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Reforma trabalhista: 4 anos depois, saldo de empregos é negativo

A reforma trabalhista entrou em vigor em novembro de 2017. Quatro anos depois o avanço prometido não se cumpriu. A pandemia e o cenário global influenciaram e os dois milhões de empregos “nos próximos dois anos” não apareceram, pelo contrário.

Em 2017, O Brasil tinha 12,3 milhões de desempregados, representando 11,8% da população ativa, hoje tem 14,1 milhões de desocupados, ou seja, 13,7% da população, segundo dados de julho do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Além disso, a promessa de reduzir a informalidade não se concretizou. O IBGE aponta que a taxa permaneceu praticamente inalterada, de 40,5% em 2017 para 40,8% em 2021.

O texto visava “simplificar” a legislação trabalhista e mudava regras como férias, jornada de trabalho, contribuição sindical, dentre outras. No ano passado, o próprio presidente Michel Temer, responsável pelas mudanças, disse que a proposta foi superestimada.

“Quero concordar com a sua afirmação […] de que os nossos ministros [da Fazenda, Henrique] Meirelles e [do Trabalho] Ronaldo Nogueira exageraram nas suas previsões”, disse, em um evento no Paraná.

Já o governo do presidente Jair Bolsonaro tenta seguir a mesma linha. A MP 1.045 elaborada pelo executivo que pretendia prorrogar por mais 120 dias o Benefício Emergencial (BEm) ganhou contornos de “minirreforma” ao passar pela Câmara dos Deputados. O texto foi rejeitado pelo Senado.

A proposta de Bolsonaro acabava com o acesso gratuito à Justiça , o que dificultaria ainda mais que o trabalhador recorresse de eventual perda de direitos. Na reforma de 2017, Temer já havia incluído o pagamento de honorários aos advogados.

O resultado foi uma queda de 27,7% nas ações trabalhistas de 2017 para 2020. Ano passado, a Justiça do Trabalho recebeu 2.867.673, informa o UOL. Em 2017 foram 3.965.563 processos.

Para o presidente do Sintrahg, Rodrigo Callais, a reforma tranbalhista foi um duro golpe nos direitos dos trabalhadores e que, hoje, está provado que não funcionou. “A reforma trabalhaista não deu certo porque, como denunciávamos na época, não era uma reforma, e sim a destruição dos direitos trabalhistas. Não gerou empregos, só trouxe desproteção, desalento e miséria”.

10,3% já: com a carestia nas alturas, mais se justifica o Piso Regional

Por Guiomar Vidor: Presidente da CTB RS

Foi para garantir proteção e valorização salarial para estes trabalhadores que o salário mínimo do RS, o Piso Regional, foi criado em 2001. É destinado aos empregados que não tenham piso salarial definido em lei federal, convenção ou acordo coletivo de trabalho, como os domésticos, motoboys e assalariados rurais. São cerca de 1,5 milhão de trabalhadores no estado.

É inadmissível que após dois anos sem reajuste, o governo Leite não escute os trabalhadores e proponha apenas 2,7% para o Piso Regional. Além de ficar muito abaixo da inflação dos últimos 24 meses, tendo como base o mês de fevereiro, que é 10,3%, e não refletir a atual escalada dos preços (segundo o DIEESE, a cesta básica no RS aumentou em 35% neste período), o índice proposto pelo executivo ameaça de extinção o Piso Regional, porque sem reajustes este perderia sua função. Quando foi criado, equivalia a 1,28 salário mínimo nacional.

Santa Catarina e Paraná concederam, neste mesmo período, índices acima da inflação de 10,62% e 12,29% respectivamente aos seus Salários Mínimos Regionais. Isso não gerou desemprego nem perda de competitividade para nossos vizinhos.

O Piso Regional é fundamental para o desenvolvimento com distribuição de renda no RS, por isso defendemos uma mesa de diálogo imediata com o executivo, legislativo, os empresários e trabalhadores para resolver esse impasse. Nossa proposta é o reajuste de 10,3% para, pelo menos, recuperar as perdas com a inflação nos últimos dois anos.

Offshores de Guedes e Campos: imoral, ilegal e um desrespeito com o povo pobre do Brasil

Os dois principais responsáveis por combater a desigualdade no país e fiscalizar o sistema financeiro têm conta em paraísos fiscais. E nessa condição, não se pagam impostos e escondem-se recursos, observou o economista Eduardo Moreira nas redes sociais. Moreira referia-se ao ministro da Economia, Paulo Guedes, e a Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central. “E estão promovendo mudanças na lei a seu favor. Escândalo pouco é bobagem”, acrescentou, a respeito das informações sobre contas offshore reveladas por um pool de veículos de informação, na Pandora Papers. Entre eles a revista brasileira Piauí, o espanhol El País e o site Agência Pública, participantes do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, em inglês). O escândalo mostra o potencial de acúmulo de riqueza do capital improdutivo, sem retorno algum para as economias e a sociedade.

Não é ilegal ter bens no exterior, desde que sejam declarados no Imposto de Renda. Se o patrimônio superar US$ 1 milhão, deve-se comunicar também o Banco Central. Mas a situação é diferente no caso de servidores públicos como, por exemplo, Guedes e Campos Neto.

Informação privilegiada
O Código de Conduta da Alta Administração Federal, de 2000, diz no artigo 5º: “É vedado o investimento em bens cujo valor ou cotação possa ser afetado por decisão ou política governamental a respeito da qual a autoridade pública tenha informações privilegiadas, em razão do cargo ou função, inclusive investimentos de renda variável ou em commodities, contratos futuros e moedas para fim especulativo”. Já a Lei 12.813, de 2013, afirma que configura conflito de interesses (no serviço público) “exercer, direta ou indiretamente, atividade que em razão da sua natureza seja incompatível com as atribuições do cargo ou emprego, considerando-se como tal, inclusive, a atividade desenvolvida em áreas ou matérias correlatas”.

Em artigo publicado em 2020 no Outras Palavras, o economista e professor Ladislau Dowbor, um estudioso do que chama de “capital improdutivo” (tema de livro lançado em 2017), cita dados que apontam a existência de US$ 520 bilhões de procedência brasileira em paraísos fiscais pelo mundo. Ou, como destaca o estudioso, “mais de 2 trilhões de reais que nem produzem, nem pagam impostos”.

Mais riqueza, menos economia
Ao apontar a existência de bilionários cada vez mais bilionários, Dowbor ressalta a relação entre o enriquecimento crescente desse seleto grupo e a paralisia da economia. “O dinheiro não pode simultaneamente alimentar ganhos especulativos e evasão fiscal e financiar investimentos produtivos”, define. Ele observa ainda que, apenas entre março de 2018 e igual mês do ano seguinte, os ricaços brasileiros aumentaram a fortuna em R$ 230,2 bilhões. Ou oito vezes o Bolsa Família. Enquanto a economia brasileira cresce menos de 1%, “nem sequer acompanha a progressão demográfica, implicando uma queda do PIB per capita do país”.

Assim, lembra o professor, atribuir os problemas brasileiros “aos velhinhos que envelhecem demais e criariam problemas no orçamento é francamente um insulto à inteligência elementar”. A menor parte da força de trabalho está formalmente empregada. Cinquenta milhões dos trabalhadores estão “fora do sistema”. Por isso, em vez de (mais) austeridade, a solução passaria por cobrar impostos do capital improdutivo. Isto é, dos que ganham sem produzir.

Produção e consumo
“O empresário efetivamente produtor não precisa de discurso ideológico ou de ‘confiança’: precisa de famílias com poder de compra, para ter para quem vender, e de juros baixos para poder investir. Neste Brasil de grandes parasitas, ele não tem nem uma coisa nem outra”, arremata Ladislau Dowbor.

Durante o dia, as redes sociais – as que sobreviveram à queda generalizada de WhatsApp, Instagram e Facebook – registraram críticas ao comportamento da imprensa tradicional na cobertura do caso. “Já imaginaram o carnaval que a mídia estaria fazendo se um ministro da Economia e um presidente do Banco Central, de um governo do PT, fossem pegos com milhões de dólares em paraísos fiscais?”, questionou o professor Laurindo Lalo Leal Filho.

Pela manhã, Paulo Guedes participou da abertura de evento promovido pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Silenciou sobre o episódio que o vincula a uma conta (Dreadnoughts International Group) nas Ilhas Virgens, aberta em 2014 e mantida mesmo depois de sua entrada no governo. Sua assessoria divulgou que a empresa foi declarada à Receita. Já Campos Neto esteve em atividade da Associação Comercial de São Paulo.

Fonte: RBA

Outubro Rosa destaca a necessidade de empoderar a saúde da mulher no país

Todos os anos a campanha Outubro Rosa destaca a importância do combate ao câncer de mama. Dados do Instituo Nacional de Câncer (Inca) mostram que o câncer de mama é o que mais atinge as mulheres no mundo. Somente em 2020, foram estimados cerca de 2,3 milhões de casos novos.

No Brasil não é diferente e “a campanha traz à tona o cuidado da mulher, que na rotina do seu dia a dia, não tem tempo para cuidar de si”, afirma Elgiane Lago, secretária da Saúde da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB). “Durante o mês de outubro, por causa da campanha, a mulher acaba olhando mais para seu corpo e para os cuidados necessários para a preservação da saúde”.

Uma reportagem de Bárbara Miranda, na revista AzMina aponta o pouco caso do desgoverno de Jair Bolsonaro com a saúde pública, especificamente com a saúde da mulher. Segundo o levantamento feito “entre janeiro de 2019 e julho de 2021, o desgoverno gastou aproximadamente R$ 376,4 milhões dos R$ 1,1 bilhão disponível para as políticas que têm as mulheres como público-alvo no Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos e no Ministério da Saúde”. Cerca de 1/3 da disponibilidade, recurso que já significa pouco.

“Desde o golpe que tirou a Dilma da Presidência, em 2016, as políticas públicas em favor de melhorias de vida para as mulheres têm sofrido cortes de verbas e na gestão de Bolsonaro essa queda de investimentos tem sido completamente abandonada”, diz Celina Arês, secretária da Mulher Trabalhadora da CTB.

“Questões como a Casa da Mulher Brasileira, Rede Cegonha e diversos outros programas de atendimento e colhimento de mulheres em situação de vulnerabilidade estão praticamente abandonadas”, assinala.

Por isso, ressalta Elgiane, “no Brasil, a campanha do Outubro Rosa vai muito além do combate ao câncer de mama e destaca a necessidade de luta pelos direitos da mulher e por consequência de toda a população”. Coisas para a prevenção de doenças, como “trabalho digno, moradia, alimentação adequada à sua família e segurança”, além de “combate à violência doméstica, à discriminação no mercado de trabalho e na sociedade como um todo”.

Durante a pandemia a situação se agravou

“Além do negacionismo, do atraso proposital na compra de vacinas e da acusação de ilícitos em compra de vacinas e insumos para o combate ao coronavírus”, como mostra a revista AzMina, “o período da pandemia marcou os piores desempenhos de Bolsonaro na execução do orçamento voltado às mulheres”.

Além disso, “as quatro rubricas analisadas pela reportagem no Ministério da Saúde, que tiveram 86,3% dos recursos próprios empregados em 2019 – seu primeiro ano de mandato – passaram um patamar de execução inferior a 70% em 2020 e 2021”.

Relatório do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) mostra a ligação direta entre o corte de gastos com o número de mortos por covid no Brasil. As conclusões do relatório mostram que “enquanto o número de mortos pela covid-19 no Brasil atingiu seu pico nos meses de março e abril de 2021, uma execução orçamentária destinada para o combate ao coronavírus esteve nos níveis mais baixos no início deste ano”, aponta a reportagem da AzMina.

Com tudo isso, Débora Melecchi, secretária adjunta da Saúde da CTB, ressalta a importância da campanha do Outubro Rosa que, desde os anos 1990, destaca a necessidade de prevenção ao câncer de mama em mais de 160 países.

No Brasil, “já tivemos campanhas muito mais efetivas por parte dos governantes, mas na atualidade dependemos exclusivamente da sociedade civil para informarmos a importância dos exames de prevenção”, lamenta.

Para ela, o “Outubro Rosa é um importante momento para divulgar informações sobre o câncer de mama e fortalecer as recomendações para prevenção, diagnóstico precoce e rastreamento da doença” porque “no Brasil, foram estimados 66.280 casos novos de câncer de mama em 2021, com um risco estimado de 61,61 casos a cada 100 mil mulheres, como informa o Inca”.

Francisca Rocha, a Professora Francisca, secretária de Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), reforça o argumento de Débora ao analisar as causas de adoecimentos no quinto país mais violento contra as mulheres. “A violência doméstica se agravou na pandemia e as dificuldades para denunciar e tirar a mulher da presença do agressor são causas fundamentais de adoecimentos”.

Esse fato “unido à extinção de diversas políticas públicas de atendimento das vítimas de todo o tipo de violência, o encarecimento dos alimentos básicos, o desemprego e o trabalho precário”, argumenta, “dificultam as mulheres até de cuidarem de si mesmas, pois todas as tarefas domésticas e o cuidado com os filhos recai sobre as mulheres, que ainda sofrem com a violência e o assédio”.

Débora destaca também que “somado a isso, com o avanço da covid-19 no Brasil, diante das ações intencionais do governo federal que representa um projeto político pautado na contramão das conquistas e das vidas, os atendimentos de diferentes doenças foram represadas, e com isto as pessoas ficaram desassistidas do monitoramento de suas saúdes”.

Muitas causas são citadas para o agravamento da situação da saúde pública, como a Emenda Constitucional 95, aprovada em 2016, no desgoverno de Michel Temer. “A EC-95 congelou por 20 anos todos os investimentos públicos, o que acarretou enormes prejuízos à nação”, assinala Celina.

Ao concordar com Celina, Elgiane lembra da Emenda Constitucional 109, já no período do desgoverno Bolsonaro, “quando o Ministério da Economia, comandando por Paulo Guedes, joga todo o ônus dos investimentos nos serviços públicos sobre os ombros dos servidores, congelando de vez os salários, com isso implodindo os serviços públicos do país”. Com consequências drásticas à saúde.

Débora reafirma a importância do Outubro Rosa porque “no caso do câncer de mama, se faz necessário ampliar e agilizar a realização de mamografias, que perpassa pela elaboração de Protocolo Clínico e de um Programa de Capacitação voltados à qualificação de ações de detecção precoce e rastreamento do câncer de mama”. Além de “garantir o acesso de todas as mulheres à equipe multidisciplinar para seu atendimento integral. Com a implementação efetiva da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Mulheres”.

Principalmente para as mulheres com 50 anos ou mais, “a mamografia deve se anual”, reforça Elgiane. “Também são necessárias campanhas com orientações sobre a prevenção da doença” porque “o diagnóstico precoce pode evitar consequências mais graves e até a morte”.

Além de tudo isso, Débora acentua a necessidade de “fortalecer a maior política inclusiva conquistada no Brasil com a Constituição de 1988, que é o SUS (Sistema Único de Saúde)”. Sabendo que mais de 75% da população depende exclusivamente do SUS para ter atendimento médico.

Saiba como prevenir o câncer de mama

Autoexame: o autoexame deve ser praticado mensalmente entre o 7º e o 10º dia contados a partir do 1º dia da menstruação. As mulheres que não menstruarem devem escolher um dia do mês.
Praticar atividade física regularmente
Alimentar-se de forma saudável
Manter o peso corporal adequado
Evitar o consumo de bebidas alcoólicas
Amamentar


Reconheça os sinais e sintomas a tempo

Caroço (nódulo) fixo, endurecido e, geralmente, indolor;
Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja;
Alterações no bico do peito (mamilo)
Pequenos nódulos na região embaixo dos braços (axilas) ou no pescoço
Saída espontânea de líquido dos mamilos

Brasil não aguenta mais 15 meses de insanidade e incompetência, afirmam centrais

“O Brasil não aguenta mais 15 meses de incompetência, negacionismo e insanidade”, afirmam, em nota, as centrais sindicais, pedindo ampliação do leque político para aprovar o impedimento do presidente da República. “Não podemos esperar até o próximo ataque à nossa democracia, que pode ser fatal.”

No próximo sábado (2), haverá novas manifestações de protesto, no Brasil e no exterior pelo Fora Bolsonaro.Segundo os dirigentes, é uma questão de “matemática” e não de ideologia. “Para derrubar Bolsonaro, é preciso ir além do nosso campo, pois precisamos de 342 votos na Câmara dos Deputados para aprovar o impeachment“, lembram. “Neste momento, um dos mais graves da nossa história, é necessário focar no que nos une, e não no que nos separa. Para podermos continuar a ter o direito de discordar, de disputar eleições livres e de manter a nossa democracia, Bolsonaro tem que sair já.”

Mais de 20 partidos
Representantes de pelo menos 21 partidos políticos estarão na Avenida Paulista, em São Paulo, segundo a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo. De todos os espectros políticos. Também participam as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, além das centrais e outros movimentos sociais. Até o fechamento deste texto, havia confirmação de 260 atos em 251 cidades e 16 países – #2OutForaBolsonaro.

Os sindicalistas querem insistir na pressão sobre o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para que inclua na pauta “um dos mais de 130 pedidos de impeachment que se acumulam vergonhosamente em suas gavetas”. Caso contrário, acrescentam, será cúmplice nos crimes de responsabilidade.

Íntegra da nota das centrais sobre o Fora Bolsonaro

Centrais apoiam ampliação dos atos para outros campos do espectro político
Para aprovar o impeachment de Bolsonaro, é preciso unidade entre diferentes neste momento grave.

As Centrais Sindicais têm participado de todas as manifestações contra Bolsonaro neste ano, a maioria de forma unitária. Neste 2 de outubro, mais uma vez CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST, CSB, CSP-Conlutas, Intersindical Central da Classe Trabalhadora, Intersindical Instrumento de Luta e Pública estarão juntas na luta pelo impeachment do pior presidente do Brasil de todos os tempos.

Além de milhares de trabalhadores, estudantes e ativistas de movimentos sociais, desta vez também estarão lado a lado nas ruas lideranças e militantes de partidos de todos os campos do espectro político – todos unidos pelo Fora Bolsonaro.

As Centrais Sindicais apoiam a ampliação da diversidade de atores nas ruas pois entendem que nada é mais urgente do que impedir que Bolsonaro continue o seu desgoverno criminoso. Um governo responsável por grande parte das quase 600 mil mortes por Covid, pelo desemprego recorde, pela devastação ambiental, pela volta da inflação e da carestia.

E que ameaça diariamente a nossa democracia e as nossas instituições, apesar de falsos recuos momentâneos e estratégicos que não enganam mais ninguém.

Para derrubar Bolsonaro, é preciso ir além do nosso campo, pois precisamos de 342 votos na Câmara dos Deputados para aprovar o impeachment. Não é questão de ideologia, mas sim de matemática. Neste momento, um dos mais graves da nossa história, é necessário focar no que nos une, e não no que nos separa.

Para podermos continuar a ter o direito de discordar, de disputar eleições livres e de manter a nossa democracia, Bolsonaro tem que sair já.

O Brasil não aguenta mais 15 meses de incompetência, negacionismo e insanidade
Não podemos esperar até o próximo ataque à nossa democracia, que pode ser fatal. Por isso, neste sábado estaremos todos juntos, exigindo que o presidente da Câmara, Arthur Lira, paute um dos mais de 130 pedidos de impeachment que se acumulam vergonhosamente em suas gavetas. Se não ouvir a voz das ruas, Lira estará sendo cúmplice dos inúmeros crimes de responsabilidade de Bolsonaro contra o povo brasileiro.

Brasil, 30 de setembro de 2021

Sérgio Nobre
Presidente da CUT – Central Única dos Trabalhadores

Miguel Torres
Presidente da Força Sindical

Ricardo Patah
Presidente da UGT – União Geral dos Trabalhadores

Adilson Araújo
Presidente da CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil

José Reginaldo Inácio
Presidente da NCST – Nova Central Sindical de Trabalhadores

Antonio Neto
Presidente da CSB – Central dos Sindicatos Brasileiros

Atenágoras Lopes
Secretaria Executiva Nacional – CSP-Conlutas

Edson Carneiro Índio
Secretário-geral – Intersindical Central da Classe Trabalhadora

Emanuel Melato
Coordenação da Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora

José Gozze
Presidente – Pública Central do Servidor

SINTRAHG engajado no Outubro Rosa: a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama

O SINTRAHG está presente nesse esforço de conscientização do Outubro Rosa. É um movimento já conhecido mundialmente como o mês marcado por ações afirmativas relacionadas à prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama, e celebrado anualmente desde os anos 90. O objetivo da campanha é compartilhar informações sobre o câncer de mama e, mais recentemente, câncer do colo do útero, promovendo a conscientização sobre as doenças, proporcionando maior acesso aos serviços de diagnóstico e contribuindo para a redução da mortalidade.

O que é?
É o tipo de câncer mais freqüente na mulher brasileira. Nesta doença, ocorre um desenvolvimento anormal das células da mama, que multiplicam-se repetidamente até formarem um tumor maligno.

Como a mulher pode perceber a doença?
O sintoma do câncer de mama mais fácil de ser percebido pela mulher é um caroço no seio, acompanhado ou não de dor. A pele da mama pode ficar parecida com uma casca de laranja; também podem aparecer pequenos caroços embaixo do braço. Deve-se lembrar que nem todo caroço é um câncer de mama, por isso é importante consultar um profissional de saúde.

Como descobrir a doença mais cedo?
Toda mulher com 40 anos ou mais de idade deve procurar um ambulatório, centro ou posto de saúde para realizar o exame clínico das mamas anualmente, além disso, toda mulher, entre 50 e 69 anos deve fazer pelo menos uma mamografia a cada dois anos. O serviço de saúde deve ser procurado mesmo que não tenha sintomas!

O que é o exame clínico das mamas?
É o exame das mamas realizado por médico ou enfermeiro treinado para essa atividade. Neste exame poderão ser identificadas alterações nas mesmas. Se for necessário, será indicado um exame mais específico, como a mamografia.

O que é mamografia?
È um exame muito simples que consiste em um raio-X da mama e permite descobrir o câncer quando o tumor ainda é bem pequeno.

O que pode aumentar o risco de ter câncer de mama?
Se uma pessoa da família – principalmente a mãe, irmã ou filha – teve essa doença antes dos 50 anos de idade, a mulher tem mais chances de ter um câncer de mama. Quem já teve câncer em uma das mamas ou câncer de ovário, em qualquer idade, também deve ficar atenta. As mulheres com maior risco de ter o câncer de mama devem tomar cuidados especiais, fazendo, a partir dos 35 anos de idade, o exame clínico das mamas e a mamografia, uma vez por ano.

O auto-exame previne a doença?
O exame das mamas realizado pela própria mulher, apalpando os seios, ajuda no conhecimento do próprio corpo, entretanto, esse exame não substitui o exame clínico das mamas realizado por um profissional de saúde treinado. Caso a mulher observe alguma alteração deve procurar imediatamente o serviço de saúde mais próximo de sua residência. Mesmo que não encontre nenhuma alteração no auto-exame, as mamas devem ser examinadas uma vez por ano por um profissional de saúde!

O que mais a mulher pode fazer para se cuidar?
Ter uma alimentação saudável e equilibrada (com frutas, legumes e verduras), praticar atividades físicas (qualquer atividade que movimente seu corpo) e não fumar. Essas são algumas dicas que podem ajudar na prevenção de várias doenças, inclusive do câncer.

Direção Nacional da CTB convoca militância para manifestação do próximo sábado contra Bolsonaro

Leia a resolução política aprovada na reunião realizada nesta terça-feira (28) pela Direção Nacional Plena da CTB:

1- A cada novo dia do governo comandado por Jair Bolsonaro, presenciamos o crescimento do número de vítimas da tragédia sanitária e o aprofundamento da crise econômica, política e institucional que perturba o país;

  1. Após o fracasso da empreitada golpista no 7 de setembro ele recuou das ameaças contra o STF. Mas não demorou muito para voltar a exibir seu DNA fascista;

3- Durante a semana passada, nos EUA, patrocinou espetáculos grotescos, submetendo o Brasil a dias de doloroso vexame internacional. Seu discurso na abertura da Assembleia Geral da ONU, em 21 de setembro, foi recheado de mentiras. Afirmou que seu governo patrocina um auxílio emergencial de US$ 800,00, valor equivalente a R$ 4,5 mil; que protege o meio ambiente e é amigo dos indígenas; que o Brasil estava às portas do socialismo antes de sua posse. Disse que a economia brasileira vai de vento em popa e atribuiu a governadores e prefeitos a culpa pela carestia, não só no Brasil, como “em todo o mundo”. Fez questão de exibir seu negacionismo e prescrever remédios ineficazes para o tratamento da Covid-19;

4- As fantasias reacionárias do chefe da extrema direita traduzem uma completa inversão da realidade. No Brasil real, a fome já castiga cerca de 20 milhões e ronda os lares de 117 milhões de brasileiros e brasileiras. A renda média do trabalho é a mais baixa desde 2017 e cerca de 33 milhões de pessoas estão desempregadas, desalentadas ou subempregadas. Nada menos que 2 milhões de famílias (41 milhões de pessoas) foram lançadas à condição de extrema pobreza entre janeiro de 2019 e junho deste ano;

5- Aos dramas do mercado de trabalho, marcado também pela crescente precarização, aliam-se a carestia, a estagflação, a crise hídrica, a fuga de capitais, a alta do dólar e a tragédia sanitária, com o Brasil hoje se aproximando de 600 mil mortes pela Covid-19 e uma média ainda superior a 500 mortes por dia. Tudo isto é coroado por um assombroso esquema de corrupção descoberto pela CPI da Covid, envolvendo negociações para aquisição das vacinas indianas covaxin e astrazeneca com a intermediação de empresas comandadas por empresários picaretas como a Prevent Senior, a Precisa e o FIB Bank;

6- Os fatos mostram que a permanência de Bolsonaro na Presidência da República cobra ao povo um preço muito alto e deve ser interrompida para o bem da nação;

7- Por esta razão, a Direção Nacional da CTB reitera a centralidade da campanha Fora Bolsonaro. Afastar Bolsonaro é, neste momento, o principal objetivo do sindicalismo classista e do povo brasileiro;

8- A orientação à militância e às direções estaduais é de redobrar os esforços de conscientização e mobilização das trabalhadoras e trabalhadores para a participação nos atos convocados para os dias 2 de outubro e 15 de novembro da campanha Fora Bolsonaro, que ganhou as ruas após as manifestações nacionais realizadas em todo o país desde maio;

9- Para alcançar esses objetivos, é imperioso ampliar o movimento, incorporando novas forças políticas e concretizando a formação de uma frente ampla na campanha Fora Bolsonaro, à margem e acima das diferenças partidárias e ideológicas;

10- A Direção Nacional da CTB reitera a proposta de realizar, no curso do próximo ano, uma nova Conclat com o objetivo de fortalecer e ampliar a unidade do movimento sindical, atualizar a agenda da classe trabalhadora aprovada no 2º CONCLAT, realizado em junho de 2010, e elaborar uma plataforma unificada para as eleições de 2022;

11- Na agenda legislativa são prioridades as lutas contra a PEC 32 (a Reforma Administrativa de Bolsonaro) e os projetos entreguistas de privatização dos Correios e da Eletrobras;

12- A reunião também foi marcada pela posse da nova direção nacional da CTB, eleita no 5º Congresso, que tem pela frente o desafio de intensificar a luta em defesa da classe trabalhadora e da democracia, barrar o retrocesso e o perigo fascista e criar condições para a retomada de um novo projeto nacional de desenvolvimento, com democracia, soberania e valorização do trabalho.

A PEC 32 PODE ACABAR COM O SERVIÇO PUBLICO, DIGA NÃO!

O serviço público é essencial na vida de todos nós e sabemos que sua qualidade depende de funcionários qualificados e experientes. Mas a chamada reforma administrativa do governo Bolsonaro pode liquidar com o serviço público em nome dos interesses de políticos corruptos, prejudicando a população e a própria carreira dos servidores.

Quem cuida da sua saúde, da sua segurança e da educação dos seus filhos é um funcionário público. Não podemos permitir que esses serviços tão essenciais à população sejam prejudicados pela reforma administrativa.Ajude a defender o serviço público do Brasil, diga não à PEC 32!

Entenda:

• A reforma facilita a corrupção, com as rachadinhas, por exemplo, e as indicações políticas sem critérios técnicos, causando a perda da qualidade dos serviços e a eficiência no atendimento;

• A falta de continuidade com a substituição dos servidores sem estabilidade irá prejudicar a evolução dos serviços e o atendimento à população;

• O serviço público será transformado numa ferramenta de governo com interesses políticos e privados.

Trabalhador do Hotel Siena ganha o SAMSUNG A10 na promoção da pesquisa

SORTEADO! Nesta ano, o SINTRAHG trouxe uma importante inovação: a pesquisa virtual sobre a campanha salarial. Cerca de 250 trabalhadores e trabalhadoras da base participaram. No geral, deram apoio ao conjunto de reivindicações, com destaque para o reajuste de piso e dos salários. Ou seja, a grande preocupação da categoria neste ano está na perda da renda em virtude da inflação.

Para o presidente do Sintrahg, Rodrigo Callais, a pesquisa proporcionou criar um processo participativo e inovador para estimular a democracia e a transparência na gestão sindical. “Ficamos muito satisfeitos com a participação da categoria, por isso vamos seguir experimentando essas novas formas de interação para aproximar cada vez mais o sindicato da nossa base”.

Ganhador

Foi sorteado um Smartphone Samsung A10 entre os participantes da pesquisa, e o ganhador foi um trabalhador da hotelaria (Hotel Siena), Flávio Michel Fontes Júnior Junior, que recebeu o seu prêmio das mãos do presidente do SINTRAHG, Rodrigo Callais.

Campanha salarial 2021: assembleia aprova pauta de reivindicações 

Assembleia geral dos trabalhadores e trabalhadoras em hotelaria e gastronomia de Gramado, ocorrida nesta quinta-feira, 23, aprovou a pauta da categoria para este ano, com destaque para a consulta virtual realizada pelo Sintrahg que ajudou a subsidiar a lista de prioridades a serem reivindicadas.

Índice

Para o reajuste dos salários, ficou definido que a reivindicação será pela reposição integral da inflação (INPC) com base no mês de novembro, que deverá ficar acima dos 10%, mais 3% de aumento real.

Outra prioridade, e que foi o item mais votado da pesquisa virtual, será a valorização do piso de categoria, que hoje está em R$ 1.355. O valor pedido será de R$ 1.600.

Direitos da Convenção Coletiva Trabalho – CCT

Além do reajuste, o Sintrahg vai defender a manutenção e ampliação dos direitos da CCT da categoria, veja as principais reivindicações:

– Reajuste no auxílio-creche de 100%: nosso auxílio-creche ainda possui um valor baixo, por isso vamos reivindicar que ele dobre tendo em vista ser muito importante para as mães e crianças

– Reajuste no adicional por tempo de serviço: anuênio e quinquênios

– Reajuste no auxílio-educação

– Reajuste no abono qualificação profissional

– Pagamento de grau máximo de insalubridade (40%) para as camareiras

– Auxilio combustível no valor de R$ 150 e redução no desconto do vale-transporte para 3%

– Pagamento do salário no máximo até o 5º dia do mês, independente se cai no sábado, domingo ou feriado

– Aumento no adicional noturno para 40%, das 22h até o termino da jornada de trabalho

– Ampliação da estabilidade para 90 dias após o período da Licença Maternidade

Pesquisa

Nesta ano, o Sintrahg trouxe uma importante inovação: a pesquisa virtual sobre a campanha salarial. Cerca de 250 trabalhadores e trabalhadoras da base participaram. No geral, deram apoio ao conjunto de reivindicações, com destaque para o reajuste de piso e dos salários. Ou seja, a grande preocupação da categoria neste ano está na perda da renda em virtude da inflação.

Para o presidente do Sintrahg, Rodrigo Callais, a pesquisa proporcionou criar um processo participativo e inovador para estimular a democracia e a transparência na gestão sindical. “Ficamos muito satisfeitos com a participação da categoria, por isso vamos seguir experimentando essas novas formas de interação para aproximar cada vez mais o sindicato da nossa base”.

Ganhador

Foi sorteado um Smartphone Samsung A10 entre os participantes da pesquisa, e o ganhador foi um trabalhador da hotelaria (Hotel Siena), Flavio Michel Junior.

Valorização padrão Gramado

As negociações da campanha, que neste ano tem como slogan queremos Valorização Padrão Gramado, terá um primeiro encontro com a patronal na próxima segunda-feira, 27, para entrega da pauta de reivindicações.

“Se Gramado é reconhecida como um polo turístico no Brasil e na América Latina, isso também se deve a dois segmentos profissionais muito importantes que, com sua dedicação e a qualidade do seu trabalho, fazem a cidade funcionar e receber bem os visitantes: são os trabalhadores e as trabalhadoras da hotelaria e da gastronomia”, disse o presidente do Sintrahg, Rodrigo Callais.

Callais acrescenta que espera uma negociação de alto nível com a patronal, tendo em vista que é um momento de sensibilidade porque a inflação esperada para novembro pode ser a maior desde 1997 e a categoria sempre esteve na linha de frente, e foi das que mais sofreu com a pandemia. “Agora é preciso valorizar essa dedicação. Nossos salários vêm sendo corroídos pela inflação e perdendo poder de compra. Só em 2021, a cesta básica no RS teve aumento de mais de 25%. Além disso, é preciso manter e valorizar nossos direitos sociais da Convenção Coletiva – são os direitos que o Sindicato conquistou e que a nova Lei trabalhista não garante mais”, completou.