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Taxa de juros é a maior desde maio de 2017. Entenda o impacto da alta no seu bolso

A notícia de que o Banco Central aumentou a taxa básica de juros (Selic) pela oitava vez em menos de um ano, não costuma chamar muito a atenção do trabalhador, da trabalhadora nem dos desempregados. Mas, devia, e muito. A população tem muito a perder com os aumentos decididos pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do BC. A economia do país também.

O Copom elevou, na quarta-feira(2), a taxa básica de juros de 9,25% para 10,75% ao ano. A Selic está agora no maior patamar desde maio de 2017, quando os juros eram de 11,25% ao ano. Em março de 2021, o índice estava em 2%.

Isso prejudica a população, em especial a mais pobre, que usa créditos porque o salário não paga todas as contas ou não tem como pagar a vista uma casa própria ou até um eletrodoméstico.

Os juros mais altos impactam os orçamentos da população e serão sentidos no bolso quando a pessoa for:

. pagar os juros do cheque especial,
. pagar faturas do crédito rotativo dos cartões de crédito;
. fazer ou pagar financiamentos, especialmente o imobiliário,
. ir ao supermercado e perceber que os preços cobrados pelos alimentos e produtos dispararam; e,
. na hora em que vai procurar emprego.

Famílias com orçamentos comprometidos sofrerão mais

Os orçamentos das famílias já estão comprometidos e a situação vai piorar, afirma a técnica do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômico (Dieese), Adriana Marcolino.

Em dezembro de 2021, o número de famílias endividadas atingiu 76,3%, segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). É o maior valor desde o início da pesquisa, em 2010.

As despesas com juros do cheque especial, do cartão de crédito, do empréstimo consignado são as maiores vilãs do orçamento familiar. Quem já não consegue manter as contas em dia vai sentir ainda mais no bolso o peso das dívidas.

“As famílias já têm queda em seus rendimentos, com salários mais baixos e usam o crédito para tapar buracos no orçamento. Só que quando aumenta a taxa de juros, o crédito ao consumidor dispara, já quando a Selic cai, quem tomou o empréstimo mal sente essa queda nos juros cobrados”, diz a técnica.

A técnica explica que a população vai sentir mais diretamente no bolso a alta de juros dentro de um período de seis meses. O primeiro impacto, diz, é nas contas públicas do governo, que deverá pagar mais pelo dinheiro que toma emprestado, os títulos públicos. E isso também afeta a população porque compromete a recuperação econômica e, consequentemente, a geração de emprego e renda.

Toda vez que os juros sobem e o governo paga mais pelos títulos públicos, a União fica com menos dinheiro para investir em políticas públicas necessárias para manter a economia funcionando, detalha a técnica do Dieese.

“E ainda reforça o discurso de economistas conservadores e de instituições financeiras de que é preciso manter o teto de gastos públicos, que impede que o governo faça investimentos, de que é preciso privatizar estatais e diminuir o tamanho do Estado na economia”, complementa.

“Mas, sem investimento público não se gera emprego, sem emprego, não há distribuição de renda e a economia não cresce”, destaca Adriana.

A técnica do Dieese reforça ainda que embora a equipe do Copom diga que a alta nos juros é necessária para conter a inflação, já que com empréstimos mais caros, a circulação de dinheiro é menor, num momento de crise como este que o país passa, há o perigo de ser um tiro no pé e o Brasil não cresça e pior, pode entrar em estagflação, que significa inflação somada à recessão.

Compra da casa própria adiada

Com a crise econômica, altas taxas de inflação, juros e desemprego, realizar o sonho da casa própria que já estava difícil, vai ficar quase impossível.

Desde janeiro do ano passado cerca de 3 milhões de famílias deixaram de ter acesso ao financiamento imobiliário por conta do maior custo do crédito para compra do imóvel próprio, de acordo por Alberto Ajzental, coordenador do curso de Desenvolvimento de Negócios Imobiliários da FGV (Fundação Getulio Vargas), que fez os cálculos para o G1.

O professor explicou à reportagem que a cada variação de 2,5% da Selic, há o aumento de um ponto percentual no Custo Efetivo Total (CET) envolvido na contratação de um financiamento. E a cada um ponto de aumento do CET, 1 milhão de famílias, aproximadamente, perdem a condição financeira de comprar um imóvel.
As próximas reuniões do Copom estão marcadas para ocorrer será dias 15 e 16 de março, e os economistas não descartam um novo aumento na taxa de juros.

FONTE: PORTAL DA CUT

Centrais sindicais participam de atos por Moïse. CNBB, Pastorais e Clamor apontam ‘barbárie normalizada’

Mais entidades se somam aos atos de solidariedade e por justiça para a família do congolês Moïse Kabagambe, assassinado a pauladas em 24 de janeiro. Em nota, as centrais sindicais afirmam que o episódio “sintetiza em um só ato o racismo enraizado em nossa sociedade, o sentimento de xenofobia que cresce com o avanço da extrema-direita e os efeitos nefastos da política neoliberal que retirou direitos trabalhistas e suprimiu investimentos na área social”. Várias manifestações estão previstas para o próximo sábado (5).

Além de São Paulo e do Rio de Janeiro, local do crime, devem ocorrer atos em Belém, Belo Horizonte e Salvador, entre outras cidades. “Nos solidarizamos com os familiares de Moïse bem como com todos os imigrantes, sobretudo aqueles que buscam segurança e inserção social no Brasil. (…) Basta de racismo, xenofobia e genocídio negro!”, afirmam as centrais (confira aqui a íntegra).

Em outro documento, 122 entidades, incluindo a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), pastorais, Cáritas e as redes Clamor (direitos humanos) e MIR (migrantes e refugiados), falam em “dor dilacerante” vivida pela família do trabalhador assassinado. “A barbárie tem sido normalizada quando envolve pessoas pobres, em situação de vulnerabilidade, da periferia. Grande parte da população migrante e refugiada se insere nesse grupo”, afirmam.

“Garantir os direitos mais básicos de migrantes e refugiados é um desafio constante no Brasil – seja o direito ao trabalho decente, à dignidade, à vida. Nunca será demais reafirmar a importância da defesa dos Direitos Humanos em um país que lamentavelmente segue marcando sua história enraizada na violência”, acrescenta o documento (confira aqui a íntegra).

NOTA DAS CENTRAIS:

O assassinato brutal do congolês Moïse Kabagambe, de 24 anos, no Rio de Janeiro (RJ), no dia 24 de janeiro, sintetiza em um só ato o racismo enraizado em nossa sociedade, o sentimento de xenofobia que cresce com o avanço da extrema-direita e os efeitos nefastos da política neoliberal que retirou direitos trabalhistas e suprimiu investimentos na área social.

O jovem africano que trabalhava sob contratação precarizada, recebendo apenas por diárias foi morto com chutes, socos e ao menos 30 pauladas porque por cobrar pagamentos atrasados no quiosque Tropicália, em que prestava serviço.

Em protesto contra o crime, e pela rápida e transparente apuração e punição aos envolvidos, a comunidade congolesa realizará neste sábado, dia 5, uma manifestação, em frente ao quiosque onde Moïse foi morto, na praia da Barra da Tijuca, a partir das 10h. A família da vítima participará do ato. Em São Paulo, o ato será às 10 horas, no vão livre do Masp. Também haverá protestos em Salvador, Belo Horizonte, Belém, além de outras cidades.

As Centrais Sindicais se somarão neste contundente pedido por justiça. Em cada região, chamamos a somar e fortalecer os atos que estão sendo organizados. Nos solidarizamos com os familiares de Moïse bem como com todos os imigrantes, sobretudo aqueles que buscam segurança e inserção social no Brasil. Vamos à luta por justiça por Moïse Kabagambe. Basta de racismo, xenofobia e genocídio negro!

São Paulo, 03 de fevereiro de 2022

Sérgio Nobre, presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores)
Miguel Torres, presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores)
Adilson Araújo, presidente da CTB (Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Oswaldo Augusto de Barros, presidente da NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores)
Antonio Neto, presidente da CSB (Central de Sindicatos do Brasil)
Atnágoras Lopes, Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas
Edson Carneiro Índio, secretário geral da Intersindical Central da Classe Trabalhadora
José Gozze, presidente da Pública, Central do Servidor
Emanuel Melato, coordenação da Intersindical Instrumento de Luta

Crime contra Moïse também revela relações de exploração do trabalho, aponta jurista

O assassinato do congolês Moïse Mugenyi Kabagambe em um quiosque na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, em 24 de janeiro, está inserido em um contexto que mistura o racismo estrutural, xenofobia, crueldade, milícias e também exploração de trabalho. É o que destaca o advogado criminalista Roberto Tardelli, integrante do grupo Prerrogativas, que reúne advogados, juristas e profissionais do Direito de todo o país, em entrevista a Glauco Faria, do Jornal Brasil Atual.

O jovem foi espancado até a morte por cobrar as diárias por dois dias trabalhados no quiosque Tropicália, onde atuava servindo mesas na praia. De acordo com a família, o estabelecimento devia a ele R$ 200 por serviços prestados. Segundo a mãe, Ivana Lay, em relato ao jornal O Globo, o filho já vinha reclamando que ganhava menos que os colegas. Parte do dinheiro de Moïse a ajudava a pagar o aluguel de uma casa na zona norte do Rio, onde os dois, além de irmãos e primos, moravam.

A farsa da reforma trabalhista

O professor de Direito Silvio Almeida cobrou no Twitter uma investigação por parte do Ministério Público do Trabalho do Rio de Janeiro (MPT-RJ) sobre as condições de trabalho em estabelecimentos da mesma natureza. “A situação de Moïse não é singular e só medidas amplas podem se opor de forma eficiente a essa barbárie”, escreveu. O órgão anunciou a abertura de um inquérito paralelo ao criminal para apurar “possível trabalho sem reconhecimento de direitos trabalhistas, podendo configurar, inclusive, trabalho em condições análogas a de escravo, na modalidade de trabalho forçado, de xenofobia e racismo”, assinalou o MPT-RJ.

Para Tardelli, a investigação é necessária, mas veio tarde. De acordo com ele, muitos trabalhadores, como o jovem congolês, são submetidos a subempregos por uma questão de subsistência. O caso, ainda segundo o jurista, evidencia que não existe a livre negociação entre patrão e empregado preconizada na “reforma” trabalhista, aprovada pelo governo de Michel Temer.

“Estamos atrasados e investigando aquilo que nos é óbvio. Não são relações trabalhistas, mas relações de exploração cruenta, verdadeiramente medievais, da força de trabalho dessas pessoas que não têm poder algum de negociação. O que Moïse poderia fazer? Exigir contrato escrito do dono do quiosque?”, questiona Tardelli. “Se ele fugiu da fome de seu país, tenho certeza que ele não queria passar fome aqui. São milhares de Moïse que devem existir.”

Três homens presos

O advogado também disse estranhar alguns pontos da investigação. Apenas ontem, oito dias após o crime, os agressores foram identificados a partir de um vídeo registrado por uma câmera de segurança do quiosque. Três homens foram detidos e tiveram a prisão decretada pela Justiça do Rio. Eles deverão responder por homicídio duplamente qualificado, impossibilidade de defesa e meio cruel. Até então, apenas dois haviam sido identificados no processo que corre em sigilo.

Um deles é Fábio Silva, vendedor de caipirinhas na praia que, segundo a polícia, confessou ter dado pauladas no congolês. O segundo, Aleson Cristiano Fonseca, se entregou nesta terça admitindo ter cometido as agressões. Ele alegou que “não tinha intenção de matar”. Nesta quarta foi divulgado o nome do terceiro preso, Brendon Alexander Luz da Silva, conhecido como Tota. A polícia afirma que ele aparece nas imagens agredindo o trabalhador.

O proprietário do estabelecimento, que não teve o nome identificado, também negou à polícia que houvesse dívidas com Moïse. Em depoimento, sua defesa também apontou que nenhum dos três homens eram funcionários do quiosque. As agressões contra o jovem, contudo, aconteceram enquanto o quiosque operava normalmente com um atendente no balcão. De acordo com o UOL, o funcionário alegou, em sua defesa, que não acionou a polícia porque estava sem celular. Sem vida, o congolês foi encontrado por policiais ainda amarrado, deitado no chão já sem vida, em uma escada no local.

Barbárie de um país

Há indícios também de que a região do quiosque esteja sob a influência de milícias. Para Tardelli “é sintomático que houvesse câmeras filmando toda a cena, o que não preocupou e nem intimidou os facínoras que o mataram de forma tão brutal como mataram Moïse”. Ele observa que toda essa violência revela “o nível de desagregação institucional que estamos vivendo, muito turbinado por um nível de racismo ‘irrespirável’”.

“É difícil você perceber na praia famílias negras tomando banho de mar. Elas estão trabalhando de forma dura. Quantos de nós na praia já não compramos doces, balinhas, camarão, peixe de crianças de seis, sete, oito, nove anos, de mulheres de 70 carregando muito peso naquela areia que cozinha os pés? Moïse era mais um”, aponta. “Ele não tinha nenhuma capacidade de negociar sua situação (trabalhista) como a maioria não tem capacidade de negociar condição alguma e todos pressionados por uma milícia assassina e aterrorizante. A morte desse rapaz abre um armário muito fétido e que precisamos agora – algo que a sociedade brasileira não está acostumada a fazer – sentir o nosso mau cheiro e resolvê-lo”, adverte o jurista.

FONTE: RBA

A missão da classe trabalhadora: derrotar Bolsonaro e reconstruir o Brasil

Entidades sindicais promoveram, em 27 de janeiro, plenária com participação de mais de 180 lideranças. A atividade foi realizada por videoconferência e transmitida pelas redes sociais, com o objetivo de debater o cenário político, econômico e social brasileiro e propor estratégias para atuar nas eleições 2022.

O evento teve como painelistas o sociólogo Clemente Ganz Lúcio, ex-coordenador do Dieese e atual assessor do Fórum das Centrais Sindicais, e o jornalista Altamiro Borges, presidente do Centro Barão de Itararé, escritor e colunista dos portais Vermelho, DCM, Brasil 247, Blog da Cidadania, Instituto João Goulart, entre outros. O evento foi uma atividade do Fórum Social das Resistências, que ocorreu de modo virtual, em razão do forte avanço da pandemia nesses primeiros dias do ano.

A coordenação geral da plenária ficou a cargo de Vitalina Gonçalves, dirigente da CUT-RS, e de Silvana Conti, vice-presidenta da CTB-RS, que fez a fala de abertura, destacado a importância histórica desse encontro. O manifesto “O lugar da classe trabalhadora na reconstrução do País E os desafios para derrotar Bolsonaro”, elaborado pelo conjunto das entidades integrantes do Fórum das Centrais no Rio Grande do Sul, foi documento=base deste debate.

“A Plenária de Convergência organizada pelas centrais sindicais demostrou a disposição de unidade e luta da classe trabalhadora na construção de um projeto de reconstrução nacional, para garantir o desenvolvimento econômico, a geração de empregos, a distribuição de renda, a democracia e o reestabelecimento dos direitos retirados pelos governos de Temer e Bolsonaro. Neste sentido, a Conclat (Conferência Nacional da Classe Trabalhadora) joga papel fundamental na construção dessa agenda”, afirmou Guiomar Vidor, presidente da CTB-RS.

Altamiro Borges defendeu a elaboração de um programa de reconstrução nacional e desenvolvimento. Avaliou como fundamental os movimentos que o presidente Lula vem fazendo em busca de uma unidade que contemple setores amplos da sociedade. Segundo o jornalista, caberá à classe trabalhadora ser protagonista e levar adiante esse processo histórico. Serão dois grandes desafios: vencer as eleições e conseguir governar.

Para Clemente, é fundamental restabelecer as políticas públicas de geração de emprego e de proteção social. “O sistema produtivo nacional foi completamente destruído por um modelo econômico que prioriza rentismo e o neoliberalismo. É uma situação de calamidade semelhante à de um país destroçado por uma guerra”, afirmou. Em sua opinião, não basta revogar as reformas trabalhista e previdenciária: “É necessário reestruturar o sistema sindical e adequar as entidades às mudanças que ocorreram no mundo do trabalho nas últimas décadas”.

Adilson Araújo, presidente nacional da CTB, afirmou que os sindicalistas precisam ocupar espaços de opinião para além das redes sociais e envolverem-se de maneira muito forte em todo o processo eleitoral deste ano.

De acordo com o dirigente cetebista, o movimento sindical deve apresentar candidaturas, formar comitês de campanha, debater a situação nacional nas igrejas, nas associações de bairro e, principalmente, nos locais de trabalho. Com relação à Conclat, prevista para abril deste ano, Adilson diz que o conjunto das entidades tem de construir a unidade necessária para enfrentar esse enorme desafio que é a reconstrução do Brasil.

FONTE: PORTAL CTB

Casos de covid entre crianças disparam, mas apenas 5% já foram vacinadas no RS

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou nesta segunda-feira (31) que, até esta manhã, 49,4 mil crianças de 5 a 11 anos há haviam recebido a primeira dose infantil da vacina contra a covid-19. De acordo com vacinômetro da SES, a população do Rio Grande do Sul nessa faixa etária é de 964.273, o que significa que apenas 5% dela já recebeu a primeira dose.

Por outro lado, a SES também informou que 23 mil crianças, entre zero e 14 anos, testaram positivo para a covid-19 no mês de janeiro. O número é quase igual ao de crianças nessa mesma faixa etária que testaram positivo para a doença em todo o ano de 2020, 25 mil, e pouco mais de um terço do total de 2021, quando 62,8 mil crianças de 0 a 14 anos tiveram casos registrados.

Entre adolescentes, de 12 a 17 anos, o vacinômetro do governo do Estado informa que 85% receberam a primeira dose e 49,6% já receberam a segunda dose.

A SES aponta que o aumento dos casos entre crianças é resultado do avanço da variante ômicron, que já representa 95% de todos os casos de covid-19 no Rio Grande do Sul. Diante do cenário, o governo do Estado reforçou a mensagem de que é importante que todas as crianças acima de 5 anos sejam vacinadas.

Especialista em saúde da Política de Saúde da Criança da SES, Jeanice Cardoso alerta ainda que o número real de casos entre crianças deve ser muito superior, uma vez que, na maioria das vezes, as crianças apresentam quadros leves ou assintomáticos.

“Apenas de 2% a 3% das crianças complicam, mas em uma grande população esse índice é preocupante, principalmente sendo prevenível por meio da vacina. Não sabemos que sequelas a doença pode deixar nas crianças, que ainda estão com o corpo em formação. Por outro lado, as vacinas já têm segurança e eficácia comprovadas pela comunidade científica”, diz.

Jeanice destaca ainda que, mesmo sendo assintomáticas, as crianças tornam vetores da doença para pessoas mais velhas ou mais vulneráveis a complicações. “Ressaltamos o papel social da imunização, tanto para adultos quanto para crianças. A ação das vacinas é, principalmente, coletiva e menos individual”, afirma.

FONTE: SUL 21

‘Reforma’ trabalhista refletiu capitalismo exacerbado para desconstruir sistema público de proteção social

A Lei 13.467, da “reforma” trabalhista, precisa ser revista com urgência, porque piorou as condições de trabalho e a qualidade de emprego no país. Desde 2017, predominou a criação de postos de trabalho precários, aprofundando a desigualdade. Essas foram algumas da avaliações apresentadas durante debate transmitido pela TVT, sob organização do grupo jurídico Prerrogativas, com apoio da Associação Juízes para a Democracia (AJD) e da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD). As recentes mudanças na legislação trabalhista da Espanha, a partir de um acordo nacional, também são vistas como um possível exemplo a ser analisado.

Para a desembargadora aposentada e pesquisadora Magda Biavaschi, o “golpe institucional” de 2016 levou à “disrupção de todas as relações sociais”. No caso trabalhista, houve um processo “de desconstrução de um sistema público de proteção social, que foi duramente constituído, com muita luta”. E que prosseguiu, já no atual governo, com o “ato simbólico” de extinção do Ministério do Trabalho. A pasta foi recriada recentemente, mas para acomodar aliados do governo.

Teto de gastos e reformas

Para a pesquisadora, o golpe foi fundamentado em um programa cujos princípios s alinham a tendências “exacerbadas” do capitalismo. “Sobretudo, a mercantilização de todas as relações e a concentração do poder, da riqueza, nas mãos de muitos poucos”, comentou. “Isso se inicia com a Emenda 95 e se expressa logo a seguir com as reformas liberalizantes”, acrescenta Magda, referindo-se ao chamado “teto de gastos” e às reformas trabalhista (ainda no governo Temer), previdenciária (no atual governo) e mesmo a administrativa, que aparentemente foi derrotada.

A ideia central, prossegue, está na desconstrução do sistema público de proteção social. “Que inclui tanto as normas trabalhistas e os direitos sociais, mas também as instituições públicas que operam no mundo do trabalho: a Justiça do Trabalho, os sistemas de fiscalização, o Ministério do Trabalho e as organizações sindicais.” Tudo isso demonstra, diz, a supremacia do privado sobre o público. Um regresso à barbárie, resume.

Projeto à base de falácias
Para a juíza Ana Paula Alvarenga Martins (Tribunal Regional do Trabalho – TRT da 15ª Região, em Campinas-SP), a reforma trabalhista não foi um projeto isolado. “É um projeto de destruição. Das instituições públicas, do Direito do Trabalho. É um projeto que foi elaborado a partir de falácias, de falsas premissas, promessas que não se cumpriram”, afirmou a magistrada, que também é professora e integra o Comitê para a Erradicação do Trabalho Escravo Contemporâneo e do Tráfico de Pessoas, da Discriminação de Gênero, Raça, Etnia e Promoção de Igualdade do TRT.

Ela lembra que a Lei 13.467 já está em vigor há mais de quatro anos e nenhuma das promessas feitas por seus defensores, como o crescimento do emprego, foi cumprida. “E não seriam mesmo, porque se fundamentaram em argumentos falaciosos sem qualquer tipo de comprovação científica no âmbito econômico e mesmo jurídico”, afirma Ana Paula.

A juíza defende que a atual lei deve ser substituída por uma legislação “realmente protetiva”, que cumpra sua função social e promova redução da desigualdade. E este é um período propício para o debate, quando os argumentos dos favoráveis àquela reforma devem ser “desmascarados”, defendeu. Para ela, as mudanças não produziram nenhum reflexo positivo no mundo do trabalho e promoveu retorno a condições “extremamente precárias” de contratação. Emprego, sustentou, “se cria a partir de crescimento econômico”.

País “devastado”

Para Miguel Rossetto, ex-ministro nos governos Lula e Dilma (Desenvolvimento Agrário, Secretaria-Geral da Presidência e Trabalho/Previdência), o momento é de debate político “sobre o país que nós queremos”, em contraponto ao atual projeto, de “devastação” em todas as áreas. “Acho que o Lula acerta quando, com a sua liderança, com sua autoridade, traz o tema do trabalho para o centro do debate político do país”, afirma.

Assim, também é importante notar o que acontece agora na Espanha. “Foi um dos países na Europa que mais avançou nessa desregulamentação do trabalho.” Sem conseguir crescimento econômico e do trabalho, acrescenta, apontando o que julgar ser o fim de um ciclo neoliberal no mundo do trabalho. E agora o país conseguiu construir uma maioria política que expressa, segundo Rossetto, “a recusa da maioria da sociedade a essa agenda”.

As mudanças na Espanha abrangem temas como contratos temporários, aposentadorias, salário mínimo, cita o ex-ministro. “Há todo um movimento de reposição da importância do trabalho para uma estratégia de desenvolvimento. Esse é um debate político que a gente tem que refazer.” Segundo ele, a sociedade brasileira tem como marcas a informalidade e a rotatividade no trabalho, salários baixos e uma “concentração de renda brutal”.

FONTE: RBA

“BOIADA” TÓXICA: Governo Bolsonaro abriu a porteira para agrotóxicos perigosos em 2021

O governo de Jair Bolsonaro deu um forte impulso à liberação de agrotóxicos dos mais perigosos em 2021, segundo parecer da professora Sonia Corina Hess, titular de Química da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Campus de Curitibanos. O estudo foi encomendado pelo Ministério Público Federal, Ministérios Públicos Estaduais, órgãos do Poder Judiciário federal e dos estados, além do Fórum Nacional e fóruns estaduais de combate aos impactos dos agrotóxicos e transgênicos, entre outras instituições.

Os dados levantados pela professora apontam para uma escalada na aprovação de produtos altamente perigosos no ano passado. O pacote inclui itens banidos na União Europeia (UE) há mais de 20 anos ou que jamais conseguiram ser liberados justamente por causar sérios danos à saúde humana. “A proibição desses produtos na UE está associada aos efeitos adversos a humanos e a outros organismos resultantes da exposição aos ingredientes químicos de agrotóxicos”, destaca em seu parecer.

É o caso da atrazina, usada para matar as chamadas ervas invasoras.Foi princípio ativo de 25 dos mais de 500 produtos liberados no ano passado, enquanto o país assistia ao aumento de mortes causadas pela covid-19 e ao retorno do Brasil ao vergonhoso mapa de fome, de onde havia saído em 2014.

Em 2019, o composto estava em 12 dos “novos e menos tóxicos” agroquímicos liberados para uso no país. No ano seguinte, em outros nove. Não é a toa que a atrazina tenha sido banida na União Europeia em 2004. O princípio ativo está associado a diversos tipos de câncer – estômago, próstata, ovários, tireoide –, ao desenvolvimento da Doença de Parkinson e do Mal de Alzheimer. Também à infertilidade e malformação congênita.

Outro exemplo é o fipronil. Desenvolvido para matar insetos, formigas e cupins, é o terror das colmeias, segundo diversos estudos. O produto é associado a alterações bioquímicas no sangue e é tóxico ao fígado e ao sistema nervoso central. Mesmo assim, é princípio ativo de 21 produtos liberados para o agronegócio no ano passado. Em 2019 foram nove e em 2020, 15.

Sua salada altamente tóxica

De 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2021 foram aprovados 552 agrotóxicos para uso no Brasil, dos quais 96 eram produtos contendo ingredientes ativos biológicos. Outros 181 eram produtos técnicos com ingredientes ativos químicos que entram na produção de outros agrotóxicos. Finalmente, 275 eram produtos com ingredientes ativos químicos formulados (49,8%).

Conforme o parecer, o maior número de “novos agrotóxicos”, como prefere a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e seus apoiadores ruralistas, são destinados às culturas de soja, milho, algodão e cana-de-açúcar. Conforme a pesquisadora Larissa Bombardi, citada no parecer, 52% dos agrotóxicos utilizados no Brasil são aplicados nos latifúndios de soja; 10% nos de milho; 10% em cana-de-açúcar; e 7%, no algodão.

Ou seja, mais de 80% daqueles produtos agrícolas não são destinados a produtos para alimentação humana, mas sim à alimentação animal. Ou ainda, à produção de commodities que, juntamente com café, maçã e citros, constituem a base do agronegócio brasileiro.

No entanto, a professora Sonia Hess alerta para o fato de que muitos desses agrotóxicos registrados no Brasil em 2021 têm usos autorizados também para muitas culturas agrícolas até de hortaliças e frutas. E isso apesar dos comprovados efeitos tóxicos dos ingredientes ativos presentes.

Um exemplo é o inseticida, formicida e acaridicida de nome bifentrina, princípio ativo de 15 agrotóxicos liberados em 2021. Segundo pesquisas recentes ele é tóxico ao sistema nervoso central, está ligado ao desenvolvimento de obesidade e à desregulação endócrina.

Mesmo assim, está livre para ser aplicado em alimentos como acelga, agrião, alface, almeirão, brócolis, centeio, cevada, chicória, couve, couve-chinesa, couve-flor, couve-de-bruxelas, espinafre, repolho, rúcula, tomate e muitas outras hortaliças recomendadas para mais saúde e perda de peso.

FONTE: RBA

Centrais sindicais convocam Conclat 2022 para 11 e 12 de abril

A Conferência Nacional da Classe Trabalhadora já tem data marcada. Em reunião nesta quarta-feira (26), na sede da UGT, o Fórum das Centrais Sindicais convocou a Conclat 2022 para os dias 11 e 12 de abril. O objetivo da conferência é aprovar a Agenda da Classe Trabalhadora, a ser entregue para os candidatos à Presidência da República.

O formato da atividade ainda não está definido. Pode ser presencial, virtual ou híbrido, a depender, sobretudo, da evolução da pandemia de Covid-19. As centrais também deixaram em aberto a possibilidade de concentrar a conferência em um único dia. Uma comissão organizadora, indicada pelas entidades, ficará responsável pela preparação da Conclat.

Para o mês de março, estão previstos encontros regionais, que ajudarão a subsidiar os debates da Conferência. Temas como geração de emprego, recuperação de direitos e fortalecimento do sindicalismo devem estar na pauta da Conferência. Porém, as centrais pretendem dar um caráter mais político à Agenda da Classe Trabalhadora, aliando propostas específicas à perspectiva de um projeto de médio e longo prazo para o Brasil.

“É preciso unir os trabalhadores e o movimento sindical em torno de um novo projeto nacional de desenvolvimento, com valorização do trabalho e distribuição de renda”, diz. Adilson Araújo, presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil). “Além de tirar Bolsonaro no poder, o Brasil precisa de um governo que retome investimentos, viabiliza um crescimento sustentado da economia e abra um ciclo progressista para o povo brasileiro. A Agenda da Classe Trabalhadora será nosso guia para as eleições 2022.”

O 1º de Maio Unitário, no Dia do Trabalhador e da Trabalhadora, terá como eixo a divulgação da Agenda. As centrais também vão distribuir materiais nos locais de trabalho e nas periferias para promover as propostas do movimento sindical, rumo às eleições gerais de 2 e 30 de outubro.

PORTAL CTB

Orçamento: Bolsonaro faz cortes em Educação e pesquisas

O presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionou, com vetos, o Orçamento de 2022, que havia sido aprovado em dezembro pelo Congresso Nacional. De acordo com a Lei 14.303, publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (24), o total previsto é de R$ 4,73 trilhões, com R$ 1,88 trilhão direcionados para o refinanciamento da dívida pública federal.

O total de recursos vetados por Bolsonaro chega a R$ 3,18 bilhões. Os dois ministérios mais atingidos pelos cortes promovidos pelos vetos presidenciais foram o do Trabalho e Previdência e o da Educação. A pasta que tem como titular Onyx Lorenzoni ficou com R$ 1 bilhão a menos do que o previsto. Deste montante, R$ 988 milhões seriam do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

A pasta da Educação, comandada por Milton Ribeiro, teve R$ 802,6 milhões a menos após a sanção presidencial. O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) ficou sem R$ 499 milhões, mais da metade do corte.

O ministério da Saúde, comandado por Marcelo Queiroga, também sofreu com o veto que chegou a R$ 74,2 milhões, com R$ 12,7 milhões retirados de verbas de pesquisa e educação voltados para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A pasta perdeu R$ 40 milhões que seriam investidos em ações ligadas ao saneamento básico em comunidades rurais e tradicionais remanescentes de quilombos.

Também foram tirados R$ 8,6 milhões do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), voltados para formação, capacitação e fixação de recursos humanos para o desenvolvimento científico. Além disso, R$ 859 mil para o fomento de projetos de pesquisa e desenvolvimento científico que seriam promovidos por meio do CNPq foram suprimidos.

Segundo o presidente do SINTRAHG, Rodrigo Callais, é lamentável que o governo siga atacando a educação e a pesquisa. “É um contrassenso enorme tirar recursos das áreas essenciais, como pesquisa e educação, para privilegiar os acordos políticos escusos com o centrão”, afirmou.

Para Callais essa é a velha política que opera na lógica do toma lá da cá, e que privilegia os poderosos em detrimento da maioria do povo.

O orçamento secreto em 2022

Bolsonaro avalizou aproximadamente R$ 16,48 bilhões em recursos do chamado orçamento secreto, que distribuiu recursos a aliados políticos sem transparência.

Reportagem do jornal O Globo, publicada hoje, mostra que parlamentares da base de sustentação do governo formada por PL, PP e Republicanos foram beneficiados com R$ 901 milhões do orçamento secreto. Hoje, as três legendas estão à frente de 32 postos-chave na administração federal, gerindo mais de R$ 149,6 bilhões.

O governo manteve o fundo eleitoral em R$ 4,96 bilhões em 2022, o que representa mais do que o dobro dos R$ 2 bilhões destinados para o mesmo fim em 2020. Também foi mantida a previsão de R$ 1,7 bilhão para reajuste de funcionários públicos federais, contudo, a proposta não especifica quais categorias seriam beneficiadas com o reajuste.

PIS: R$ 22 bi estão esquecidos nos bancos. Trabalhadores e herdeiros podem sacar

Trabalhadores e trabalhadoras que tiveram carteira assinada de 1975 a 1984 ainda não sacaram cerca de R$ 22,7 bilhões do Fundo PIS/PASEP, depositados em 10,8 milhões de contas na Caixa Econômica Federal (CEF) e no Banco do Brasil (BB), segundo balanço feito até 31 de dezembro de 2020.

Normalmente confundido com o abono salarial, pago uma vez ao ano no valor de até um salário mínimo vigente (R$ 1.112), o Fundo PIS/ PASEP, que foi extinto constitucionalmente, está à disposição de quem ainda não sacou. Não é divulgado um calendário para isso, como no caso do pagamento do abono salarial anual (Veja diferença entre fundo do PIS/PASEP e abono mais abaixo). Para sacar o fundo, basta ir a uma agência da Caixa no caso de trabalhador da iniciativa privada ou do BB no caso de servidores públicos.

Herdeiros: como sacar?

Se o trabalhador morreu, os herdeiros podem sacar o valor nas contas do Fundo PIS/PASEP. Para isso, é preciso apresentar identificação do próprio interessado, com os seguintes documentos:

  • Número de inscrição do PIS/ PASEP e do NIS do falecido (a). Caso não tenha, os dados podem ser conseguidos junto à empresa que a pessoa trabalhava.

Entenda a diferença entre Fundo PIS/PASEP e abono salarial

O Fundo PIS/PASEP é até hoje confundido, porque o tributo pago pelas empresas ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), para pagamento do abono salarial e do seguro desemprego, é originário do PIS.

Este nome ficou no imaginário popular e até hoje os benefícios são confundidos. Uma coisa é o abono salarial que a pessoa tem direito a sacar anualmente. Outra coisa é o valor do Fundo PIS/PASEP que está à disposição de quem tem direito.

Com a extinção do Fundo, os governos passaram a manter esse dinheiro sendo corrigido com juros para que não perca o valor.

Documentos necessários para o saque do Fundo PIS/PASEP

  • Carteira de trabalho do titular
  • Declaração de dependentes habilitados pelo INSS, que também pode ser pedida pelo “Meu INSS” junto com o pedido de pensão por morte;

Quando o herdeiro pode sacar?

Não precisa aguardar a concessão da pensão por morte para requisitar o saque do PIS/PASEP, nem mesmo o inventário. Assim que tiver a certidão de óbito e os demais documentos em mãos, já pode requisitar o benefício.

Quem tem direito ao saque do PIS/PASEP do trabalhador que morreu?

Normalmente quem saca esses benefícios é o viúvo ou a viúva que deverá zelar pela divisão dos herdeiros. Quando o falecido, ou falecida, tiver filhos com menos de 21 anos, de outros casamentos e/ou relacionamentos, a divisão deverá ser igualitária. Caso a Caixa Econômica Federal negue os saques, é preciso entrar com ação judicial.

O que é o abono salarial

O abono salarial paga o valor de um salário mínimo vigente (atualmente em R$ 1.112), por ano a trabalhadores formais, com carteira assinada, e a funcionário público que no ano anterior receberam em média até dois salários mínimos por mês (R$ 2.224).

Ao contrário do Fundo PIS/PASEP quem não sacou tem no máximo cinco anos para não perder o dinheiro. Só depois desse prazo, o dinheiro retorna para o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e, então, só poderá ser sacado por meio de ação judicial.

Os saques de quem trabalha no setor privado deve ser feito na Caixa. Já os servidores públicos sacam no Banco do Brasil.

Quem tem direito ao abono salarial?

É preciso estar inscrito no programa há pelo menos cinco anos e que tenha trabalhado com carteira de trabalho assinada por pelo menos 30 dias no ano anterior ao saque.

Para saber quanto você tem direito, divida o valor do salário mínimo (R$ 1.112) por 12 (igual a R$ 92) e multiplique pelo número de meses trabalhados. Se você trabalhou um mês, receberá R$ 92, dois meses R$ 184, e assim sucessivamente.

Onde o trabalhador pode sacar o abono?

Quem trabalha no setor privado e tem conta na Caixa pode fazer o saque nos terminais eletrônicos da Caixa, Correspondentes Caixa Aqui, casas lotéricas e também nas agências do banco com o Cartão Cidadão. Já o servidor público pode sacar no Banco do Brasil.

O pagamento do abono pode ser feito também por meio de crédito em conta individual, caso o trabalhador seja correntista na Caixa Econômica Federal.

Servidores correntistas do Banco do Brasil recebem o dinheiro diretamente na conta. Mais informações sobre o Pasep podem ser obtidas pelo telefone do BB: 0800 729 0001

Quem não tem o Cartão Cidadão, pode ir na “boca do Caixa” e apresentar um desses documentos:

Carteira de Identidade
Carteira de Habilitação (modelo novo)
Carteira Funcional reconhecida por Decreto
Identidade Militar
Carteira de Identidade de Estrangeiros
Passaporte emitido no Brasil ou no exterior

Com isso, tanto a Caixa quanto o Banco do Brasil deverão manter disponibilizados, também pelo prazo de cinco anos, os registros que comprovem o pagamento dos abonos que foram efetuados a partir da data de encerramento do calendário de pagamento anual.

Antes dessa resolução, o trabalhador que tentava sacar os recursos do abono salarial após o encerramento do calendário anual precisava entrar com uma ação na Justiça.

Calendário de pagamento do abono salarial

No início do ano o governo enviou a proposta de calendário de pagamento do abono de 2020 (não houve pagamento em 2021) de 8 de fevereiro a 31 de março, ao Conselho do FGTS. A proposta foi aprovada. Confira no link abaixo as datas e valores.

FONTE: PORTAL CUT

SINTRAHG
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