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A FOME NÃO ESPERA: campanha entrega mais 35 cestas

Nesta semana, em atividades na segunda e na terça, dias 24 e 25, foram entregues mais 35 cestas básicas arrecadadas pela campanha A FOME NÃO ESPERA destinadas às famílias de trabalhadores e trabalhadoras que estão em situação de vulnerabilidade por causa da pandemia.

Segundo o presidente do Sindicato, Rodrigo Callais, a campanha tem sido bem sucedida e vem sensibilizando a cidade de Gramado para amenizar as consequências da pandemia que vem atingindo muitas famílias de trabalhadores e trabalhadoras. “É com união que vamos seguir trabalhando para vencer essa pandemia. Como a doença só vai ser superada com a chegada da vacina, é importante que todos sigam se cuidando o máximo possível”, afirmou.


CAMPANHA VAI ATÉ MEADOS DE JUNHO

Callais informou ainda que, de acordo com a estratégia defina junto do Sindtur, que representa os empresários do setor e parceiros na ação, a campanha deverá ocorrer até o dia 15 de junho.

A campanha A FOME NÃO ESPERA, é promovida pelo Sindtur e pelo Sindicato dos Trabalhadores e Hotelaria e Gastronomia de Gramado.

A arrecadação continua e você pode levar sua ajuda até um dos sindicatos, ou pode fazer diretamente em um dos mercados parceiros, conforme a LISTA ABAIXO:

Mercado Sthal (Floresta)

Armazém 845

Mercado Sthal (Carniel)

Rissul

Nacional

Supermercado Berti

Super Gross

Drumm Mercado e Açougue

Supermercado Nossa Casa

Brombatti (Várzea)

Mercado Serra Grande

Dia pós Dia

FrutiFrango

Sulmais Supermercados

Você também pode entregar suas doações:

no SindTur Serra Gaúcha

Av. das Hortênsias, 5041. Telefone: 54 3286-1418

no Sindicato dos Trabalhadores em Hotelaria e Gastronomia de Gramado

Av. das Hortênsias, 2040 sala 9A – Telefone: 54 3286-6590

CADASTRE-SE PARA RECEBER

Se sua família está passando por necessidades e precisa receber doações, entre em contato conosco e cadastre-se. Unidos, em uma grande corrente de solidariedade, vamos vencer a pandemia.

SINDICATO PARTICIPA DE ATO EM DEFESA DA CORSAN E DOS SERVIÇOS PÚBLICOS

O Sindicato participou na manhã desta terça-feira, 25, de uma atividade do SINDIÁGUA/RS contra a privatização da CORSAN e dos serviços públicos no RS.

A manifestação coincidiu com a data de votação em segundo turno na Assembleia Legislativa da PEC 280. A emenda constitucional visa derrubar o direito da população gaúcha de opinar sobre a venda das estatais e retira a obrigatoriedade de plebiscito.

Para o presidente do Sindicato, Rodrigo Callais, que esteve no ato levando a solidariedade dos trabalhadores em Hotelaria e Gastronomia de Gramado, a aprovação da PEC 280 trata-se de “um verdadeiro retrocesso para a democracia”. E acrescentou que “sabemos a importância da água e não devemos deixar um bem natural e público cair nas mãos de quem só tem sede de lucro. Água não é mercadoria!”.

Já o presidente do SINDIÁGUA/RS, Arilson Wünsch, disse que é triste que neste momento de pandemia o governo queira retirar direitos dos gaúchos, entregar nossas estatais e desestruturar a Corsan que funciona, ao invés de cuidar do povo. “O momento é de zelo, cuidado com a população e, os ditos ‘representantes’ do povo, só conseguem visualizar o lucro, fugindo do debate com a sociedade. Lembraremos de todos nas próximas eleições, pois deputados servem para dar voz ao povo e não para calar o povo”, afirmou.

As manifestações em defesa da Corsan ocorreram em diversas cidades do RS com o objetivo de chamar a atenção da população sobre os prejuízos com a privatização do serviço público.

SINDICATOS DEBATEM FORTALECIMENTO DA LUTA CONJUNTA DAS CATEGORIAS E FILIAÇÃO NA CTB

A luta integrada da classe foi a pauta de uma reunião ocorrida na última sexta-feira, 21, na sede do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Calçadistas e do Vestuário de Gramado, Canela e São Francisco de Paula, que contou com o presença do presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Hotelaria e Gastronomia de Gramado, Rodrigo Callais, e do diretor Silvano “Narizinho”.

Na conversa com o presidente daquele Sindicato, Nelson Gross e seu tesoureiro, Selivio Klement, foram avaliadas as realidades das duas categorias na região, os desafios do movimento sindical na atualidade, o enfrentamento à pandemia, a recuperação dos empregos, interromper a desindustrialização do país e aquilo que considera-se o maior desafio para a classe trabalhadora em uma visão de perspectiva: a retomada de um projeto nacional de desenvolvimento que recupere nossa democracia e coloque a valorização do trabalho e o combate às desigualdades como prioridade.

Isto, para os dois Sindicatos, passa necessariamente pelo enfrentamento a política de desmonte do Estado e ataque aos direitos trabalhistas que têm sido características do governo Bolsonaro.

Unidade e luta

Para levar adiante todas essas lutas, a unidade de ação da classe trabalhadora é fundamental, por isso também tratou-se da possibilidade de filiação da entidade na CTB, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil. A federação dos trabalhadores do setor tornou-se filiada à CTB em um evento realizado no último dia 15 de maio.

É LEI: gestantes não podem trabalhar de forma presencial

A trabalhadora que estiver grávida deve exercer suas atividades em sua residência na modalidade remota, teletrabalho ou home office. Esse grupo é considerado mais vulnerável ao contágio e efeitos da contaminação pela Covid-19. O Projeto é da deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB-AC), que originou a Lei 14.151, sancionada pelo executivo.

Desta forma, a substituição do trabalho presencial pelo remoto deve ser feita de imediato e não pode haver nenhum tipo de redução no salário ou em seus direitos previstos em lei.

O que muda?

A nova lei estabelece que as colaboradoras grávidas sejam afastadas das atividades presenciais.

Assim, as suas funções devem ser cumpridas à distância, para isso existem modalidades que podem ser adotadas pelos empregadores. Essa determinação vale enquanto durar a pandemia e o estado de emergência em saúde.

Remuneração

A empresa deve ficar atenta à seguinte regra: não pode haver qualquer tipo de redução no salário da gestante. Assim, o Departamento Pessoal deve manter os mesmos cálculos da folha de pagamentos, como se a mesma estivesse atuando na empresa.

Caso a função exercida pela trabalhadora não possa ser cumprida em regime de teletrabalho, ainda assim ela deve permanecer em afastamento, em casa.

Após o parto, a gestante permanece afastada do trabalho através da licença-maternidade, que se trata de um período de 120 dias, podendo ser estendido quando há riscos para a mulher e o bebê.

Outra opção é verificar se a empresa em que atua faz parte do Programa Empresa Cidadã, que estende o prazo da licença-maternidade por mais 60 dias.

Para mais informações, entre em contato com o Sindicato.

SINDICATO REALIZA ASSEMBLEIA NO CONDOMÍNIO GRAMADO EXCLUSIVE RESORT PARA DEFINIÇÕES SOBRE A TAXA DE SERVIÇO

O Sindicato realizou assembleia geral com os trabalhadores e as trabalhadoras do Condomínio Gramado Exclusive Resort para efetivação do Acordo Coletivo de Trabalho, ACT, referente a forma de distribuição da taxa de Serviço entre os funcionários.

Após debate sobre a proposta apresentada, o ACT foi aprovado. Junto com ele, houve a eleição dos conferentes para fiscalizar a arrecadação e distribuição dos 10%.

CAMPANHA DE SÓCIOS

Os represetantes do Sindicato, presidente Rodrigo Callais e o diretor, Silvano “Narizinho” aproveitaram a oportunidade para conversar com a categoria sobre as vantagens e a importância de serem associados. Além disso, foi distribuído jornal FIQUE LIGADO e foi informado sobre o andamento da campanha de solidariedade A FOME NÃO ESPERA, ação do Sindicato para enfrentar as necessidades oriundas da crise gerada pela pandemia.

“A assembleia para definição do ACT sobre a Taxa dos 10% também é um momento importante de conversa e proximidade com a categoria. É um ambiente no qual conseguimos ouvir diretamente as reivindicações e colocar o Sindicato à disposição para as necessidades de cada trabalhador e cada trabalhadora”, relatou Callais.

A assembleia foi presencial e seguiu todas as normas de segurança e distanciamento.

Banco Mundial: trabalho informal em massa pode retardar recuperação pós-COVID

A recuperação da Covid-19 pode ser ameaçada pela expansão do trabalho informal. Isto é o que diz o estudo “A Grande Sombra da Informalidade: Desafios e Políticas”, encomendado pelo Banco Mundial.

A análise revela que uma grande parcela dos trabalhadores e empresas, que operam na informalidade, em mercados emergentes, o fazem longe da fiscalização dos governos.

SÃO PAULO,SP,26.10.2018:DISTRIBUIÇÃO-JAQUETAS-CAIXAS-TÉRMICAS-IFOOD – Motoboys enfrentam fila para receber novas jaquetas e caixas térmicas que estão sendo distribuídas pelo aplicativo Ifood, na sede da empresa na região da Rebouças, em São Paulo (SP)Foto: Renato S. Cerqueira/Futura Press/Folhapress)

Proteção social

Para ajustar o rumo dessas atividades e investir na recuperação da pandemia, os países precisariam adotar pacotes abrangentes de políticas que enfrentem os desafios do setor informal.

O estudo mostra que a maioria dos trabalhadores é de mulheres e jovens com baixas qualificações profissionais. São pessoas que não têm proteção social e estão à margem de políticas de investimentos e auxílio.

O setor informal abriga mais de 70% desses empregos e, em média, quase um terço do Produto Interno Bruto, PIB, das economias emergentes.

Essas é uma das causas para a falta de recursos fiscais dessas nações para levar a cabo medidas macroeconômicas eficazes e construir capital humano para o desenvolvimento de longo prazo.

Em casos, onde a informalidade está acima da média, as despesas dos governos também diminuíram em até 10 pontos percentuais do PIB.

Sistemas financeiros

Com isso, a capacidade dos bancos centrais de apoiar as economias também fica limitada por sistemas financeiros pouco desenvolvidos associados à informalidade generalizada.

A análise do Banco Mundial sugere que o alto índice de informalidade também mina os esforços políticos contra a disseminação da Covid-19 e de levar ao crescimento econômico.

Com pouco acesso a pacotes de estímulo fiscal ou com auxílios baixos durante a pandemia, muitos trabalhadores tiveram que sair às ruas mesmo com o risco de contaminação para alimentar suas famílias.

O Banco Mundial afirma que países com setores informais maiores têm menor renda per capita, maior índice de pobreza, maior desigualdade de renda, mercados financeiros menos desenvolvidos e menos investimentos e estão mais longe de alcançar as metas de desenvolvimento sustentável.

Regiões

A informalidade em econômicas emergentes varia muito entre regiões e países. Em termos de percentual do PIB, é mais alta na África Subsaariana, com 36%. É mais baixa no Oriente Médio e do Norte da África, com 22%.

No Sul da Ásia e na África Subsaariana, a informalidade generalizada é em grande parte o resultado do baixo capital humano e de grandes setores agrícolas.

Na Europa e Ásia Central, América Latina e Caribe, Oriente Médio e Norte da África, os pesados encargos regulatórios e fiscais e as instituições deficientes são fatores importantes que impulsionam a informalidade.

Entre 1990 e 2018 a informalidade caiu, em média, cerca de 7 pontos percentuais do PIB, para 32% do PIB.

Cinco recomendações

O estudo apresenta cinco recomendações gerais para os formuladores de políticas: primeiro, adotar uma abordagem abrangente – porque a informalidade reflete o subdesenvolvimento na base mais ampla e não pode ser tratada de forma isolada; segundo, adaptar as medidas às situações de cada país porque as causas da informalidade variam muito; terceiro, melhorar o acesso à educação, aos mercados e aos financiamentos para que os trabalhadores informais e as empresas possam se tornar suficientemente produtivos e passar para o setor formal; quarto, melhorar a governança e o ambiente de negócios de modo que o setor formal possa florescer; e quinto, racionalizar a regulamentação tributária a fim de diminuir o custo da operação formal e aumentar o custo da operação informal.

FONTE: RPB

AGORA É LEI: AS GESTANTES NÃO PODEM ESTAR EM TRABALHO PRESENCIAL DURANTE A PANDEMIA

Foi sancionada nesta quarta-feira, 12 de maio, e já está valendo a Lei Nº 14.151, que dispõe sobre o afastamento das trabalhadoras gestantes de suas atividades de trabalho presencial durante a pandemia da covid-19. A nova lei, projeto de autoria da deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), foi aprovado pela Câmara em agosto do ano passado e pelo Senado em abril.

 

AFASTAMENTO DO TRABALHO PRESENCIAL

De acordo com a determinação da Lei, a empregada gestante deverá permanecer afastada das atividades presenciais, sem prejuízo de sua remuneração, ficando à disposição para exercer as atividades em seu domicílio, por meio de teletrabalho, trabalho remoto ou outra forma de trabalho a distância.

Para o presidente do Sindicato, Rodrigo Callais, “essa nova Lei tem um objetivo muito claro e justificável neste momento: garantir a vida das mulheres gestantes e seus bebês. Neste sentido a Lei é clara ao estabelecer em seu artigo 1º que todas as empregadas que estiveram grávidas devem ser afastadas do trabalho presencial, ficando garantido, às mesmas, a integralidade de seus direitos, não podendo haver qualquer prejuízo”. E acrescenta que “diante dessa determinação legal, as empregadas gestantes devem ser afastadas do trabalho presencial imediatamente, recebendo de forma integral seus salários e demais vantagens diretamente do empregador”.

Callais reforça que o empregador poderá, a seu critério, e desde que forneça todos os meios necessários, solicitar que a empregada gestante cumpra suas obrigações contratuais em sua residência, através de trabalho remoto, teletrabalho ou qualquer forma de trabalho à distância.

Em caso de dúvida, entre em contato com o Sindicato através do número 54 3286 6590 e marque um horário de atendimento com nossa assessoria.

Leia a íntegra da lei:

LEI Nº 14.151, DE 12 DE MAIO DE 2021

Dispõe sobre o afastamento da empregada gestante das atividades de trabalho presencial durante a emergência de saúde pública de importância nacional decorrente do novo coronavírus.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º Durante a emergência de saúde pública de importância nacional decorrente do novo coronavírus, a empregada gestante deverá permanecer afastada das atividades de trabalho presencial, sem prejuízo de sua remuneração.

Parágrafo único. A empregada afastada nos termos do caput deste artigo ficará à disposição para exercer as atividades em seu domicílio, por meio de teletrabalho, trabalho remoto ou outra forma de trabalho a distância.

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 12 de maio de 2021; 200º da Independência e 133º da República.

CTB RS REALIZA PLENÁRIA DA JUVENTUDE TRABALHADORA

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Hotelaria e Gastronomia de Gramado, Rodrigo Callais, que também é dirigente da CTB RS como secretário da Juventude Trabalhadora, coordenou uma atividade preparatória para o Vº Congresso da CTB RS que teve como pauta as demandas da Juventude Trabalhadora. O evento, voltado para os sindicatos filiados à central, ocorreu nesta terça-feira, 11 de maio.

Os dois eixos do debate foram: a organização e os desafios da juventude trabalhadora urbana, apresentado pela professora da rede estadual de ensino de São Paulo, Aline Rodrigues, e a organização e os desafios da juventude trabalhadora rural, apresentado por Jaciara Muller, secretária geral da Fetag e coordenadora estadual da juventude.

As principais intervenções realizadas pelas lideranças presentes serão sistematizadas em um relatório que será usado como base dos debates da CTB Jovem no Congresso.

CONGRESSO

O Vº Congresso Estadual será realizado nos dias 24 e 25 de junho, na modalidade virtual por decorrência da crise sanitária provocada pelo coronavírus. Por essa razão, a Comissão Organizadora optou pela realização de plenárias virtuais temáticas com diferentes categorias e segmentos. As plenárias temáticas têm como objetivo formular as propostas e o plano de lutas para o próximo período.

O Congresso também tem a finalidade de eleger a nova Direção 2021/2025, que terá, dentre outras deliberações, aprovar a unificação da CTB/CGTB.

O tema central do V Congresso Estadual é Esperançar o Rio Grande e o Brasil pela vida, democracia, soberania e direitos.

SINDICATO APRESENTA PROPOSTAS PARA ENFRENTAR A PANDEMIA COM FOCO NOS EMPREGOS E PROTEÇÃO AOS TRABALHADORES

O Sindicato dos trabalhadores em Hotelaria e Gastronomia de Gramado esteve reunido com a Frente Parlamentar na Câmara Municipal de Vereadores de Gramado na manhã desta quarta-feira, 12, para tratar dos impactos da pandemia, a retomada econômica e o
enfrentamento a Covid.

O Sindicato esteve representado pelo seu presidente, Rodrigo Callais, e pelo diretor de Mobilização e Propaganda da entidade, Silvano Silva. Entre as propostas apresentadas pelo Sindicato estão:

– intensificar a pressão pela Vacina já, sendo esta a única maneira de retomar integralmente a economia e salvar vidas;

– seguir lutando para que o governo federal conceda um auxílio emergencial de 600 reais, tendo em vista que o atual é muito baixo;

– mais apoio às pequenas e médias empresas para que não fechem;

– no município: melhorar a fiscalização no município para o efetivo cumprimento das normas de distanciamento e enfrentamento da pandemia;

– a criação de um auxilio emergencial municipal;

– divulgação e implantação do auxilio emergencial aprovado pelo governo do Estado que beneficia o setor;

– mais assistência para as famílias que estão passando por dificuldades no município;

– criação de programas de qualificação e retomada dos empregos no âmbito local;

– e ampliação da promoção da cidade de Gramado como principal destino nacional para o turismo seguro e responsável durante a pandemia.

Além dessas propostas, o Sindicato solicitou apoio para a campanha A FOME NÃO ESPERA que é realizada em um esforço conjunto entre as entidades que representam os trabalhadores e empresários locais do setor. “O momento exige que estejamos unidos e articulemos políticas públicas seguras e ousadas para a recuperação econômica e dos empregos em Gramado e na região”, apontou Callais.

“Sabemos que esta é a principal atividade econômica do município, portanto estamos entre os mais atingidos. Muitos desses trabalhadores até retornaram para suas cidades-natais, visto que o valor dos aluguéis em Gramado é muito alto”, alertou Callais.

A Frente Parlamentar é integrada pelo presidente Renan Sartori (MDB), o vice é o vereador Neri da Farmácia (Progressistas) e conta ainda com Cícero Altreiter (MDB). “A finalidade destes encontros é justamente ouvir as sugestões dos segmentos da sociedade e buscar o melhor para todos”, afirmou o presidente Renan. Também participou da reunião o vereador Celso Fioreze (PSDB).

As demandas apresentadas pelo Sindicato farão parte de um relatório a ser apresentado pela Frente Parlamentar ao município.

“Esperamos que possa haver um esforço conjunto e investimento local para a retomada da economia e proteção aos mais vulneráveis, e que se leve em conta todos os sacrifícios e riscos que os trabalhadores, trabalhadoras e suas famílias têm vivenciado desde o início dessa pandemia”, disse Callais.

“País não está quebrado. Aumento da fortuna de milionários é a prova”, diz economista

Os percentuais de desemprego e endividamento neste período de pandemia estão em patamares mais elevados do que seria possível devido a decisões políticas, que priorizam milionários, como acionistas de grandes empresas e investidores estrangeiros, em detrimento do trabalhador brasileiro. Essa é a avaliação dos economistas Ladislau Dowbor e Juliane Furno, professores da Pontifícia Universidade Católica de Sao Paulo (PUC-SP) e da Universidade de Campinas (Unicamp), respectivamente.


De acordo com dados do ministério da Economia, o PIB (Produto Interno Bruto) de 2020 foi de R$ 7,5 trilhões. Atualmente, a população brasileira, segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é de 212 milhões de pessoas.

Para Ladislau Dowbor, professor titular de pós-graduação da PUC/SP, com esse PIB, não era para a maior parte da população brasileira viver como vive. “O que a gente produz hoje dá 11 mil reais por mês, por família de quatro pessoas; a gente produz muito mais do que o necessário para assegurar a todo mundo uma vida digna e confortável”, resume.

Dos 212 milhões de habitantes, 150 milhões são adultos, no entanto, apenas 44 milhões tem empregos formais. “Ou seja, num país que tem tanta coisa para fazer, tem tanta gente no setor informal, ou desempregados, ou desalentados, isso aqui é um problema! A gente está subutilizando a força de trabalho. Nosso problema não é econômico, é de organização política e social”, pontua.

Ricos mais ricos; pobres mais pobres

Apesar do discurso amplamente divulgado inclusive pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, de que “o Brasil está quebrado“, Ladislau Dowbor, que também foi consultor de agências econômicas e de fomento das Nações Unidas, governos e municípios, lembra que, em 2020, durante a pandemia, em apenas quatro meses, “42 bilionários no Brasil aumentaram as suas fortunas em 180 bilhões de reais”.

Assim, ele chama a atenção para o seguinte paradoxo: como é que aumenta o lucro dos mais ricos, quando a economia está recuando? E responde ao seu próprio questionamento com uma série de elementos, que apontam decisões que privilegiam ricos em detrimentos dos mais pobres: “Desde 1995, os lucros e dividendos distribuídos são isentos de impostos, ou seja, os ricos no Brasil não pagam tributos por seus lucros; além disso, temos 19 milhões de pessoas passando fome e 112 milhões com insegurança alimentar, em contraponto a isso, produzimos, em cereais, 3,2kg por pessoa, por dia”.

Outro ponto levantado por Dowbor diz respeito às elevadas taxas de juros e à condução da Economia no Brasil. “Temos hoje 62 milhões de pessoas que estão enforcadas na dívida, das quais 25% estão simplesmente em bancarrota pessoal. Em contraponto a isso, o governo Bolsonaro transferiu bilhões para os bancos sob o pretexto de gerar crédito às empresas, mas as instituições financeiras não fizeram esse repasse, e o resultado foi mais lucro para estes, e quebradeira nacional. É o caos que está favorecendo grandes grupos internacionais, está favorecendo bancos, e não está favorecendo o país”.

Dowbor lembra ainda que, conforme divulgado pela revista The Economist, o ministro da Economia, Paulo Guedes, é um dos fundadores do banco BTG Pactual, que possui “38 filiais em paraísos fiscais. Para que você tem 38 filiais em paraíso fiscal? Para canalizar para fora o dinheiro. E o cara que é fundador do BTG Pactual, que aliás estava associado com o Credit Suisse nesse processo, é o ministro da Economia”.

Governo nacionalista? Não, “entreguista”

Ladislau Dowbor e Juliane Furno, que é doutora em Desenvolvimento Econômico (Unicamp), concordam que o governo Bolsonaro está longe de ser nacionalista e que tem provocado uma série de prejuízos para a economia brasileira. “Enquanto não mudar esse governo, enquanto se mantiver esse sistema que é essencialmente entreguista, as coisas não vão mudar. Nós precisamos do Estado, mas o Estado é uma ferramenta, depende nas mãos de quem está. Atualmente está nas mãos de uns oportunistas nacionais associados com grandes corporações internacionais”, constata Furno.

Ambos economistas foram entrevistados do Canal Amigos ENFF no YouTube no dia 3 de maio, com transmissão simultânea na TVT, canais do Barão e Ju Furno, para falar de desemprego e conjuntura econômica brasileira.

FONTE: BRASIL DE FATO