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CTB RS lança campanha em defesa do Piso Regional

A CTB RS lançou na sua última reunião de direção, no dia 12 de abril, a campanha pela valorização do Salário Mínimo do RS, o “piso regional”. Com o conceito de que o Salário Mínimo do RS valorizado é bom para todos, faz bem para a sociedade gaúcha, a campanha terá série de cards, vídeos, spot de rádio e peças gráficas.

Segundo o presidente da CTB RS, Guiomar Vidor, a campanha vai mostrar o quanto o piso regional é fundamental para combater as desigualdades, melhorar a renda do trabalho e o ampliar o consumo. “Isto (a valorização do piso regional) faz a roda da economia girar. É bom para todos, e ajuda na superação da crise gerada pela pandemia!”, afirmou.

ATINGE 1,5 MILHÃO DE TRABALHADORES E TRABALHADORAS

O piso regional atende mais de 1,5 milhão de trabalhadoras e trabalhadores gaúchos dos segmentos mais vulneráveis presentes em setores e regiões em que a organização sindical tem menor alcance. São as domésticas, os assalariados rurais, motoboys, trabalhadores da saúde, indústria, do comércio e dos serviços que dependem do piso do RS para ter a melhora na sua renda e de suas famílias.

MAS O PISO REGIONAL NÃO PREJUDICA A COMPETITIVIDADE?

Os empresários, que têm se posicionado sistematicamente contra a existência do piso regional, dizem que ele prejudica a competitividade do estado e gera desemprego. Para o secretário de Comunicação da CTB RS, Alex Saratt, trata-se de uma falácia. “Santa Catarina e Paraná, estados da Região Sul com características socioeconômicas semelhantes as do Rio Grande do Sul reajustaram os seus salários mínimos estaduais entre 2020 e 2022, cumulativamente, em 22,3% e 23,7% respectivamente. Lá não houve desemprego e os índices de crescimento econômico estaduais são inequívocos. Aqui no RS, no entanto, o piso regional teve um reajuste de apenas 5,53%.”, alfinetou.

Vidor denuncia que a visão de setores empresariais de combater ou até acabar com o piso regional está totalmente equivocada. “Rebaixar a massa salarial no Estado em detrimento do sofrimento das famílias por conta dos efeitos da pandemia e diante do assustador aumento de preços dos alimentos da cesta básica, do gás e da energia elétrica é desumano”, completou. Somente nos últimos dois anos estes ítens cumulam altas de 34,9%, 46,2% e 49,2% respectivamente, segundo pesquisa do DIEESE.

POR UMA POLÍTICA PERMANENTE DE VALORIZAÇÃO DO SALÁRIO

A CTB e o Fórum das Centrais Sindicais defende a criação de uma política permanente de valorização do piso regional. Segundo a proposta, haveria a reposição automática das perdas com a inflação e índices acima desse patamar, que poderiam ser concedidos conforme o desempenho da economia gaúcha. A negociação seria em fórum tripartite: governo, trabalhadores e empresários.

15,5% JÁ

Para Vidor, diante da escalada dos preços nos mercados, luz elétrica, combustíveis e gêneros de primeira necessidade, é urgente repassar a inflação do último ano, 10,60%, mais os 4,5% de reajuste não concedido em 2020, totalizando um índice de 15,58%.

“É hora de valorizar o salário mínimo do Rio Grande, ele atende quem mais precisa, gera distribuição de renda e ajuda no desenvolvimento. É bom para todos”, concluiu.

Para Vidor os trabalhadores e suas famílias não podem pagar a conta do desgoverno de Bolsonaro que, além de promover a maior destruição de direitos e desmonte da nação brasileira, provocou um descontrole na economia que vem aumentando seriamente a inflação. “O impacto desse desgoverno é sentido principalmente pelos mais pobres”.

NEGOCIAÇÃO NÃO AVANÇA

A negociação em torno do reajuste para o piso regional não tem avançado porque os empresários têm se mantido intransigentes nos espaços de debate sobre o tema promovidos pela presidência da Assembleia Legislativa.

Tanto que na última reunião ocorrida no dia 13 de abril, o presidente da CTB solicitou ao novo secretario do Trabalho, Emprego e Renda do governo, Hamilton Sossmeier, uma audiência com o governador Ranolfo para apresentar a ele o problema e cobrar uma iniciativa do executivo.

CTB RS

AÇÃO COLETIVA INSS: VEJA SE O SEU NOME JÁ ESTÁ NA LISTA PARA RECEBIMENTO

O ressarcimento é de valores descontados indevidamente  pelo governo federal
O Sindicato venceu ação coletiva contra a União (Governo Federal) para ressarcimento de valores referentes ao INSS do aviso prévio indenizado, descontado indevidamente dos que foram demitidos no período de 2015 à 2019.
Essa vitória do Sindicato está beneficiando cerca de 3.500 trabalhadores que estão recebendo na medida que os valores são liberados pela justiça. Como funciona? O Departamento Jurídico do Sindicato  avisa o beneficiado para que tenha acesso ao ressarcimento através de uma RPV (requerimento de pequeno valor); com ela em mãos, o trabalhador vai até uma agência da Caixa ou do Banco do Brasil para sacar seu dinheiro.
Abaixo está a lista atualizada em 20 de abril de 2021,  com os nomes dos que já possuem RPV liberada. Caso seu nome não esteja na lista, aguarde porque as RPVs são liberadas aos poucos pela justiça.
A ação coletiva foi uma parceria com o escritório Suárez Golgo.
TRABALHADORES E TRABALHADORAS QUE JÁ TÊM SUAS RPVs EM LIBERAÇÃO NO SINDICATO: 
Atenção: caso seu nome ainda não apareça na lista abaixo, aguarde, você será chamado assim que a justiça liberar novos lotes de RPVs.

Carlos Alberto Bravo

Carlos Gilberto da Rocha

Cassio Cristiano de Borba

Cassio Reis Terres

Cesar Giovani da Rosa

Lidiani Pereira Lopes Furlan

Litieri Jacobus

Mara Adriana Pacheco

Marcelo José de Valle

Marco Antonio Vigo de Oliveira

Mari Denise Santos da Silva

Maria de Fatima da Silva

Maria Gislaine de Brito

Maria Jane da Silva Brandão

Marcio Leão de Almeida

Maria Terezinha Campos de Souza

Maria Vanderleia Tesch de Oliveira

Marli de Fatima da Rosa

Marlin Aretusa Rodrigues Pinto

Weslen Soares Ferreira

Wiliam Machado

Willyan Jacobsen da Rosa

Wilver Michael Coelho Spindler

Zely Berlt Moraes

Vinicius Patrick Previdi

Itamar Minoru Horiike

Janaina Pulsz

Luciano Grumicker Reinke

Marines Dalbosco da Silva

Marcos Paulo Freitas Pacheco

Marcus Cicero Rodrigues Oliveira

Michele da Silva Araujo

Paulo Sergio Ribeiro Lemos

Rejani Maria Basei Cardoso

Reagan Manduakila Makanda

Regina Dorizete Silva

Rejane Aparecida Castilhos Jardim

Roberto Ruas da Silva

Tainara Chaves Netto

Tais Monique Rodrigues dos Santos

Vanessa Jaciara Pacheco

Jocemir Silveira Pinto
José Rosalbo Barros Lima
Joseane Pereira da Silva
Maria Soler Ribera
Jonatas Schutt de Almeida
Maria Caroline Monteiro Severo
Vinicius Zanatta de Oliveira
Jenefer Graziela Brito
Janete Oliveira de Andrade
Jonathan Ferreira
Jonathan Teixeira Borges
Ester Dineia Correa dos Santos
Daniel de Souza Pinto
Francieli Cardoso Port
Filipe Pereira dos Santos
Faiona Coelho Santos
Dorceni Pereira Deon
Douglas de Freitas da Silva
Ana Paula Nogueira
Andreia Teixeira Inacio
Aline da Silva
Gislaine Aparecida Domingues dos Santos
Altemir Arend
Anai Alves
Barbara Carolina Lemes Rodrigues Costa
Angelica Aparecida Diogo Cardoso
Everson da Silva
Daiana Ramos de Oliveira
Barbara Michele Cavallin Weber
Clemair Daniel.
Rosilene de Siqueira
Sandra Maria de Camargo
Maria Luciane Correa
Maria Margarete do Amaral
Mayara Tays do Couto Medeiros
Ana Rochele Dias Cougo
Dario Mieres Rizzuto
Ana Maria Moreira dos Santos
Diogo Cristiano de Oliveira
André Luiz Cavalli
Andrea Estefania Nunes da Silva
Angelo Raupp de Vargas Suppi
Meri Elisa dos Santos
Daniel dos Santos Seabra
Angelita Marina Ferreira de Lima
Agata de Souza de Lima
Carlos Lenini Lima de Carvalho
Jesica Maria Pilonetto Thibes
Janete Berenice da Silva de Paula
Nei Garcia da Rocha
Larissa Mendes Rios
Catia Regina Rehbein Maciel Dias
Leonardo Schneider Stahnke
Liane Lunkes Mielke
Rafael Gomes dos Santos
Rafael Xavier
Rafael Zardim da Silva
Nicoli Kilpp de Alvaristo
Otavio Rafael Terra
Paulo Gottschalk
Pamela Castro Paim
Natalia Bertoldi Correa
Glovania Baldissera Patricio
Edilson Silva dos Santos
Kellin Schenkel
Diogo Lovatto
Edson Debortoli
Eleomar Tomaz Velho
Eliana Zanin Vogt
Sandra Teresinha Baschera
Estefane Palhano Oliveira
Everton Antonio da Cruz Gonçalves
Juliano de Almeida
Rene Oliveira da Silva
Maria da Graça Andrade
San Schuster Fagundes
Reinan Santana Reis
Maria Gessica da Silva
Juliana Bianchi
Luiz Henrique da Silva
Karine da Rosa de Lima
Tiago Lopes Pereira
Tatiana Boff
Lucas Willian Ferreira de Oliveira
Marcia Souza de Souza
Maria Angelica Correa
Luiz Fernando Lima Cerqueira
Suelen Caroline Knack
Vera Teresinha Leucina de Lima
Eliana Bernardo de Souza
Elisangela Cardoso
Rafael Riegel Figueira
Cloniva Reco Koehler
Darci dos Santos Reis
Larissa Raniele de melo Batista
Nelson Abu Ibrahim
Luziene Costa
Delton Luis Scherer
Silvia Teresinha da Silva
Herondina Vieira Nunes
Silvia Andreia dos Santos
Marcelo Santos
Vera Lucia Dalcortino
Ines da Silva Dias
Eradi Regina Martins Juhem
Rosemeri Tasso Lopes
Alexsandro Ronei dos Santos Lopes
Inacio Bento da Silveira Reis
Clarisse Chaves da Silva
Bruna Duarte
Maiara Zimmer
Alex Mendes dos Santos
Jussara da Silva Cardoso
Eduardo Brando dos Santos
Jonata Gonçalves da Costa
José Moacir de Castro Filho
Juçara Teresinha da Silva Figueiredo
Adão Gilmar do Amaral
Angela Inez Pielechowski
Adriano de Souza Santos
Diego Pratique Foss Soares
Ademil Correia
Bruno Soares Rodrigues
Rafaella Lopes de Castro Monteiro
Jeruza Aparecida Ribeiro Hoffmaister
Daniel Martins Morais
Bruna dos Santos
Ana Paula Vicari Rojas Lima
Wiliam Severo Soares de Canto
Luciano da Silva Pacheco
Luis Rogerio de Souza Ilario
Luiz Felipe Saldanha Vianna Schaun
Alcindor Junior Seixas Aires
Ana Maria da Silva Pacheco
Bruno de Oliveira
Bruna Camargo
Daiana da Rosa Soles de Oliveira
Elson Angelo Telch
Michele da Silva Trich
Lorena Chimanski
Marcio Antonio Vieira de Oliveira
Tiago Faria Rosa
Ana Paula Machado de Oliveira
Antonio Carlos Martins da Costa
Josiane Souza de Oliveira
Tairine Alves Cabreira
Kleber Enedir Santos de Mello
João de Moraes Silva
João Manoel Ferreira da Rosa
Suzete Beatriz Lopes dos Santos
Kelviw Pereira
Camila Pimel Velho
Camila Franciele Pires Rosa
Alana Souza Moschen
Alberio da Silva Ferreira
Alex Tuffour
André Fleck Baethgen
Andriele Nicole Brito da Silva
Andressa Regina da Silva Soares
Andreia Baumbach Pinto
André Silva Silveira
Tatiane de Moraes de Oliveira
Ully Agatha Silva Pires
Vanise Moreira das Chagas
Soraia Ines Andreola
Dorvalino Rossa
Anderson Lima Cezimbra
Alex Mendes dos Santos
Edu Machado
Claudio Moreira
Andiara da Silva Schmitt
Alexandre Pires Merlin
Igor Magni Tressoldi
Geraldo Dufloth
Dario Meires Rizzuto
Marcele de Souza Raaber
Cleunice Teje
Bernardete Francisca Ribeiro
Cristian da Rosa
Giovana Moreira de Sales
Gabriel Vinicius Barbosa de Oliveira
Maira Marciele da Silva Santos
Maria Irene Alvaristo da Rosa
André Luis Bomi de Jesus
Marileia de Souza Macedo
Zaira Matias Neves
Wceia Cavalvante Barros
Jessica Larissa de Oliveira Santos
Luiza Libardi
Magriane da Silva Hoffmann
Claci Aparecida de Ramos
Bruno do Prá Erthal
Gabriela Benedett da Silva
Silvana Cavalli Veeck
Gessica Elias Marques
Amirton Teles Ribeiro Filho
Fernando dos Santos Barbosa
Ana Lucia Bergamo
Andre Maffei Duarte
Andreia de Oliveira Fogaça
Domingos da Silva
Edilson Silva dos Santos
Alberio da Silva Ferreira
Alana Souza Moschen
André Fleck Baethgen
Andriele Nicole Brito da Silva
Andresa Regina da Silva Soares
Andreia Baumbach Pinto
André da Silva Silveira
Alex Tuffour

NOVA LISTA ATUALIZADA EM 18/8/2021

LISTA NOVA RPVS

Renata Taine Pereira

Ricardo José da Silva Lima

Rita Isabel Fandhrs de Souza

Rodrigo Barbosa Lima

Mara Adriana Pacheco

Litieri Jacobus

Lidiani Pereira Lopes Furlan

Marcelo José de Valle

Ana Maria Moreira dos Santos

Jonas Spiering

Jessica Leticia Schneider

Lucinara Raaber

Zeli Teresinha Barbosa

Hiran Claudio Soares

Iara Maria Berti

Lorizate de Almeida

Luan Barreto de Andrade

Luis Claudio dos Santos Pacheco

Elvis Cristiano Elias de Moura

Luis Henrique Dutra Santos

Dirceu Irai de Oliveira Machado Junior

Cenelandia Pruchs Macedo

Deivid Marques Ferreira Duarte

Cheikh Malick Bousso

Paulo Laercio Santos da Silva

Karine Brito Soares

José Natalio Motta

Gilvam Engeroff de Oliveira

Geise Lenise de Macedo da Silva

Francis Michael Tunes

Felipe Mras

Douglas Cristiman Barros do Nascimento

Yannick Zonzika N Landu

Silvio Cesar Duarte

Silvio Braga Hoffmann

Tiago Lopes dos Santos

Thiago Silva Castro

Teresinha Dinora Godoy da Silva

Gabriel Mazurana

Francis Heleno Pereira de Almeida

Fernanda Carolina Becker Rezende

Fabison Sousa Nery

Fabio Luis Madoenho

Rejane Sparrenberger

Renata Wulff dos Reis

Robson Pietrowski

Rodrigo Silveira dos Santos

NOVA LISTA, ADICIONADA EM 06/12/2021

Josemari Postal Cardoso Keila Leite dos Santos Juliano Narciso

Juliana de Souza

Julio Cesar Galon da Silva
Dieimes Moraes dos Santos Miriam Franciele Rodrigues Pereira Naiara Tamires Kaspper
Raquel Cassia da Silva Abadie Dineia Seibert
David Camargo dos Reis
Carlos Alberto Bravo
Carlos Gilberto da Rocha
Cassio Cristiano de Borba
Cassio dos Reis Terres
Cesar Giovani da Rosa
Lidiani Pereira Lopes Furlan
Litieri Jacobus
Mara Adriana Pacheco
Marcelo José de Valle
Marco Antonio Vigo de Oliveira Mari Denise Santos da Silva
Maria de Fatima da Silva
Maria Gislaine de Brito
Maria Jane da Silva Brandão Marcio Leão de Almeida
Maria Terezinha Campos de Souza Maria Vanderleia Tesch de Oliveira Marli de Fatima da Rosa
Marlin Aretusa Rodrigues Pinto William Machado

Willyan Jacobsen da Rosa
Wilver Michael Coleho Spindler Zely Bert Moraes
Vinicius Patrick Previdi
Itamar Minoru Horiike
Janaina Pulsz
Luciano Grumicker Reinke
Marines Dalbosco da Silva
Marcos Paulo Freitas Pacheco Marcus Cicero Rodrigues Oliveira Michele da Silva Araujo
Paulo Sergio Ribeiro Lemos
Rejani Maria Basei Cardoso
Reagan Mandualika Makanda Regina Dorizete Silva
Rejane Aparecida Castilhos Jardim Roberto Ruas da Silva
Tais Monique Rodrigues dos Santos Vanessa Jaciara Pacheco

Lista Março /2022

Adline Florisbela da Rosa Vasques

Ana Caroline Finger Cartana

Alini Farencena Fernandes

Tainara Chaves Netto

Vitor Emanuel Cezar Lemos

Vanessa Jaciara Pacheco

Tais Monique Rodrigues dos Santos

Marcos Vinicius Ferreira da Cruz

Graziela Sganderla

Maria de Fatima de Moura

Mara Joreni de Moraes da Silva

Giovanna Piacentini Cesa

Graziela Leidens dos Santos

João Paulo Rodrigues

SE MEU NOME ESTÁ NA LISTA, O QUE DEVO FAZER?
Entrar em contato com o Sindicato.
SE MEU NOME AINDA NÃO ESTÁ NA LISTA, MAS EU FUI DEMITIDO DE EMPRESA ENTRE OS ANOS DE 2015 E 2019?
Aguarde, você será chamado assim que a justiça liberar novos lotes de RPVs.

Centrais farão 1º de maio unificado

Pelo quarto ano consecutivo, as centrais sindicais farão ato unificado neste 1º de Maio. Em São Paulo, o evento será na Praça Charles Miller, em frente ao Estádio do Pacaembu, a partir das 10 horas. Com o lema Emprego, Direitos, Democracia e Vida, será o primeiro ato público presencial promovido pela data, após dois anos no formato virtual, em razão da pandemia. Participam da organização do evento CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST, CSB, Intersindical Central, CSP Conlutas, Intersindical IL e Pública.

Daniela Mercury, Dexter e Lecy Brandão estão entre os artistas confirmados para celebrar o Dia do Trabalhador. O evento contará com a presença de representantes de diversos movimentos sociais e políticos alinhados com as pautas dos trabalhadores.

Nesse sentido, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também é esperado. “Também vamos convidar personalidades e dirigentes políticos que defendem pautas progressistas”, adiantou o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, à Agência Sindical.

Além de consolidar a unidade das centrais, o ato será um importante momento de fortalecer a luta pela valorização dos direitos, de acordo com os dirigentes. Além disso, esperar unir as vozes das representações da classe trabalhadora, que está sofrendo com a volta de inflação, em especial dos alimentos e dos combustíveis.

Em Brasília

Os dirigentes estão em Brasília para apresentar as Agendas das Centrais Sindicais para o Legislativo e o Judiciário mesta terça-feira (12). Depois de uma cerimônia durante a manhã, encontram os presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), e do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Emmanoel Pereira. Uma audiência com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), também deve ocorrer, mas o horário ainda não havia sido definido até o fechamento desta matéria.

Ontem, as centrais fizeram a primeira exposição da pauta dos trabalhadores na Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado. “As agendas que estamos entregando ao Congresso Nacional e ao Judiciário são fruto da unidade do movimento sindical, e devem servir como bandeira, guia e instrumento de luta de toda a classe trabalhadora para o próximo período”, afirmou o presidente da CUT, Sérgio Nobre.

Para ele, as eleições deste ano vão definir como será o país nas próximas décadas. “E não é este país do desemprego, da fome, da miséria, da mentira, do negacionismo, do ódio, das milícias, das privatizações, ou seja, desse governo que está aí, que queremos”, prosseguiu.

O senador Paulo Paim (PT-RS) classificou a apresentação do documento como um momento “histórico”. Segundo o parlamentar, trata-se de “uma importante ferramenta para que o movimento sindical e nós mesmos, aqui dentro do Parlamento, possamos nos organizar para combater as ameaças contidas em outros projetos”.

As agendas

A Agenda Legislativa é composta por medidas e projetos, que visam ao fortalecimento do emprego e da renda para a classe trabalhadora. Também há posicionamentos contrários a projetos que tramitam no Congresso e que precarizam as relações de trabalho. Por exemplo, a chamada carteira verde e amarela.

As centrais também marcam posição em relação a temas como o racismo estrutural, o avanço do desmatamento, a liberação de agrotóxicos, a violência e ocupação de terras indígenas, a exploração do trabalho infantil, a igualdade salarial entre homens e mulheres, o combate à violência de gênero e a LGBTfobia, dentre outros.

Da mesma forma, a Agenda Jurídica organiza os temas relevantes em matérias de direito social do trabalho que estão em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF). Entre as ações de interesse dos trabalhadores estão, por exemplo, a correção dos depósitos nas contas vinculadas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) pela Taxa Referencial (TR), e a derrubada dos chamados honorários de sucumbência. Isso porque, após a “reforma” trabalhista, quando o trabalhador perde uma causa, é obrigado a arcar com as custas do processo.

Lula recebe pauta unificada

Na quinta-feira (14), é a vez das centrais se reunirem com Lula em São Paulo. No encontro, os sindicalistas vão apresentar a Pauta Unificada da Classe Trabalhadora para as eleições de 2022. O documento, que foi aprovado na Conferência da Classe Trabalhadora (Conclat), na semana passada, contém medidas emergenciais e estruturais para garantir empregos, recuperar direitos trabalhistas e previdenciários, fortalecer a representação sindical, além de promover a democracia e a defesa da vida.

A intenção das centrais é apresentar a pauta unificada também aos demais pré-candidatos à presidência. O encontro com Lula ocorrerá a partir das 10h, com transmissão ao vivo pelas redes sociais de canais progressistas.

FONTE: RBA

RETROCESSO: Governo Bolsonaro não protegeu nem a economia, nem a vida e desmonta políticas públicas

O desmonte de políticas públicas, nos mais de três anos do governo Bolsonaro, é sentido pelos brasileiros todos os dias. De acordo com o levantamento do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), divulgado na última segunda-feira (11), vários setores foram atingidos pela falta de recursos durante o atual governo, como a educação, moradia e saúde.

No falso dilema entre proteger a vida ou a economia, Jair Bolsonaro falhou nas duas. O Brasil ficou apenas em 21º lugar na lista de crescimento econômico em 2021, além de ter a segunda maior taxa de mortes pela covid-19 no mundo. O levantamento do Inesc mostra que, em 2021, o pior ano da pandemia, os recursos para enfrentar o vírus caíram 79%. Para piorar, a saúde perdeu R$ 10 bilhões, entre 2019 e 2021.

“A gente olha para oito áreas de garantias de direitos humanos em políticas públicas, em todas houveram um desmonte nas instituições e nessas políticas. É muito preocupante a saúde continuar perdendo recursos no meio de uma crise, ainda mais com uma demanda represada”, afirma a assessora política do Inesc.

A execução financeira da promoção da igualdade racial, medida alocada no Ministério da Mulher, Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), comandado por Damares Alves até o fim de março, diminuiu mais de 8 vezes entre 2019 e 2021, segundo a pesquisa. Além disso, os recursos gastos com ações voltadas para as mulheres na pasta caíram 46% nesse mesmo período.

Educação e moradia abandonados

No setor da moradia, apenas 25% da verba foi usada no ano passado e Bolsonaro não gastou nenhum centavo em habitações populares entre 2020 e 2021. Já nas políticas ambientais também houve dificuldade para executar o orçamento disponível nos últimos três anos. O instituto aponta que isso é resultado da falta de pessoal e da nomeação de pessoas sem experiência e capacidade para cargos de confiança com responsabilidade de conduzir a política de fiscalização territorial.

De acordo com Evaniza Rodrigues, coordenadora da União dos Movimentos de Moradia (UNMP) o desmonte de Bolsonaro nas políticas públicas é intencional. “Houve uma decisão desse governo de não ter programas habitacionais para famílias de baixa renda, porque para esses programas é necessário você colocar recursos do orçamento da União. A única coisa mantida foi o financiamento com o FGTS, que é um dinheiro dos trabalhadores. Há grande vazio na política de habitação para as famílias mais baixa renda no país desde 2019″, disse ela.

Nem a educação foi poupada dos cortes e os investimentos caíram R$ 8 bilhões, entre 2019 e 2021. “Algumas áreas que seriam importantes para a volta às aulas, depois da pandemia, também tiveram cortes. Dinheiro para estrutura das escolas, investimentos em pesquisas e até para universidades. A gente acredita que são áreas importantes para manter ou aumentar os seus orçamentos com a retomada das aulas”, acrescentou Livi.

O Inesc considera que estamos uma “década perdida” e, para que não haja ainda mais retrocessos, o instituto sugere o fim do teto de gasto, entre outras medidas. “Seria muito importante para o Brasil que revisasse suas regras fiscais, entender o papel do Estado como indutor econômico e aumentar a participação social no orçamento”, acrescentou a assessora política da entidade.

Corrupção de sobra

Enquanto as áreas sociais enfrentam com a falta de investimento do governo Bolsonaro, empresas têm lucrado cada vez mais com a gestão federal. Na última segunda, a Folha de S.Paulo revelou que a empreiteira Engefort tem conquistado a maioria das concorrências de pavimentação do governo atual em diferentes licitações nas quais participou sozinha ou na companhia de uma empresa de fachada registrada em nome do irmão de seus sócios.

A construtora, com sede em Imperatriz, sul do Maranhão, explodiu em verbas na atual gestão e sob Bolsonaro foge de sua tradição ao obter também contratos para asfaltamento longe de sua base. Até agora, o governo reservou cerca de R$ 620 milhões do Orçamento para pagamentos à empresa —o valor total já quitado a ela soma R$ 84,6 milhões.

Além disso, o presidente Jair Bolsonaro já gastou R$ 1,7 milhão para criar um gabinete de despacho, localizado no Palácio da Fazenda, no centro do Rio de Janeiro. Porém, não foi usado pelo presidente até hoje, com quase quatro anos de governo. O local já consumiu o valor milionário só em salários dos servidores à espera de despachos presidenciais, que nunca ocorreram. Ao todo quatro funcionários trabalham no escritório criado para Bolsonaro.

FONTE: RBA

Classe trabalhadora aprova agenda para derrotar Bolsonaro e reconstruir o Estado brasileiro

Aconteceu nesta quinta-feira (7) a Conferência da Classe Trabalhadora (Conclat), que reuniu as centrais sindicais CTB, CUT, Força Sindical, UGT, CSB, Nova Central, Conlutas, Intersindical e Pública. Os trabalhadores e trabalhadoras aprovaram a Pauta da Classe Trabalhadora, documento em defesa de emprego, direitos, democracia e vida que agora será apresentado aos presidenciáveis de 2022, e aos representantes no Congresso Nacional, Senado e Supremo Tribunal Federal.A Pauta da Classe Trabalhadora foi aprovada na Conclat 2022.


Para o presidente da CTB, Adilson Araújo, a Conclat foi um momento de reflexão, cujo objetivo é promover a consciência da classe trabalhadora, a fim de caminhar para a construção de um novo governo, mais democrático e popular. “A vida não está boa nem pra você, nem pra ninguém, o desemprego é avassalador, ronda os lares das famílias brasileiras, o preço do botijão de gás, da gasolina, a carestia dos alimentos há de provocar uma indignação, um clamor por mudanças urgentes. A Conclat serviu também para promover a consciência da nossa classe trabalhadora tão sofrida, objetivando evidentemente caminhos que possam justificar o alcance de um governo democrático e popular para que o povo tenha o direito de ser feliz”.

Desde o golpe de 2016, que derrubou a presidenta eleita Dilma Rousseff, a condição de vida dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiras piorou, e muito. O desemprego atinge o maior índice das últimas décadas, com quase 20 milhões de desempregados, a inflação é a maior em 28 anos, o preço dos alimentos, do combustível e do gás de cozinha penalizam não só os mais pobres, mas a classe trabalhadora como um todo. O documento aprovado nesta Conclat traz uma série de propostas que buscam reverter esse quadro desastroso e apontam para um futuro com estabilidade financeira e social, direitos garantidos e soberania popular.

Segundo o secretário geral da CTB, Ronaldo Leite, “a Conclat 2022 buscou apresentar uma nova agenda da classe trabalhadora de reconstrução do Estado, de combate ao desemprego, combate à política que o governo Bolsonaro vem desenvolvendo de desmonte do Estado. Daqui em diante nós teremos não só os encontros estaduais dos trabalhadores, como também vamos travar uma batalha ao longo deste ano de 2022 que será a disputa pela retomada do nosso país”.

O lema da Conclat foi “emprego, direitos, democracia e vida”, e segundo Leite, é o resultado da unidade das centrais sindicais que têm como principal desafio este ano derrotar Bolsonaro e defender os direitos da classe trabalhadora. Agora, com este documento em mãos, os dirigentes sindicais partem rumo à Brasília para defender os direitos da classe trabalhadora frente às autoridades pertinentes. Eles participam, na próxima segunda-feira (11), do lançamento das Agendas Legislativa e Jurídica das Centrais Sindicais, a ser realizado na Câmara Federal e no Senado, com a presença dos presidentes das Casas, Arthur Lira, e Rodrigo Pacheco, respectivamente. O evento será transmitido através das redes oficiais das centrais, entre elas a CTB, bem como pela TV Senado.

FONTE: CTB

Centrais aprovam documento da Conclat: “a hora é de unidade e resistência”

Nesta quarta (30), o Fórum das Centrais se reuniram discutir o documento final da Nova Conclat – Conferência Nacional da Classe Trabalhadora ocorrerá no dia 7 de abril, em São Paulo. A atividade acontecerá em formato híbrido (presencial e virtual), sob todos os protocolos sanitários, em São Paulo capital e será transmitida nas redes da CTB Nacional e na Rede TVT.

“Diferente da última Conclat – na qual nossa luta era pela ampliação e avanço das mudanças e contra uma onda conservadora que começava a tomar forma – a nova Conclat acontece em uma conjuntura muita adversa e de desafios colossais. Não tenho dúvida de que, mais do que nunca, unidade e resistência devem ser o mantra nesta etapa da história do país e, mais uma vez, a classe trabalhadora de organiza para garantir que nosso rumo seja para um horizonte de desenvolvimento com geração de emprego e renda, contra o fascismo e pelo fim dessa cultura de ódio e violência que tem como simbolo hoje o bolsonarismo”, destacou o presidente nacional da CTB, Adilson Araújo.

Na oportunidade, Araújo lembrou que ainda que as duas últimas Conclats foram fundamentais não só para a classe trabalhadora, mas para toda a sociedade. “A realização desses eventos – primeiro em 1981 e depois em 2010 – culminaram, não somente pra acabar com a ditadura e pavimentar o caminho para a nossa Constituição 1988, mas sobretudo no entendimento de que a classe trabalhadora é a força motriz desse país e, como tal, tem as condições subjetivas para mudar sua realidade, garantir avanços e contribuir para que nosso país não se afogue em projetos nefastos como o de hoje”, explicou.

O presidente da CTB reiterou a convocação a toda a base da CTB – que poderá acompanhar virtualmente a Conferência – e destacou que é hora de dizer um basta! Basta de desemprego, basta de violência, basta de fila do osso, basta de Bolsonaro!

Serviço:

Dia 7 de Abril
Conclat – Conferência Nacional da Classe Trabalhadora
Das 10h às 12h

FONTE: PORTAL CTB

SUA SAÚDE: Estudo relaciona os tipos de câncer que mais matam no RS com as condições de trabalho

Os cânceres de pulmão, próstata, fígado, esôfago, laringe, ovário e mama são os que mais causam mortes no Rio Grande do Sul. A constatação é do Atlas do Câncer Relacionado ao Trabalho no Brasil, lançado nesta quarta-feira (16). O estudo elaborado pelo Ministério da Saúde analisou os dados do Sistema de Informações Sobre Mortalidade (SIM) entre 1980 e 2019, e concluiu que estes oito tipos de câncer representam 80% ou mais dos óbitos causados pela doença em homens e mulheres no RS, considerando aqueles observados em ambos os sexos e aqueles específicos de cada um.

Durante o todo o período analisado, mais de 3 milhões de pessoas morreram no Brasil por até 18 tipos de câncer que podem ter sido causados pela exposição a produtos, substâncias ou misturas presentes em ambientes de trabalho. Segundo os pesquisadores, o resultado poderia ser menor caso mais ações tivessem sido feitas para controlar ou eliminar a exposição dos trabalhadores a agentes cancerígenos.

No caso do RS, é bem variada e ampla a lista de atividades, setores e ocupações associadas a exposições classificadas como carcinogênicas ou provavelmente carcinogênicas relacionadas aos tipos de câncer que mais levam a óbito no estado.

A lista inclui: indústrias da construção civil; produção e uso de todas as formas de amianto (incluindo fabricação de isolantes térmicos); formaldeídos e biocidas (exposição ao dieldrin e aldrin), plásticos, borrachas e têxteis; indústria nuclear, siderúrgica e petroquímica; fabricação de fertilizantes, ácidos inorgânicos fortes, pigmentos e baterias; produção de metais pesados, mineração subterrânea e serviços de radiologia (exposição à radiação ionizante, incluindo radônio 222 e filhas do radônio).

São também atividades potencialmente relacionadas com o câncer, o chapeamento de metal; trabalhos em ambientes fechados como bares e restaurantes; ocupações como as de pintores, pedreiros, trabalhadores em serviços externos, trabalhadores da construção civil, bombeiros, soldadores e trabalhadores noturnos (saúde, transporte e serviços).

Mulheres
Entre as mulheres gaúchas, de seis a sete tipos de câncer representaram 80% ou mais de todos os óbitos entre as tipologias da doença que possuem associação com o trabalho, segundo a literatura médica. Nos últimos cinco anos analisados no estudo, destacaram-se, em ordem de proporção: pulmão, mama, sistema nervoso central, estômago, fígado, ovário e esôfago.

As neoplasias de mama, pulmão, fígado, esôfago e ovário foram observadas em todos os quinquênios entre o conjunto de tipologias que corresponderam a pouco mais de 80% do total de óbitos.

Entre os sete tipos de câncer que representaram 80% do total de mortes nos últimos cinco anos da pesquisa, a faixa etária mais vitimada foi a de 60 anos ou mais. Os autores do estudo também destacam as mortes causadas por melanoma, mesotelioma e nasofaringe em pessoas com idades entre 15 a 19 anos, nas quais esses tipos da doença são raras.

Homens
Já entre os homens, também varia entre seis e sete os tipos de câncer que representaram 80% ou mais de todos os óbitos entre as tipologias que possuem associação com o trabalho. Em ordem de proporção, os cânceres de pulmão, próstata, esôfago, estômago, fígado, sistema nervoso central e laringe se destacaram nos últimos cinco anos pesquisados no estudo.

As neoplasias de pulmão, esôfago, próstata, fígado e laringe foram observadas em todos os quinquênios entre o conjunto de tipologias que corresponderam a pouco mais de 80% do total de mortes entre os homens do RS acometidos pela doença.

A proporção de óbitos entre homens acima de 60 anos foi maior em todos os sete tipos de câncer que mais afetam os gaúchos. Assim como no caso das mulheres, o estudo também destaca as mortes causadas por mesotelioma, nasofaringe e melanoma em idade abaixo da relatada na literatura, respectivamente entre 15 e 19 anos, de 20 a 39 anos, e entre 40 e 59 anos.

Recomendações
Os autores do Atlas do Câncer Relacionado ao Trabalho no Brasil explicam que a realização de análises de óbitos por diferentes tipos de câncer contribuem para os processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas públicas de saúde, com o objetivo de reduzir o número de casos de Câncer Relacionado ao Trabalho (CRT) a partir da identificação e análise de tipologias específicas da doença.

Os pesquisadores ainda destacam a importância da inter-relação da Vigilância Sanitária com a Vigilância em Saúde Ambiental como primordial no processo de vigilância do câncer.

“As contaminações ambientais por produtos e substâncias tóxicas aos seres humanos – a exemplo da contaminação por resíduos de pesticidas já ocorridos no país – são tanto fatores de risco para intoxicações sistêmicas e desenvolvimento de câncer na população exposta quanto entre trabalhadores que desenvolvem atividades no local. Outro exemplo é a exposição às emissões de poluentes e compostos carcinogênicos liberados pela queima da cana-de-açúcar em períodos de colheita, fato que afeta trabalhadores e população local”, afirma os autores do Atlas.

Ao considerar a necessidade de integração entre saúde do trabalhador e ambiental, o estudo destaca a urgência da estruturação de sistemas de informação e de monitoramento capazes de gerar dados e informações sobre os efeitos dos contaminantes ambientais na saúde humana, incluindo grupos específicos como os trabalhadores expostos a esses fatores de riscos ocupacionais para o desenvolvimento de câncer.

Assim, os autores definem algumas estratégias prioritárias para implementação e qualificação da vigilância. São eles: vigilância dos agentes cancerígenos, fatores de risco e dos trabalhadores expostos; vigilância dos casos; integração da vigilância com a Rede de Atenção à Saúde (RAS); capacitação profissional, produção e divulgação de informações.

“Além do comprometimento na qualidade de vida das pessoas acometidas por diferentes neoplasias, o reconhecimento de que as formas de produção, dos ambientes e processos de trabalho possuem repercussões sobre a saúde e vida dos trabalhadores e das populações potencialmente afetadas representa elemento fundamental para a elaboração de políticas de saúde pública, meio ambiente e sustentabilidade. Esse também é um elemento importante para pautar as análises de situação em saúde do trabalhador e subsidiar o uso dessas informações para propor medidas de proteção à saúde dos trabalhadores e de toda a população”, ressalta um trecho do Atlas.

Por fim, o estudo pondera que a redução de certos tipos de Câncer Relacionado ao Trabalho (CRT) seria beneficiada com medidas de vigilância direcionadas ao banimento da extração, comercialização e uso dos principais agentes responsáveis por sua ocorrência, com eliminação progressiva nos processos de trabalho.

FONTE: SUL21

Preço da cesta básica continua subindo e já passa de R$ 700. Salário mínimo compra cada vez menos produtos

Trabalhador gasta 56% do salário mínimo para comprar os produtos. Dieese calculou piso acima de R$ 6 mil

Os preços da cesta básica mais uma vez subiram em todas as 17 capitais pesquisadas pelo Dieese. As maiores altas de fevereiro foram registradas no Sul e no Centro-Oeste: Porto Alegre (3,40%), Campo Grande (2,78%), Goiânia (2,59%) e Curitiba (2,57%). Os aumentos no primeiro bimestre e em 12 meses também são generalizados. Com isso, o poder aquisitivo do salário mínimo caiu ainda mais, e o piso calculado pelo instituto superou os R$ 6 mil.

A cesta de maior custo no mês passado foi calculada em São Paulo: R$ 715,65. Depois vêm Florianópolis (R$ 707,56), Rio de Janeiro (R$ 697,37), Porto Alegre (R$ 695,91) e Vitória (R$ 682,54). Nas cidades do Norte e Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, conforme lembra o Dieese, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 516,82), Recife (R$ 549,20) e João Pessoa (R$ 549,33).

Em 12 meses, o aumento varia de 10% (Porto Alegre) a 23% (Campo Grande). Chega perto de 20% também em Natal (19,98%). E sobe 11,91% em São Paulo.

Salário mínimo de R$ 6 mil

Com base na cesta mais cara de fevereiro, o Dieese calculou em R$ 6.012,18 o salário mínimo necessário para as despesas básicas de uma família com quatro integrantes. Esse valor corresponde a 4,96 vezes o mínimo oficial (R$ 1.212). A proporção aumentou ligeiramente em relação a janeiro (4,95 vezes) e está pouco abaixo da verificada em fevereiro de 2021 (4,98). O tempo médio para adquirir os produtos da cesta básica foi calculado em 114 horas e 11 minutos. Aumentou nas duas comparações – quase duas horas a mais em relação a janeiro e quase quatro a mais ante fevereiro do ano passado.

Também aumentou a parcela necessária da renda para comprar os produtos. Quem ganha salário mínimo compromete 56,11% da renda líquida com a cesta básica, ainda mais do que em janeiro (55,20%) e do que há um ano (54,23).

Feijão, café, óleo, carne, manteiga…

Entre os produtos, o preço do feijão aumentou em todas as capitais. O carioquinha chegou a subir 10,14% em Belo Horizonte, enquanto o preto teve elevação de 7,25% no Rio. ” A baixa oferta do grão carioca e a redução da área plantada explicaram as altas de preço, mesmo com a demanda interna fraca. Em relação ao tipo preto, houve aumento da procura nos centros consumidores, o que elevou as cotações”, informa o Dieese.

Já o preço do café subiu em 16 capitais, com destaque para Goiânia (7,77%) e Vitória (5,38%). A exceção foi São Paulo (-3,86%). “A preocupação com a queda do volume produzido na safra atual está causando impactos no preço do café nos mercados futuros, com reflexos também no varejo” diz o instituto.

O óleo de soja subiu em 15 das 17 capitais. O preço da batata também aumentou nas 10 capitais onde o produto é pesquisado. E o da manteiga teve alta em 14 cidades em fevereiro, assim como a carne bovina de primeira.

FONTE: RBA

Retorno do trabalho presencial a gestantes? Veja quando a lei começa a valer

Mais um duro golpe contra a saúde e o bem-estar das mulheres: Bolsonaro sancionou um projeto de lei que prevê o retorno do trabalho presencial a gestantes. A nova lei, altera as regras para o afastamento da empregada gestante, inclusive a doméstica, das atividades laborais durante o período de pandemia da Covid-19. De acordo com o texto, as grávidas que completaram o esquema vacinal contra o vírus, com duas doses ou a dose única, no caso da janssen, terão que retornar ao trabalho.

A medida já tinha sido aprovada de maneira definitiva pelo Congresso Nacional no mês de fevereiro, com a modificação de uma lei que já estava em vigor desde o ano passado, que dava a garantia ao afastamento de gestantes do trabalho presencial sem que houvesse prejuízo do salário.

A nova regra, será publicada no Diário Oficial da União nesta quinta-feira, 10 de março, quando começa a entrar em vigor.

Confira regras do retorno do trabalho presencial a gestantes:

  • No encerramento do estado de emergência;
  • Após vacinação completa com no mínimo duas doses;
  • Para aqueles que se recusaram a se vacinar contra o novo coronavírus, com termo de responsabilidade;
  • No caso de aborto espontâneo com recebimento do salário-maternidade nas duas semanas de afastamento, garantido por CLT;
  • Afastamento só valerá para gestantes que ainda não tenham completado ciclo vacinal.

Nos casos em que a gestante decidir por não se imunizar, deve assinar um termo de responsabilidade e livre consentimento para o exercício do trabalho presencial.

Já para os casos em que a atividade presencial da empregada não possa ser exercida remotamente, serão respeitadas as competências e condições pessoais da trabalhadora, a situação deve ser considerada como gravidez de risco até a gestante completar a imunização e poder retornar ao trabalho presencial.

Neste período, ela deve receber o salário-maternidade a partir do início do afastamento de até 120 dias, após o parto. No caso das empresas que fazem parte do programa Empresa Cidadã, poderá ser estendido a licença por mais 180 dias. Não havendo pagamento retroativo à data de publicação da lei.

COM INFORMAÇÕES DA AGÊNCIA BRASIL

Estudo liderado por brasileira mostra como a pandemia afetou mais as mulheres no mundo

Uma pesquisa publicada no dia 02 de março na revista científica “The Lancet” apontou que, na pandemia, mulheres foram mais afetadas do que os homens em pelo menos quatro aspectos: desemprego, trabalho não remunerado, educação e violência de gênero.

“Mostramos evidências de disparidades de gênero nos aspectos de saúde, sociais e econômicos, com as mulheres sendo afetadas desproporcionalmente em várias dimensões”, dizem os autores do estudo, que é liderado por uma brasileira, Luísa Flor, pesquisadora de pós-doutorado na Universidade de Washington, nos Estados Unidos.

“Este estudo fornece a primeira evidência global abrangente sobre disparidades de gênero para uma ampla gama de indicadores de saúde, sociais e econômicos durante a pandemia. As evidências sugerem que a Covid-19 tendeu a exacerbar as disparidades sociais e econômicas existentes anteriormente, em vez de criar novas desigualdades”, afirmou a autora sênior Emmanuela Gakidou, da mesma universidade.

As cientistas analisaram dados de 193 países no período de março de 2020 a setembro de 2021. Veja, abaixo, as principais conclusões:

1 – Desemprego foi maior entre mulheres

Em setembro de 2021, 26% das mulheres e 20% dos homens relataram perda de emprego durante a pandemia.

“Os impactos econômicos afetaram mais as mulheres do que os homens em alguns países, porque elas tendem a ser empregadas desproporcionalmente em setores mais atingidos pela Covid-19, como a indústria hoteleira ou como trabalhadoras domésticas”, avaliou Luísa Flor.

Em todas as regiões, as mulheres relataram taxas mais altas de perda de emprego do que os homens desde o início da pandemia, embora essa tendência tenha diminuído ao longo do tempo.

A perda de renda também ocorreu globalmente – foi relatada por 58% dos entrevistados, com taxas gerais semelhantes para homens e mulheres (embora as diferenças de gênero variassem entre as regiões).

“Grupos étnicos minoritários, imigrantes e mulheres em situação de pobreza provavelmente estão entre os mais severamente afetados pela pandemia. Além disso, as normas sociais de gênero em muitos países atribuem responsabilidades domésticas e de cuidado aos filhos preferencialmente às mulheres e reduzem seu tempo e capacidade de se envolver em trabalho remunerado”, completou a pesquisadora brasileira.

2 – Mais trabalho não remunerado

Mulheres em todas as regiões foram mais propensas do que os homens a relatar que precisaram abrir mão de um emprego remunerado para cuidar de outras pessoas.

A disparidade aumentou ao longo do tempo. Em março de 2020, a cada 1 homem no mundo que disse ter precisado abrir mão do emprego para cuidar de alguém, esse número para as mulheres era 1,8. Em setembro de 2021, a disparidade aumentou para 2,4.

Essa diferença entre os sexos ocorreu em todo o mundo, mas de forma menos significante no Norte da África e no Oriente Médio.

As maiores diferenças de gênero foram observadas em países de alta renda: as mulheres foram 1,1 vez mais propensas a relatar que tiveram que cuidar de outras pessoas. Na Europa Central, na Europa Oriental na Ásia Central, as mulheres tiveram 1,22 vez mais chance de relatar aumento no trabalho doméstico.

3 – Mais meninas deixaram a escola

Os entrevistados, geralmente pais, relataram que, em todo o mundo, 6% dos alunos abandonaram a escola durante a pandemia. (O dado não incluiu faltas devido ao fechamento de escolas).

Globalmente, entretanto, mulheres e meninas tiveram 1,21 vez mais probabilidade de abandonar a escola do que meninos e homens.

As maiores diferenças de gênero foram observadas na Europa Central, Europa Oriental e Ásia Central – onde quatro vezes mais mulheres do que homens abandonaram a educação.

Pessoas com mais de 12 anos de escolaridade em países de alta renda e na África Subsaariana eram menos propensos a relatar que seus filhos haviam abandonado a escola.

Entre os alunos que tiveram aulas on-line, apenas 50% dos entrevistados relataram ter acesso adequado às tecnologias de aprendizagem virtuais. Por outro lado, mulheres e meninas tinham 1,11 vez mais probabilidade de relatar um bom acesso do que os alunos do sexo masculino. Novamente, os entrevistados com alto nível de escolaridade e urbanos eram mais propensos a relatar que os alunos em sua casa tinham acesso adequado a recursos de aprendizagem on-line.

4 – Percepção de aumento na violência de gênero

No geral, 54% das mulheres e 44% dos homens relataram achar que a violência de gênero aumentou em sua comunidade durante a pandemia. As taxas mais altas foram relatadas por mulheres na América Latina e no Caribe (62%), países de alta renda (60%) e na África Subsaariana (57%).

“Mesmo que existam várias indicações de que a Covid-19 tenha potencialmente exacerbado os níveis de violência de gênero e reduzido o acesso a redes de apoio para aqueles que sofrem violência, vale a pena enfatizar que os desafios para lidar com a violência de gênero e a prestação inadequada de serviços antecedem a crise atual”, ressaltou Luísa Flor.

“A necessidade crítica de melhores evidências e recursos suficientes alocados a esse problema de saúde, social e humanitário sempre foi urgente e agora se tornou ainda mais”, completou a pesquisadora.

Pandemia não pode reverter avanços na igualdade de gênero, alertam cientistas

As pesquisadoras alertaram que a pandemia trouxe ameaças à busca pela igualdade de gênero – e que será necessário agir para reverter o cenário.

“A sociedade está em um momento crucial, em que o investimento no empoderamento de mulheres e meninas é extremamente necessário para garantir que o progresso em direção à igualdade de gênero não seja interrompido ou revertido por causa da pandemia”, disse a pesquisadora Emmanuela Gakidou.

“Não podemos deixar que as consequências sociais e econômicas da pandemia continuem na era pós-Covid. Ações devem ser tomadas agora para não apenas reverter as disparidades atuais, mas para fechar ainda mais as lacunas presentes antes do início da pandemia”, completou.

Em um comentário divulgado junto com o estudo, a cientista Rosemary Morgan, da Escola de Saúde Pública da Universidade Johns Hopkins, que não participou do estudo, escreveu, junto com colegas:

“Quanto mais avançarmos nessa pandemia, mais sentimos que as desigualdades exacerbadas só vão piorar, e que qualquer progresso pré-pandemia em direção à igualdade de gênero será revertido. Esperamos que esses dados reforcem a necessidade de os tomadores de decisão agirem antes que seja tarde demais”, disseram.

Fonte: G1