelaria e gastronomia da região serrana. São estes mesmos trabalhadores que, com sua dedicação e com a qualidade do seu trabalho mantém a alto nível do atendimento daquele que é considerado um dos mais importantes destinos turísticos do Brasil.

REAJUSTE JÁ

Diante desta situação, o Sintrahg defende o reajuste de 13% nos salários nesta campanha salarial, como forma de recuperar parte das perdas com a inflação real, que é maior que os índices oficiais, como todos nós sabemos e constatamos ao ir às compras nos supermercados.

PAUTA ECONÔMICA É EXCLUSIVA NESTE ANO

Neste ano, o foco da campanha é somente o reajuste salarial, porque os demais direitos da Convenção Coletiva da categoria tem validade por dois anos, ou seja, serão negociados novamente somente em 2023.

Para o presidente do Sintrahg, Rodrigo Callais, é justo e necessário que haja este reajuste para os trabalhadores e trabalhadoras do setor: “temos perdido muito nosso poder de compra em virtude da inflação, por isso o índice de 13% de reajuste. O custo da inflação e da incompetência dos governos não pode recair sobre os nossos ombros! É hora de lutarmos juntos para recuperar nossos salários”, disse.

ASSEMBLEIA NO DIA 21 DE SETEMBRO

O slogan da campanha neste ano é NOSSA UNIÃO PRA VENCER A INFLAÇÃO, 13% JÁ. A assembleia que vai aprovar a pauta de reivindicações está marcada para o dia 21 de setembro, às 15h30, no auditório do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Calçado de Gramado, que fica na rua Ernesto Volk, 47, no centro.

Contrarreforma trabalhista na Espanha cria empregos e pode ser um exemplo para Brasil

A Reforma Trabalhista aprovada em 2017, durante o governo do ex-presidente Michel Temer (MDB), virou alvo de críticas de candidatos à Presidência nesta eleição. Pelo menos cinco deles, incluindo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), líder nas pesquisas de intenções de voto, já prometeram revogar ao menos alguns trechos da nova legislação por a considerarem maléfica ao trabalhador.

Sancionada para reduzir obrigações trabalhistas de empresários e, com isso, gerar 6 milhões de postos de trabalho, a reforma praticamente não baixou o nível do desemprego no país, que só neste ano voltou a afetar menos de 10% da população. Ainda estagnou o nível de renda do trabalhador, que segue em cerca de R$ 2.700 mensais após cinco anos, apesar de a inflação acumular alta de 30% nesse período.

Parte dessa estagnação da renda tem a ver com a precarização das relações de trabalho resultante da reforma, que facilitou a terceirização, a contratação temporária e até intermitente de trabalhadores no Brasil. Tudo isso, justamente quando o país já vivia uma crise econômica, que se agravou com o início da pandemia do coronavírus.

Candidatos que querem rever a Reforma Trabalhista:

. Ciro Gomes (PDT)
. Léo Péricles (UP)
. Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
. Sofia Manzano (PCB)
. Vera Lúcia (PSTU)

Reformas na Espanha

Na Espanha, o cenário não era muito diferente entre 2008 e 2012, quando reformas trabalhistas entraram em vigor por lá. Em 2008, o país sofreu com crise relacionada à quebra do banco Lehman Brothers, dos Estados Unidos. Em 2011, passou a ser governado por um presidente de um partido conservador –Mariano Rajoy, do Partido Popular–, que via na flexibilização das relações de trabalho uma forma de gerar emprego.

Nesse contexto, a Espanha modificou sua legislação para facilitar a contratação temporária de trabalhadores e reduzir o peso das negociações coletivas, feitas por sindicatos, sobre salários e benefícios –medidas semelhantes àquelas adotadas no Brasil anos depois.

A criação de vagas na Espanha até cresceu nos anos pós-reforma, mas muitos postos de trabalho criados eram temporários, os quais tendem a deixar o trabalhador em instabilidade.

Rajoy deixou o governo em 2018. Em seu lugar, assumiu Pedro Sánchez, do Partido Operário Espanhol, alinhado à esquerda. Segundo o advogado José Eymard Loguercio, pesquisador e presidente do Instituto Lavoro, ele agiu para dificultar as demissões durante a pandemia. Quando ela arrefeceu, já tinha capital político para propor a revogação de boa parte das regras que passaram a valer anos antes.

A contrarreforma veio no final de 2021. Loguercio explicou que ela criou regras para restringir a contratação de trabalhadores por prazo determinado e devolveu às negociações coletivas a importância que elas tinham.

Resultados positivos

As mudanças, de acordo com o Ministério do Trabalho e Economia Social da Espanha, são positivas até aqui. O número de trabalhadores desempregados caiu de cerca de 3,1 milhões, em janeiro, para 2,9 milhões em julho deste ano –menor número para o mês já registrado nos últimos 14 anos.

Em julho de 2021, os desempregados na Espanha eram cerca de 3,4 milhões. A redução de mais de 500 mil desempregados em um ano é a maior já registrada para julho.

No primeiro semestre deste ano, o número de novos contratos de trabalho firmados na Espanha chegou a 11,2 milhões –7% mais do que no mesmo período de 2021.

Mais importante ainda é que o número de contratos indefinidos, sem tempo determinado, cresceu ainda mais. Foram 3,9 mil vagas criadas de janeiro a julho –253% mais do que no mesmo período do ano anterior.

Só em julho, foram 685 mil vagas de trabalho sem prazo definido criadas. Elas foram 41% do total daquele mês. Antes da contrarreforma, era comum que as vagas temporárias representassem cerca de 90% do total de novos empregos criados.

“Há também uma questão do ciclo econômico, da saída de uma crise causada pela pandemia”, ressaltou Loguercio, do Instituto Lavoro. “Mas o importante é a quebra esse discurso de que você é precisa rebaixar as garantias trabalhistas para gerar emprego. A Espanha faz uma reorientação da legislação e consegue com isso promover e gerar emprego.”

Momento brasileiro

O sociólogo e técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Luis Ribeiro, disse que as notícias que chegam da Espanha são animadoras e destaca que elas vão além das são econômicas.

“A melhoria da renda e emprego geram desenvolvimento. Acredito nisso”, afirmou ele. “Mas há questões que não são apenas econômicas. Um país tem que definir alguns valores básicos de dignidade, de trabalho decente, de remuneração digna para o combate à desigualdade. A mudança na reforma trabalhista espanhola vai nesse sentido.”

Para Ribeiro, o Brasil está hoje num momento propício para debater esse tipo de valores básicos. Segundo ele, esta eleição tende a definir que tipo de trabalho o país pretende gerar: o menos protegido, proposto por Temer em 2017, ou o mais digno, o qual está sendo defendido por candidatos a presidente opositores do governo de Jair Bolsonaro (PL).

Loguercio também crê que a Reforma Trabalhista terá de ser revista caso o país queria criar uma sociedade mais justa.

“Em algum momento ele terá que ser feito caso nós queiramos é diminuir a miséria e a desigualdade porque a reforma como ficou induz relações de trabalho precárias”, afirmou ele.

Fonte: Brasil de Fato

Com 1,1 milhão de assinaturas, ‘Carta aos brasileiros’ suspende adesões após início de campanhas eleitorais

Com 1.083.431 assinaturas registradas até esta terça-feira (16), novos apoios à Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito! estão interrompidos. “Com mais de 1.000.000 de adesões individuais, e o apoio de mais de 500 entidades da sociedade civil, as subscrições (…) estão, por ora, interrompidas, em virtude do início da campanha eleitoral fixada pelo TSE”, explica a página oficial do documento.

“Com isso, demonstra-se mais uma vez o caráter apartidário do movimento que, espontaneamente, congregou parcela significativa da sociedade brasileira”, continua. Segundo o texto, a interrupção não significa “pusilanimidade diante de qualquer ameaça aos valores democráticos”. A página conclui dizendo que se houver necessidade, a coleta de assinaturas será retomada. “A sociedade permanece em vigília.”

O documento no movimento de agosto de 1977, época do sesquicentenário de fundação dos cursos jurídicos no país, quando o jurista Goffredo Telles Jr., “no território livre do Largo de São Francisco, leu a Carta aos Brasileiros, na qual denunciava a ilegitimidade do então governo militar e o estado de exceção em que vivíamos”. O histórico texto de 1977 pedia o restabelecimento do Estado de direito e a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte.

O 11 de agosto

Na leitura feita no Pátio das Arcadas, na última quinta (11), os incumbidos de apresentar o documento fizeram uma analogia com a tentativa golpista ocorrida em 2021 nos Estados Unidos, quando seguidores fanáticos e golpistas do ex-presidente Donald Trump invadiram o Capitólio, o Congresso dos Estados Unidos, e tentaram um golpe que acabou malsucedido. “Lá não tiveram êxito. Aqui também não terão”, afirmaram na Faculdade de Direito.

No Brasil, as reações aos ataques de Bolsonaro feita aos embaixadores em 18 de julho, em pleno Palácio da Alvorada, provocaram a deflagração do maior movimento pelo Estado de direito e em defesa das eleições democráticas desde a posse de Jair Bolsonaro.

Na Faculdade de Direito, além da nova Carta aos Brasileiros, o ex-ministro da Justiça José Carlos Dias leu outro documento, este chamado Em Defesa da Democracia e da Justiça, iniciativa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), assinada por cerca de 120 entidades civis. Os atos que promoveram a leitura de ambas as cartas lidas na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo foram noticiados com destaque na imprensa de todo o mundo.

FONTE: REDE BRASIL ATUAL

Carta em defesa da democracia ultrapassa marca de 630 mil adesões

Em apenas seis dias, a “Carta aos Brasileiros, em Defesa da Democracia” já tem mais de 633.700 assinaturas. O documento, lançado na terça-feira (26) com 3.069 signatários, será lido em evento na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), na quarta-feira da semana que vem, dia 11 de agosto.

Já assinaram a carta em defesa da democracia os ex-ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Francisco Resek, Joaquim Barbosa, Nelson Jobim, Carlos Ayres Britto, Carlos Velloso, Cezar Peluso, Ellen Gracie, Marco Aurélio Mello, Sepúlveda Pertence e Sydney Sanches.

Também são singnatários do documento a presidenta da Academia Brasileira de Letras, Nélida Piñon, e a atriz Fernanda Montenegro, também da ABL.

Líderes do setor financeiro, como Roberto Setubal e Pedro Moreira (co-presidentes do Itaú Unibanco), também apoiam a iniciativa. Além de banqueiros, como o ex-presidente do Itaú Unibanco, Candido Bracher, e o CEO da Natura, Fábio Barbosa, ex-presidente do Santander.

A Carta, uma iniciativa da Faculdade de Direito do Largo São Francisco, da Universidade de São Paulo (USP), está hospedada no site Estado de Direito, Sempre! e pode ser assinada por qualquer pessoa interessada em defender a democracia brasileira.

Além da Carta aos Brasileiros, o documento “Em Defesa da Democracia e da Justiça”, criado pela Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), e assinado por entidades como a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomércioSP) e as centrais sindicais, será lido no dia 11 de agosto na Faculdade de Direito da USP.

A nova edição da Carta aos Brasileiros não cita nomes, mas é considerada uma resposta às ameaças golpistas de Bolsonaro, que ataca as urnas eletrônicas, os ministros do STF e ameaça não aceitar o resultado das eleições.

O documento critica “ataques infundados e desacompanhados de provas” em relação ao processo eleitoral, à democracia e ao Estado de direito “tão duramente conquistado pela sociedade brasileira”. E considera “intoleráveis” as ameaças a outros poderes e a setores da sociedade, além da “incitação da violência e a ruptura da ordem constitucional”.

Confira a íntegra da Carta

‘Presidente menor’

O ex-ministro do STF Celso de Mello faria a leitura do documento no Pátio das Arcadas, mas cancelou sua participação por questões de saúde. Em carta ao ex-procurador-geral de Justiça de São Paulo, Luiz Antônio Marrey, Celso de Mello insistiu para que seu nome aparecesse no documento e reforçou críticas a Bolsonaro, a quem chamou de “presidente menor”.

A nova carta resgata a resistência à ditadura civil-militar (1964-1985), reforçando que o país já passou por oito eleições seguidas para presidente da República. No entanto, agora o Brasil revive tentativas de desestabilização, que não terão sucesso, asseguram os autores. “Nossa consciência cívica é muito maior do que imaginam os adversários da democracia. Sabemos deixar ao lado divergências menores em prol de algo muito maior, a defesa da ordem democrática.”

Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito!
Em agosto de 1977, em meio às comemorações do sesquicentenário de fundação dos cursos jurídicos no país, o professor Goffredo da Silva Telles Junior, mestre de todos nós, no território livre do Largo de São Francisco, leu a Carta aos Brasileiros, na qual denunciava a ilegitimidade do então governo militar e o estado de exceção em que vivíamos. Conclamava também o restabelecimento do estado de direito e a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte.

A semente plantada rendeu frutos. O Brasil superou a ditadura militar. A Assembleia Nacional Constituinte resgatou a legitimidade de nossas instituições, restabelecendo o estado democrático de direito com a prevalência do respeito aos direitos fundamentais.

Temos os poderes da República, o Executivo, o Legislativo e o Judiciário, todos independentes, autônomos e com o compromisso de respeitar e zelar pela observância do pacto maior, a Constituição Federal.

Sob o manto da Constituição Federal de 1988, prestes a completar seu 34º aniversário, passamos por eleições livres e periódicas, nas quais o debate político sobre os projetos para país sempre foi democrático, cabendo a decisão final à soberania popular.

A lição de Goffredo está estampada em nossa Constituição “Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de seus representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”.

Nossas eleições com o processo eletrônico de apuração têm servido de exemplo no mundo. Tivemos várias alternâncias de poder com respeito aos resultados das urnas e transição republicana de governo. As urnas eletrônicas revelaram-se seguras e confiáveis, assim como a Justiça Eleitoral.

Nossa democracia cresceu e amadureceu, mas muito ainda há de ser feito. Vivemos em país de profundas desigualdades sociais, com carências em serviços públicos essenciais, como saúde, educação, habitação e segurança pública. Temos muito a caminhar no desenvolvimento das nossas potencialidades econômicas de
forma sustentável. O Estado apresenta-se ineficiente diante dos seus inúmeros desafios. Pleitos por maior respeito e igualdade de condições em matéria de raça, gênero e orientação sexual ainda estão longe de ser atendidos com a devida plenitude.

Nos próximos dias, em meio a estes desafios, teremos o início da campanha eleitoral para a renovação dos mandatos dos legislativos e executivos estaduais e federais. Neste momento, deveríamos ter o ápice da democracia com a disputa entre os vários projetos políticos visando convencer o eleitorado da melhor proposta para os rumos do país nos próximos anos.

Ao invés de uma festa cívica, estamos passando por momento de imenso perigo para a normalidade democrática, risco às instituições da República e insinuações de desacato ao resultado das eleições.

Ataques infundados e desacompanhados de provas questionam a lisura do processo eleitoral e o estado democrático de direito tão duramente conquistado pela sociedade brasileira. São intoleráveis as ameaças aos demais poderes e setores da sociedade civil e a incitação à violência e à ruptura da ordem constitucional.

Assistimos recentemente a desvarios autoritários que puseram em risco a secular democracia norte-americana. Lá as tentativas de desestabilizar a democracia e a confiança do povo na lisura das eleições não tiveram êxito, aqui também não terão.
Nossa consciência cívica é muito maior do que imaginam os adversários da democracia. Sabemos deixar ao lado divergências menores em prol de algo muito maior, a defesa da ordem democrática.

Imbuídos do espírito cívico que lastreou a Carta aos Brasileiros de 1977 e reunidos no mesmo território livre do Largo de São Francisco, independentemente da preferência eleitoral ou partidária de cada um, clamamos as brasileiras e brasileiros a ficarem alertas na defesa da democracia e do respeito ao resultado das eleições.

No Brasil atual não há mais espaço para retrocessos autoritários. Ditadura e tortura pertencem ao passado. A solução dos imensos desafios da sociedade brasileira passa necessariamente pelo respeito ao resultado das eleições.

Em vigília cívica contra as tentativas de rupturas, bradamos de forma uníssona:
Estado Democrático de Direito Sempre!!!

Fórum das Centrais Sindicais cobra reunião urgente com Governador Ranolfo pelo reajuste do Salário Mínimo do RS

A CTB RS e o Fórum das Centrais Sindicais encaminharam um ofício ao Secretário-Chefe da Casa Civil do Governo do Estado, Artur Lemos Junior, solicitando uma reunião de emergência com o governador Ranolfo Vieira Junior para que seja enviado com urgência o Projeto de Lei para o reajuste do Salário Mínimo do RS.

Segundo o documento entregue, “o viés ideológico com que parcela do setor empresarial intransigente trata esse tema não é nenhuma surpresa. Trata-se apenas do velho discurso de que o estado não deve intervir nas relações entre capital e trabalho. Esquecem eles que, neste caso, se não houver um arbitramento do estado, milhares de trabalhadores e trabalhadoras permanecerão com seus salários congelados, diante de uma inflação galopante que corrói cotidianamente o poder de compra destes assalariados.”

Segundo o presidente da CTB RS, Guiomar Vidor, que assina o pedido em nome do Fórum das Centrais Sindicais, é preciso resolver logo o reajuste porque as pessoas estão passando fome; estão sem reajuste desde fevereiro deste ano, aguardando uma posição do governo. “Não é nenhuma novidade que a inflação galopante vem corroendo a renda das famílias trabalhadoras, por isso a uma urgência na resolução desse assunto”, completou.

O Salário Mínimo Regional atinge justamente as categorias de trabalhadores mais frágeis, como as domésticas, moto-boys, entre outros. São de de 1,5 milhão de trabalhadoras e trabalhadores que dependem deste reajuste.

As centrais sindicais reivindicam 15,58% de reajuste. Trata-se da inflação acumulada do mês de fevereiro mais os 4,5% que não foram repassados no reajuste anterior.

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